A Toyota já deu início à produção da tão esperada Hilux a hidrogênio. O projeto da Toyota Hilux está em desenvolvimento desde 2022 e promete entregar 600 km de autonomia.
A Toyota desenvolveu seu primeiro protótipo da picape Hilux com célula de combustível a hidrogênio em sua linha de produção na Inglaterra. Trata-se de um projeto apoiado por financiamento do governo do Reino Unido e em conjunto com parceiros do consórcio. A montadora japonesa planeja montar 10 Toyota Hilux a hidrogênio até o final do ano.
Projeto da Toyota teve início em 2022
O trem de força da Hilux a hidrogênio utiliza componentes do Toyota Mirai. A montadora japonesa estima que o modelo tenha uma autonomia de 600 km entre abastecimentos de hidrogênio. Para meio de comparação, a Hilux do mercado australiano, que vem equipada com motor turbodiesel de 2,8 litros pode percorrer cerca de 1.150 km entre os abastecimentos.
As imagens divulgadas pela montadora japonesa mostram que os tanques de hidrogênio se fixam entre os trilhos da estrutura, mais ou menos onde a cabine se encaixa. Os outros componentes da célula de combustível estão sob o capô, onde normalmente fica o motor a combustão. A bateria está localizada na parte traseira.
- Cuidado, Elon Musk! Um dos projetos mais audaciosos da Tesla pode estar em risco devido a possíveis ações de Trump
- Saiba o único recorde da Tesla que Elon Musk quer que você não saiba
- Luxo abandonado: Bugatti Veyron de US$ 2,6 milhões fica esquecido por 10 anos após prisão do dono russo
- Grave! Caminhoneiro é condenado à prisão após despejar ilegalmente 19 mil litros de óleo diesel no chão, causando danos graves ao meio ambiente
A Toyota começou o projeto da Hilux a hidrogênio no começo de 2022 com um estudo de viabilidade. O projeto e o desenvolvimento começaram em 1º de julho do último ano. A empresa começou o desenvolvimento de um protótipo em 5 de junho de 2023.
A montadora planeja passar os 10 protótipos da Toyota Hilux a hidrogênio em testes para garantir que o modelo esteja à altura do legado robusto da Hilux. A Toyota está planejando seus testes de desempenho e segurança, durabilidade e funcionalidade para os protótipos.
Com isso, a fabricante planeja entender melhor as oportunidades e os riscos de uma picape movida a célula de combustível.
Toyota também planeja fabricar Land Cruiser movida a hidrogênio
Em dezembro do último ano, a Toyota exibiu a Hilux Revo BEV Concept elétrica. Na época, a montadora não divulgou nenhum detalhe sobre a picape, como especificações da bateria ou do motor.
Durante a apresentação, Akio Toyoda afirmou que os Bevs não são a única forma de alcançar as metas de neutralidade de carbono do mundo. Também no último ano, a Toyota anunciou que planejava desenvolver uma picape leve com uma célula de combustível de hidrogênio como um projeto conjunto com a Isuzu e a Hino.
A empresa não especificou um prazo para colocar este modelo em produção. A Toyota também está considerando a possibilidade de produzir uma versão do Land Cruiser movida a célula de combustível. Versões híbridas plug-in e totalmente elétricas também são uma possibilidade. Até então, não está claro qual desses modelos, se é que algum deles, será realmente colocado em produção de série.
Toyota completamente focada na sustentabilidade
Além dos desenvolvimentos com o hidrogênio e os combustíveis sintéticos, agora está surgindo uma nova tentativa, visto que a montadora da China Guangzhou Automobile (GAC), em parceria com a Toyota, revelou em julho um protótipo de motor a combustão movido a amônia líquida, podendo substituir futuramente os carros elétricos.
O projeto do motor movido a fertilizantes está sendo criado em parceria com a japonesa Toyota e tem inspiração nas indústrias marítima e de transporte, que exploram de forma ativa a amônia como alternativa ao diesel para uso em navios, embarcações e caminhões no transporte de mercadorias, com foco em fornecer uma fonte de energia alternativa ao hidrogênio e à eletricidade.
Segundo o engenheiro do centro de Pesquisa e Desenvolvimento da GAC em Guangzhou, a empresa superou a questão da amônia ser difícil de queimar de forma rápida e colocar o combustível para ser utilizado na indústria de carros de passageiros.