Pressionada pela concorrência chinesa, Toyota amplia uso de peças da China e prepara novos modelos elétricos para manter espaço no mercado.
A Toyota decidiu mudar sua abordagem no competitivo mercado automotivo global. A frase “Se você não pode derrotar seu inimigo, junte-se a ele” reflete o movimento da fabricante japonesa em direção a uma maior integração com a indústria chinesa.
A China, hoje, exerce influência comparável somente à da Alemanha no auge, graças à sua capacidade de produção e avanço tecnológico no setor de carros elétricos.
Expansão de fornecedores chineses
Atualmente, a Toyota já compra peças de fornecedores chineses para fabricar carros elétricos fora do país.
-
Por menos de R$ 100 mil, a Fiat Toro 2.0 Diesel automática de 2019 combina motor de 170 cv, tração 4×4, câmbio de 9 marchas e caçamba generosa, posicionando-se como uma das opções mais equilibradas do mercado de usados para quem busca versatilidade sem abrir mão de desempenho
-
O SUV mais econômico do mercado brasileiro? Kia Niro 2026 prova eficiência ao registrar 24,6 Km/L e passar dos 1.000 Km
-
Com motor 1.0 turbo, 6 marchas e controle de estabilidade, HB20 conquista o 4º lugar entre os carros usados mais procurados de 2025
-
Modelo da Toyota com conjunto 1.8/2.0 flex com CVT, consumo equilibrado e fama de ‘inquebrável’ segue entre os usados mais vendidos do Brasil; entenda por que o Toyota Corolla é um dos mais escolhidos
Agora, segundo fontes chinesas, a marca pretende ampliar essa prática, direcionando componentes para sua nova base de produção na Tailândia.
A proximidade geográfica favorece o intercâmbio, mas algumas unidades europeias também devem seguir o exemplo.
Essa mudança coincide com a previsão de novos lançamentos elétricos para o mercado europeu. Entre eles, estão o Toyota C-HR+ e o Toyota Urban Cruiser, este último sendo o mais acessível da linha.
Concorrência crescente na Tailândia
A fábrica da Toyota na Tailândia será a maior do Sudeste Asiático. Tradicionalmente, marcas japonesas, especialmente a Toyota, dominaram a região.
No entanto, a entrada de fabricantes chinesas, como a BYD, está alterando o cenário. Os modelos vindos de Shenzhen têm conquistado consumidores pela relação custo-benefício.
Na Tailândia, as marcas japonesas já representaram mais de 90% das vendas. Entre janeiro e maio deste ano, essa participação caiu para 71%.
No mesmo período, marcas chinesas subiram para 16% do mercado. A Toyota planeja reagir com preços mais competitivos e novos modelos na região a partir de 2028, que poderão ter até 30% de componentes chineses.
Ajuste na visão sobre elétricos
A Toyota, historicamente cautelosa com veículos totalmente elétricos, começa a rever sua postura.
O primeiro modelo elétrico global da marca, o bZ4X, teve vendas iniciais modestas, mas mostrou força no mercado espanhol em julho passado, liderando entre os elétricos e superando modelos da Tesla.
O desempenho positivo na China também reforça a mudança de estratégia. Modelos exclusivos para o mercado chinês, como o bZ3X, têm boa aceitação. Isso abre espaço para que a Toyota considere fabricar alguns de seus elétricos na Europa.
Perspectivas
A integração com a cadeia de suprimentos chinesa é vista pela Toyota como uma maneira de reduzir custos e manter competitividade.
Com a indústria automotiva global em transformação, a fabricante japonesa aposta que essa aproximação permitirá ampliar sua presença em mercados onde a concorrência chinesa cresce rapidamente.



Seja o primeiro a reagir!