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Teste real: bateria LiFePO₄ sustenta ar-condicionado inverter 9.000 BTU por 7h30 usando 80% em 24 °C ambiente fechado

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 04/09/2025 às 12:45
Segundo Luciano Batista, em ambiente fechado a 24 °C, o sistema entregou 7h30 com 80% da carga e provou eficiência energética da bateria LiFePO₄
Segundo Luciano Batista, em ambiente fechado a 24 °C, o sistema entregou 7h30 com 80% da carga e provou eficiência energética da bateria LiFePO₄
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Uma única bateria LiFePO₄ 25,6 V/100 Ah manteve um ar-condicionado inverter 9.000 BTU por 8h38 a 24 °C; usando 80% da carga, rendeu 7h30.

Um dos pontos mais discutidos em projetos de energia solar off-grid é a real autonomia de equipamentos de alto consumo, como ar-condicionado. Em um teste prático conduzido por Luciano Batista, uma bateria LiFePO₄ de 25,6 V e 100 Ah manteve em funcionamento um ar-condicionado inverter de 9.000 BTU por 8 horas e 38 minutos, em ambiente fechado e setado a 24 °C.

Considerando apenas 80% da carga, a autonomia registrada foi de 7 horas e 30 minutos.

Segundo Batista, o objetivo do ensaio foi demonstrar como o uso de baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO₄), associadas a inversores compatíveis, pode oferecer confiabilidade e economia no uso contínuo de condicionadores de ar, mesmo sem o apoio de geração solar.

Como o teste foi realizado

O experimento utilizou uma bateria Kingball LiFePO₄ (25,6 V/100 Ah, ≈ 2.560 Wh), equipada com células EVE de grade A e BMS JK com balanceador ativo.

O conjunto foi carregado até 29,2 V antes da operação.

A conversão para corrente alternada ficou a cargo de um inversor Usina de 2.500 W (5.000 W de pico), saída em 220 V/60 Hz.

O equipamento testado foi um LG Dual Inverter de 9.000 BTU, configurado em 24 °C. O consumo foi medido por watímetro instalado na saída AC do inversor, com leituras complementares no lado DC para identificar perdas de conversão.

Nos primeiros minutos, o compressor atingiu picos de 800 a 900 W, estabilizando em torno de 260 a 300 W após o resfriamento inicial.

Com o ambiente equilibrado, o consumo médio se manteve em 211 a 240 W, confirmando o perfil mais eficiente dos modelos inverter.

Resultados obtidos

Após 1 hora de funcionamento, a bateria registrava cerca de 81% de carga, com consumo variando entre 207 e 318 W.

Em 3 horas, já haviam sido drenados 880 Wh, mantendo temperatura estável no ambiente. Aos 5 horas, o acumulado chegava a 1,3 kWh.

O ponto de 80% da descarga foi alcançado em 7h30 de uso contínuo, quando a bateria indicava aproximadamente 20% de carga remanescente.

O teste seguiu até 8h38, alcançando cerca de 10% de carga residual, com consumo acumulado de 2,0 kWh medidos no lado AC.

Batista destacou que a leitura não inclui exatamente todas as perdas do sistema, já que a aferição foi feita na saída AC.

Em termos práticos, a autonomia ficou dentro do esperado para a capacidade nominal da bateria.

Fatores que afetam a autonomia

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O especialista lembrou que o tempo de uso depende de variáveis externas, como:

Tamanho do cômodo e isolamento térmico;

Exposição das paredes ao sol;

Número de pessoas no ambiente;

Temperatura de ajuste do ar-condicionado (17 °C demanda muito mais energia que 24–25 °C).

Por isso, testes práticos são fundamentais para validar dimensionamentos e evitar expectativas irreais em projetos de energia solar off-grid.

Recomendações para sistemas off-grid

Luciano Batista reforçou que ar-condicionados inverter ou dual inverter são mais adequados para sistemas com bateria, pois eliminam picos sucessivos de partida e operam com potência modulada, reduzindo o consumo.

Além disso, explicou que a autonomia é proporcional ao número de baterias instaladas.

Usar duas unidades idênticas em paralelo, por exemplo, pode dobrar o tempo de operação, desde que o inversor, cabeamento e proteções estejam devidamente dimensionados.

O teste confirma que uma bateria LiFePO₄ de 100 Ah é capaz de manter um ar-condicionado inverter de 9.000 BTU funcionando por até 8h38 em condições controladas, com 7h30 de autonomia segura dentro do limite de 80% de descarga.

E você, acredita que esse resultado prova que sistemas off-grid com bateria LiFePO₄ são viáveis para uso residencial no Brasil? Já pensou em dimensionar seu próprio projeto? Compartilhe sua opinião nos comentários — queremos ouvir experiências reais de quem já utiliza ou pretende investir nessa tecnologia.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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