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Tinta ‘transpirante’ mantém construções frescas mesmo em cidades quentes e úmidas

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/06/2025 às 23:48
Tinta
Foto: Reprodução
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Nova tinta desenvolvida em Singapura reduz em até 40% o uso de ar-condicionado, mesmo em climas úmidos e quentes, e resiste ao amarelamento por anos.

Uma tinta desenvolvida por cientistas de Singapura pode transformar a forma como casas são resfriadas em regiões úmidas e quentes. O novo material reduz a temperatura dos edifícios e diminui a necessidade de ar-condicionado, mesmo sob clima intenso.

Combinação de tecnologias

Diferente das tintas comuns, essa fórmula inovadora combina três mecanismos: resfriamento radiativo, reflexão solar e resfriamento evaporativo.

A base de cimento e a estrutura porosa da tinta permitem que ela retenha água e a libere lentamente, como se estivesse “suando”.

Assim como o suor ajuda a esfriar o corpo, esse processo reduz a temperatura da superfície pintada.

A equipe responsável realizou testes em três casas em Singapura. Uma foi pintada com tinta branca comum, outra com tinta comercial de resfriamento e a terceira recebeu a nova fórmula.

O resultado foi claro: a casa com a tinta “transpirante” teve uma redução de 30% a 40% no consumo de energia para refrigeração.

Alta refletividade e durabilidade

A eficiência não está apenas no resfriamento. A nova tinta também refletiu entre 88% e 92% da luz solar, impedindo que o calor entrasse. Outro destaque foi a resistência ao clima.

Após dois anos de calor e umidade, as tintas tradicionais amarelaram. Já a nova fórmula manteve a cor branca, graças a nanopartículas especiais que aumentam a refletividade e preservam a aparência.

Impacto nas cidades quentes

A descoberta tem potencial para reduzir drasticamente o uso de energia em locais como Singapura e países do Oriente Médio, onde edifícios gastam até 60% da eletricidade apenas com ar-condicionado.

Além disso, pode ajudar no combate ao efeito ilha de calor, comum em centros urbanos com concreto e asfalto acumulando calor.

O estudo foi publicado este mês na revista científica Science, e abre caminho para novas soluções em eficiência térmica urbana.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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