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Novo SUV híbrido Toyota 4Runner é registrado no Brasil e pode alterar o cenário de utilitários grandes ao reunir tecnologia, potência, motor híbrido e avançados recursos de segurança; modelo promete influenciar concorrência e público do segmento.
A Toyota registrou oficialmente o design do 4Runner, SUV de grande porte, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil, movimento que ocorre em meio a mudanças recentes na política tributária do setor automotivo brasileiro.
O modelo, que é vendido nos Estados Unidos com motorizações a gasolina e híbrida, chama atenção por reunir tecnologias de ponta, um conjunto mecânico robusto e potencial para competir diretamente com veículos tradicionais do segmento, como o Toyota SW4.
Registro do Toyota 4Runner no Brasil e cenário tributário
O registro do 4Runner acontece em um cenário de novas regras para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), definidas pelo Governo Federal em junho de 2025.
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Essas normas, que integram o Programa Carro Sustentável, visam estimular a eletrificação da frota brasileira, prevendo taxação mais alta para veículos movidos exclusivamente a diesel e sem componentes elétricos.
Diante dessa mudança, veículos híbridos como o Toyota 4Runner ganham vantagem competitiva, pois a motorização híbrida paga menos IPI do que os modelos a diesel, caso do Toyota SW4.
Características do Toyota 4Runner 2025
O Toyota 4Runner 2025 foi apresentado nos Estados Unidos em 2024, marcando a primeira renovação completa do SUV em mais de uma década.
O modelo adotou o conjunto I-Force Max, que combina um motor 2.4 turbo a gasolina a um propulsor elétrico de 48 cv, proporcionando potência combinada de 330 cv e torque de 64,3 kgfm.
Na configuração convencional, apenas a gasolina, são 282 cv e 43,8 kgfm.
O câmbio automático de 8 marchas substituiu a antiga transmissão de 5 velocidades, trazendo mais eficiência e desempenho.
Plataforma TNGA-F e versatilidade do SUV híbrido
Outro diferencial do novo 4Runner é a utilização da plataforma TNGA-F, uma arquitetura modular já consagrada na linha de utilitários esportivos e picapes da Toyota, como Tacoma, Tundra, Land Cruiser Prado, Land Cruiser 300 e Sequoia.
Essa base permite diferentes tipos de tração — traseira, 4×2, 4×4 parcial ou integral — conforme a versão.
As configurações com tração traseira contam com diferencial de deslizamento limitado, enquanto as versões 4×4 recebem uma caixa de transferência eletrônica de duas velocidades, controle ativo de tração e o novo sistema de desconexão automática da barra estabilizadora, que otimiza a articulação das rodas em trilhas.
O 4Runner traz ainda ângulo de entrada de 32 graus e ângulo de saída de 24 graus, atributos que favorecem o uso fora de estrada.
Essas características técnicas o aproximam de outros utilitários esportivos derivados de picapes, como o Ford Everest, comercializado na Argentina com motor 2.3 turbo a gasolina de 300 cv, 45,5 kgfm de torque, transmissão automática de 10 marchas e tração 4×4.
Tecnologia, interior e pacote de segurança Safety Sense
Em relação ao interior, o Toyota 4Runner 2025 foi modernizado para atender ao perfil de consumidores que buscam conectividade e segurança.
As versões de entrada oferecem central multimídia de 8 polegadas e painel digital de 7 polegadas, enquanto as configurações superiores contam com telas de até 14 polegadas.
Todos os modelos trazem de série o pacote Toyota Safety Sense 3.0, que reúne frenagem automática de emergência com detecção de pedestres, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de manutenção em faixa, reconhecimento de placas de trânsito e farol alto automático.
Mercado brasileiro e possível concorrência direta com SW4
A estratégia da Toyota para o mercado brasileiro ainda não foi detalhada oficialmente pela montadora.
O registro do design pode ter como objetivo apenas proteger a propriedade intelectual do visual do veículo, prevenindo cópias não autorizadas, mas também levanta especulações sobre uma possível entrada do modelo no país.
Considerando as novas regras do IPI, o Toyota 4Runner híbrido surge como uma alternativa interessante diante do aumento dos tributos sobre utilitários a diesel, caso da SW4.
Liderança da SW4 e impacto das novas regras
Atualmente, o Toyota SW4 é líder de vendas no segmento de SUVs derivados de picapes médias no Brasil, em grande parte graças ao motor a diesel e à tração 4×4, além do público fiel que valoriza robustez, capacidade off-road e reputação de durabilidade.
No entanto, a nova legislação tributária pode influenciar o comportamento do mercado, estimulando a procura por opções híbridas que conciliem desempenho, economia de combustível e redução de emissões.
Preços, plataformas e tendências do segmento SUV híbrido
O preço do Toyota 4Runner nos Estados Unidos varia conforme a versão, e a expectativa é de que, caso venha a ser comercializado no Brasil, o valor se posicione acima da média do segmento, devido à alta carga tributária e ao padrão de equipamentos.
Para efeito de comparação, o Toyota SW4 atualmente custa entre R$ 412.190 e R$ 469.890 no mercado nacional, enquanto o Ford Everest, principal concorrente em outros mercados sul-americanos, ainda não é vendido oficialmente no Brasil.
Outro ponto relevante é a flexibilidade da plataforma TNGA-F, que possibilita ao 4Runner receber futuras atualizações mecânicas e tecnológicas, alinhando o modelo com tendências globais de eletrificação e conectividade automotiva.
O pacote Toyota Safety Sense 3.0 reforça a aposta da marca em segurança, aspecto valorizado por consumidores e reguladores em todo o mundo.
Futuro do segmento SUV híbrido no Brasil
No contexto atual do setor automotivo, marcado pela transição para modelos mais sustentáveis e eficientes, a chegada de um SUV híbrido de grande porte como o Toyota 4Runner ao Brasil poderia representar uma resposta estratégica da montadora às novas exigências regulatórias e à crescente demanda por veículos menos poluentes.
O futuro da SW4 diante desse cenário permanece incerto, mas o movimento da Toyota indica atenção às transformações do mercado e à necessidade de inovação constante.
Com as mudanças tributárias em vigor e o avanço dos veículos híbridos e eletrificados, até que ponto os consumidores brasileiros estão prontos para migrar dos tradicionais motores a diesel para novas tecnologias em SUVs de grande porte?
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