Tomada solar portátil promete carregar aparelhos com energia limpa, usando luz direta em janelas ou vidros, mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas
O futuro com tomadas alimentadas por energia solar pode estar mais próximo do que muitos imaginam. Um projeto chamado Window Socket, criado por designers do Instituto de Design de Seul, na Coreia do Sul, já é estudado há mais de 10 anos.
A proposta tem potencial para se tornar realidade e mudar a forma como pequenos dispositivos são carregados.
O aparelho lembra um plugue comum e deve ser fixado em superfícies de vidro por meio de uma ventosa.
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Ele capta energia através de pequenos painéis solares em sua parte traseira, que é armazenada em uma bateria interna de 1.000 mAh.
Essa bateria consegue alimentar dispositivos por até 10 horas após um carregamento completo com luz solar direta. Portanto, trata-se de uma solução prática e inovadora.
Como funciona a tomada solar?
A simplicidade é o grande trunfo. Colocada em qualquer janela, vidraça de carro ou até em vidro de avião, a tomada converte luz solar em energia elétrica.
Assim, ela fica pronta para uso sem depender da rede elétrica tradicional. Além disso, o formato compacto e portátil garante mobilidade, e a função plug-and-play facilita o uso imediato.
Esse conjunto de vantagens torna a ideia atrativa para quem não dispõe de espaço para painéis solares convencionais.
Também reforça seu caráter sustentável, o que a coloca como uma proposta revolucionária.
Os benefícios dessa inovação compacta
A principal vantagem é a oferta de energia limpa a pequenos aparelhos, como smartphones e tablets. Outro ponto é a mobilidade: a tomada solar pode ser levada em viagens e garante autonomia em situações de emergência ou no uso urbano, especialmente em apartamentos.
De certo modo, também pode representar economia, porque cada recarga reduz minimamente o consumo da rede elétrica. Porém, é importante destacar que o dispositivo não serviria para uso contínuo e prolongado.
O que falta para se tornar realidade no Brasil
Apesar do potencial, a tomada solar ainda está apenas no campo conceitual e não tem previsão de chegar ao mercado.
Seu desenvolvimento começou como proposta de design e recebeu destaque em competições como a do site Yanko Design em 2013.
Para que seja acessível, ainda é preciso vencer desafios tecnológicos, como aumentar a eficiência da conversão e do armazenamento, além de cumprir exigências regulatórias ligadas à segurança elétrica.
Vale lembrar que sistemas semelhantes, como kits solares de varanda, já ganham força no exterior porque são simples e acessíveis.
Ainda assim, precisam atender normas para evitar riscos à rede elétrica e aos aparelhos conectados.
Portanto, a tomada solar permanece como um projeto experimental e distante da perfeição.
Cenário global
Na Alemanha, sistemas solares “plug-in”, como os de varanda, já fazem parte da rotina de milhares de moradores.
Esses kits incluem painéis e inversores, e conectam-se diretamente às tomadas, permitindo acesso fácil à energia limpa.
Nos Estados Unidos, iniciativas semelhantes avançam em estados como Utah, onde houve flexibilização das regras de instalação residencial em tomadas.
Essa medida facilita a popularização da tecnologia. Além disso, o processo de adoção acontece de forma lenta, mas constante.
Para que a tomada solar deixe de ser apenas um protótipo e se torne produto viável, será necessário investir em tecnologia, certificação e regulamentação.
Se esses obstáculos forem superados, ela pode ajudar a democratizar o uso da energia renovável em ambientes urbanos, sem depender de telhados ou processos burocráticos.
Com informações de Canal Tech.