Parceria leva internet gratuita a escolas em áreas isoladas, conectando instituições de ensino em quatro estados brasileiros com tecnologia de satélite LEO, promovendo inclusão digital e avanços na educação pública.
A TIM anunciou, em 21 de julho de 2025, uma expansão significativa de sua parceria com a Starlink, empresa de satélites controlada por Elon Musk, para fornecer internet gratuita em áreas remotas do Brasil.
A iniciativa atende especialmente escolas rurais e instituições de ensino em regiões de difícil acesso nos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina, promovendo um avanço relevante na inclusão digital.
De acordo com informações oficiais, o projeto já beneficia cerca de 1.300 escolas públicas.
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Com a ampliação divulgada, o número de instituições contempladas pela internet de graça deve chegar a 1.800.
O serviço é viabilizado por meio da tecnologia de satélites de órbita baixa, conhecidos como LEO (sigla para “Low Earth Orbit”), que são operados pela Starlink, braço da SpaceX, também fundada por Elon Musk.
Como funciona a internet de graça em áreas remotas
A TIM, uma das maiores operadoras de telefonia móvel do país, firmou a colaboração estratégica com a Starlink visando superar obstáculos geográficos que historicamente limitam o acesso à conectividade no interior brasileiro.
Segundo a empresa, as conexões via satélite permitem velocidades de banda larga suficientes para suportar atividades como videochamadas, aulas remotas, uso de plataformas digitais e transmissão de conteúdo em tempo real.
A utilização dos satélites LEO marca uma diferença significativa em relação aos antigos satélites geoestacionários, frequentemente associados a alta latência e instabilidade.
Os equipamentos da Starlink orbitam mais próximos à superfície terrestre, proporcionando internet de alta velocidade e menor tempo de resposta, fatores essenciais para o funcionamento adequado de ferramentas educacionais e recursos digitais.
Escolas atendidas pela parceria TIM e Starlink
A internet de graça é destinada prioritariamente a instituições de ensino públicas localizadas em zonas rurais, comunidades afastadas e localidades onde o acesso à banda larga tradicional é limitado ou inexistente.
O anúncio não prevê, neste momento, a expansão do benefício para domicílios particulares ou para o uso individual dos moradores dessas regiões.
De acordo com a TIM, a escolha das escolas segue critérios estabelecidos em compromissos firmados com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Especificamente, o acordo integra exigências do Edital nº 004/2012, referente à licitação da faixa de 2,5 GHz, que prevê o atendimento de escolas e comunidades em regiões menos assistidas nos estados participantes.
Impactos da internet gratuita nas comunidades rurais
Especialistas em educação e inclusão digital apontam que a chegada da banda larga via satélite pode transformar a rotina escolar, permitindo desde a realização de atividades pedagógicas online até o acesso a conteúdos atualizados e participação em projetos de inovação.
O uso da internet gratuita nestas instituições contribui para reduzir desigualdades regionais no acesso à informação, capacitação de professores, treinamento de estudantes e integração entre diferentes polos educacionais do país.
Ainda segundo dados da Associação Brasileira de Internet (Abranet), mais de 6 mil escolas brasileiras ainda não possuíam conexão adequada à internet em 2024, principalmente em zonas rurais e comunidades indígenas.
Projetos como o da TIM e da Starlink representam um avanço, embora especialistas ressaltem a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura, capacitação e manutenção para garantir resultados duradouros.
Starlink e o avanço da internet via satélite no Brasil
A Starlink, pertencente ao conglomerado SpaceX, detém atualmente a maior rede de satélites LEO do planeta, com milhares de unidades em operação.
A companhia começou a oferecer seus serviços comerciais no Brasil em 2022 e, desde então, expandiu rapidamente sua presença, especialmente em áreas com infraestrutura deficiente de telecomunicações.
Os diferenciais tecnológicos, como alta velocidade, baixa latência e rápida implantação, posicionaram a Starlink como referência internacional no segmento de banda larga por satélite.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mais de 300 mil clientes já utilizam os serviços da Starlink no Brasil em julho de 2025, com projeções de crescimento expressivo nos próximos anos, à medida que novas parcerias públicas e privadas são firmadas para atender áreas remotas.
O futuro da internet gratuita em áreas isoladas
A união de grandes operadoras nacionais com empresas globais de tecnologia tende a acelerar a democratização do acesso à internet de graça e de alta velocidade no país.
Organizações como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Educação apontam que a conectividade escolar está diretamente associada à melhoria do desempenho estudantil e à redução da evasão escolar.
No entanto, especialistas alertam para desafios como o custo de manutenção dos equipamentos, capacitação de professores para uso de novas ferramentas digitais e a necessidade de políticas públicas que garantam sustentabilidade ao projeto.
O avanço da internet gratuita em áreas remotas, por meio da colaboração entre TIM e Starlink, lança novos caminhos para a educação brasileira, mas ainda levanta dúvidas sobre o alcance e a manutenção dessa iniciativa em longo prazo.
A parceria pode inspirar outros projetos semelhantes, acelerando a inclusão digital em um país marcado por desigualdades regionais.
Diante desse cenário, como você acredita que a expansão da internet gratuita pode impactar o futuro da educação e o desenvolvimento de comunidades rurais brasileiras?