Conhecida como a maior produtora de ouro do mundo, a África do Sul pode elevar a economia da região com nova descoberta de gás Hélio
Um novo tesouro foi descoberto na África do Sul! O país que já foi conhecido como o maior produtor de ouro do mundo, agora conta com um novo ‘ouro’, mas em gás: o Hélio. Conhecido popularmente por encher balões de festa e proporcionar vozes engraçadas, o gás hélio possui um papel crucial em diversas tecnologias modernas, como scanners médicos, supercondutores e exploração espacial. Este gás raro é produzido por menos de 10 países e frequentemente é descartado como resíduo em poços de gás natural, de acordo com o site De olho na engenharia.
A descoberta ocorreu quando Stefano Marani e Nick Mitchell adquiriram, em 2012, os direitos sobre um terreno de 87.000 hectares na província de Free State, inicialmente buscando gás natural. Contudo, ao analisar as amostras, eles encontraram concentrações excepcionalmente altas de hélio, transformando o investimento inicial de US$ 1 em uma potencial mina de ouro, ou melhor, de hélio!
Concentrações elevadas e oportunidades econômicas na África do Sul
As análises revelaram concentrações de hélio entre dois a quatro por cento, uma quantidade significativamente superior aos padrões globais, como nos Estados Unidos, onde o hélio é extraído em concentrações a partir de 0,3%. Testes subsequentes indicaram níveis ainda mais altos, chegando a até 12%, colocando a África do Sul entre os maiores produtores potenciais do mundo, ao lado do Catar e da Argélia.
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De acordo com a empresa Research and Markets, o mercado global de hélio foi avaliado em US$ 10,6 bilhões em 2019, e a demanda por este gás só cresce, impulsionada por sua aplicação em tecnologias críticas e pela sua escassez. A Renergen, empresa de Marani e Mitchell, estima que suas reservas possam atingir 9,74 bilhões de metros cúbicos, uma quantidade que, se comprovada, representaria um valor superior a US$ 100 bilhões.
Extração sustentável do gás Hélio
Diferentemente do método tradicional de fraturamento hidráulico, que envolve a injeção de água e produtos químicos para liberar o gás aprisionado, a Renergen se beneficia de uma formação geológica única. A presença de uma grande fratura natural permite a extração do gás sem a necessidade de técnicas invasivas, o que minimiza o impacto ambiental e os riscos associados, como a contaminação de águas subterrâneas e pequenos terremotos.
Perspectivas futuras para a África do Sul
A Renergen planeja estabelecer 19 poços até o próximo ano, com o gás atualmente extraído sendo utilizado como gás natural comprimido em um projeto piloto para operação de ônibus. A planta de processamento está prevista para produzir gás natural liquefeito para consumo interno e hélio líquido para exportação. O processo de liquefação do hélio envolve resfriá-lo a temperaturas extremamente baixas, perto do zero absoluto, o que o torna essencial para aplicações que requerem resfriamento intenso, como em ressonâncias magnéticas e motores de foguetes.
A demanda por hélio tem mais que dobrado nas últimas três décadas, e sua produção na África do Sul pode eventualmente alcançar cinco toneladas diárias, representando cerca de 7% da produção mundial atual. Este desenvolvimento coloca o país em uma posição estratégica para atender a crescente necessidade global por este recurso vital, que é essencial para inovações tecnológicas e industriais.