Nova tinta desenvolvida em Singapura reduz em até 40% o uso de ar-condicionado, mesmo em climas úmidos e quentes, e resiste ao amarelamento por anos.
Uma tinta desenvolvida por cientistas de Singapura pode transformar a forma como casas são resfriadas em regiões úmidas e quentes. O novo material reduz a temperatura dos edifícios e diminui a necessidade de ar-condicionado, mesmo sob clima intenso.
Combinação de tecnologias
Diferente das tintas comuns, essa fórmula inovadora combina três mecanismos: resfriamento radiativo, reflexão solar e resfriamento evaporativo.
A base de cimento e a estrutura porosa da tinta permitem que ela retenha água e a libere lentamente, como se estivesse “suando”.
-
Galaxy S26 Ultra traz tecnologia inédita com IA: novo menu de privacidade usa o Flex Magic Pixel para embaralhar dados em público e bloquear olhares curiosos
-
Tecnologia agrícola com inteligência artificial ajuda no controle da lagarta-do-cartucho do milho, trazendo mais precisão, maior produtividade e menor prejuízo na agricultura
-
Brasileira de 8 anos desafiou a astronomia mundial: ‘Nicolinha Oliveira’ identificou asteroides em parceria com a NASA e se tornou uma das mais jovens astrônomas do planeta
-
Mais de 30% dos brasileiros vivem sem água e esgoto; engenheiro cria microestação sustentável que trata até 95% do esgoto sem energia elétrica
Assim como o suor ajuda a esfriar o corpo, esse processo reduz a temperatura da superfície pintada.
A equipe responsável realizou testes em três casas em Singapura. Uma foi pintada com tinta branca comum, outra com tinta comercial de resfriamento e a terceira recebeu a nova fórmula.
O resultado foi claro: a casa com a tinta “transpirante” teve uma redução de 30% a 40% no consumo de energia para refrigeração.
Alta refletividade e durabilidade
A eficiência não está apenas no resfriamento. A nova tinta também refletiu entre 88% e 92% da luz solar, impedindo que o calor entrasse. Outro destaque foi a resistência ao clima.
Após dois anos de calor e umidade, as tintas tradicionais amarelaram. Já a nova fórmula manteve a cor branca, graças a nanopartículas especiais que aumentam a refletividade e preservam a aparência.
Impacto nas cidades quentes
A descoberta tem potencial para reduzir drasticamente o uso de energia em locais como Singapura e países do Oriente Médio, onde edifícios gastam até 60% da eletricidade apenas com ar-condicionado.
Além disso, pode ajudar no combate ao efeito ilha de calor, comum em centros urbanos com concreto e asfalto acumulando calor.
O estudo foi publicado este mês na revista científica Science, e abre caminho para novas soluções em eficiência térmica urbana.