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Homem cava buraco na Suécia e encontra 20 mil moedas de prata medievais avaliadas em até US$ 6 milhões — uma das maiores descobertas arqueológicas da Europa, escondida há quase mil anos

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 10/11/2025 às 10:02
Homem cava buraco na Suécia e encontra 20 mil moedas de prata medievais avaliadas em até US$ 6 milhões — uma das maiores descobertas arqueológicas da Europa, escondida há quase mil anos
Homem cava buraco na Suécia e encontra 20 mil moedas de prata medievais avaliadas em até US$ 6 milhões — uma das maiores descobertas arqueológicas da Europa, escondida há quase mil anos
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Homem encontra 20 mil moedas de prata medievais na Suécia, datadas do século XII e avaliadas em até US$ 6 milhões — uma das maiores descobertas da Europa.

Em outubro de 2025, um morador de Estocolmo, na Suécia, viveu um dos momentos mais improváveis da história recente da arqueologia europeia. Enquanto cavava o solo em busca de minhocas para pescar, o homem acabou encontrando um pequeno caldeirão de cobre — e dentro dele, algo que parecia impossível: milhares de moedas de prata brilhando após quase mil anos enterradas. O caso foi confirmado pela Autoridade de Patrimônio Nacional da Suécia e divulgado por veículos como Live Science e Jerusalem Post.

Os arqueólogos que atenderam ao chamado ficaram estarrecidos. O recipiente continha uma estimativa inicial de 20.000 moedas medievais, datadas do século XII, período marcado pelo reinado de Knut Eriksson, um dos monarcas mais influentes da história sueca. A descoberta rapidamente foi classificada como uma das maiores já registradas na Escandinávia.

O tesouro medieval escondido sob o solo escandinavo

De acordo com os especialistas do Stockholm County Administrative Board, o achado contém moedas conhecidas como “Kanutus”, cunhadas durante o governo de Knut I Eriksson (1167–1196). Elas estavam cuidadosamente armazenadas dentro de um caldeirão de cobre de cerca de 6 kg, o que indica que o tesouro provavelmente foi enterrado de forma intencional — talvez como forma de proteger riquezas durante conflitos locais ou invasões estrangeiras.

O local onde as moedas foram encontradas, próximo à cidade de Täby, é historicamente associado a antigas rotas comerciais vikings e medievais. Segundo os arqueólogos, é provável que o dono original fosse um comerciante ou membro da nobreza local que nunca conseguiu retornar para recuperar o tesouro.

As moedas apresentam inscrições e brasões que, segundo a equipe de análise, podem oferecer novas pistas sobre o comércio, o sistema monetário e o poder político na Escandinávia do século XII. “Cada moeda é uma cápsula do tempo. O estado de conservação e a quantidade tornam essa descoberta única”, afirmou Åsa Fredholm, arqueóloga-chefe do projeto.

Um achado que pode valer até US$ 6 milhões

Embora o valor do metal em si seja relativamente modesto — o total de prata no caldeirão é de aproximadamente 6 kg, o equivalente a apenas US$ 6 mil em peso metálico —, o valor histórico e colecionável é o que transforma essa descoberta em algo extraordinário.

Moedas medievais suecas bem preservadas chegam a valer entre US$ 200 e US$ 1.000 por unidade em leilões especializados, e algumas raridades podem alcançar dezenas de milhares de dólares. Assim, a estimativa conservadora dos especialistas indica que o conjunto pode atingir até US$ 6 milhões no mercado internacional de numismática e arqueologia, tornando o achado um dos mais valiosos da história recente da Europa.

O papel do acaso na arqueologia moderna

Casos como este reforçam o quanto o acaso ainda desempenha um papel fundamental nas grandes descobertas arqueológicas. O morador, cuja identidade não foi revelada para evitar saques na região, relatou que inicialmente pensou se tratar de latas enferrujadas. Ao perceber que se tratava de algo valioso, imediatamente notificou as autoridades locais, conforme exige a lei sueca de proteção ao patrimônio cultural.

Os objetos foram transferidos para o Museu Histórico Nacional de Estocolmo, onde passam por um processo de limpeza, catalogação e conservação. As moedas serão estudadas em detalhe para determinar a origem exata, o número total e a composição metálica.

Um retrato de uma era perdida

A descoberta das moedas do reinado de Knut Eriksson oferece um vislumbre raro de um período em que a Suécia ainda consolidava sua identidade política e econômica. As análises preliminares mostram que muitas moedas trazem símbolos religiosos e inscrições latinas, sinalizando a influência da Igreja e o processo de cristianização da Escandinávia.

Os arqueólogos acreditam que o depósito possa ter sido feito pouco antes de um dos conflitos locais que marcaram a transição do poder entre as famílias nobres do século XII. O fato de o tesouro nunca ter sido recuperado indica que o proprietário provavelmente morreu em batalha ou foi obrigado a fugir da região.

A notícia correu o mundo e rapidamente se tornou um fenômeno nas redes sociais e nos principais portais de ciência e curiosidades. A história de um pescador amador que, ao cavar em busca de minhocas, acabou encontrando um tesouro medieval escondido há quase mil anos parece saída de um roteiro de cinema — mas é absolutamente real e documentada.

Autoridades suecas afirmam que, após a conclusão dos estudos, o conjunto deve permanecer no país como parte do acervo nacional. “Descobertas assim lembram ao mundo que ainda há muito a ser revelado sob nossos pés. É um lembrete de que a história está viva”, destacou Anna Blomquist, diretora do museu.

Uma descoberta que muda o entendimento da história

Mais do que um achado milionário, o tesouro encontrado perto de Estocolmo redefine parte da história monetária do norte da Europa. Ele comprova que a Suécia do século XII possuía um sistema comercial mais sofisticado do que se imaginava, com circulação de moedas próprias e conexões internacionais.

Para os arqueólogos, cada moeda representa um fragmento do passado — e juntas, elas contam a história de uma civilização que floresceu no frio norte da Europa e cuja herança, literalmente, ainda está sendo desenterrada.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Sugestões de pauta, correções ou mensagens podem ser enviadas para contato.deboraaraujo.news@gmail.com

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