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Tesouro submerso com mais de 2.000 anos: arqueólogos encontram no fundo de um rio o maior depósito de barras de metal já registrado

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 20/08/2025 às 09:20
arqueólogos encontram no fundo de um rio o maior depósito de barras de metal já registrado
Foto: arqueólogos encontram no fundo de um rio o maior depósito de barras de metal já registrado
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Arqueólogos descobrem no rio Sava, na Bósnia, o maior depósito de barras de metal já registrado, com mais de 2 mil anos e pistas sobre antigas rotas comerciais.

Um achado impressionante no rio Sava, na Bósnia, acaba de ganhar destaque internacional. Arqueólogos localizaram um tesouro submerso que ficou escondido por mais de dois milênios, formado pelo maior depósito de barras de metal já registrado na região. Esses lingotes, datados entre o fim da Idade do Ferro e o período romano, não apenas surpreendem pela quantidade e estado de preservação, mas também oferecem pistas valiosas sobre as antigas rotas comerciais e a atividade metalúrgica que movimentava a Europa Central.

O maior depósito de barras de metal do mundo antigo

Os lingotes encontrados possuem forma bipiramidal, um design que facilitava tanto o transporte quanto o derretimento para a produção de ferramentas, armas e utensílios. Essa descoberta é inédita na Bósnia, país que até então não havia registrado achados arqueológicos de tamanha relevância.

Para os especialistas, o depósito de barras de metal pode indicar que a região desempenhava um papel de destaque nas conexões comerciais entre a Europa Central, o Oriente Médio e o Norte da África, revelando uma rede muito mais ampla do que se imaginava.

Arqueólogos subaquáticos e o trabalho meticuloso de resgate

A operação foi conduzida por uma equipe do Museu do Mosteiro Franciscano de Tolisa, que utilizou técnicas modernas de arqueologia subaquática. Foram realizados mapeamentos detalhados, marcações de pontos de referência e até mesmo fotogrametria em 3D, que possibilitou criar modelos digitais do leito do rio.

Esse cuidado preserva o contexto histórico e garante que cada barra de metal seja estudada em seu local original antes de ser removida. Esse tipo de tecnologia amplia a compreensão não apenas do objeto em si, mas também do ambiente cultural e comercial no qual estava inserido.

Por que esse achado é tão importante para a Bósnia

Enquanto países como França, Alemanha e Hungria já possuem tradição em descobertas de grande porte, a Bósnia nunca havia registrado um achado desse nível. A identificação desse maior depósito de barras de metal sugere que a região dos Bálcãs foi muito mais relevante para o comércio antigo do que a historiografia tradicional apontava.

Isso muda a forma como arqueólogos e historiadores enxergam a Bósnia na Antiguidade, consolidando seu papel como ponto estratégico em rotas de circulação de metais e produtos.

Análises químicas e a origem das barras de metal

Agora catalogadas e protegidas, as barras serão submetidas a análises químicas avançadas para determinar de onde vinham os minérios usados em sua fabricação.

A expectativa é que essa investigação ajude a traçar rotas comerciais da Antiguidade e esclarecer quais civilizações participaram desse fluxo.

A pesquisa contará com apoio de instituições da Alemanha, França e Áustria, que fornecerão tecnologia de ponta e expertise para os estudos. O resultado pode reescrever parte da história comercial e metalúrgica da Europa antiga.

As próximas etapas da pesquisa arqueológica

O processo de análise busca não apenas determinar a composição química do metal, mas também compreender como funcionava a cadeia produtiva: desde a mineração até a transformação em armas, ferramentas e bens de troca.

O formato bipiramidal sugere um padrão de produção voltado para a praticidade, indicando que havia uma indústria organizada e conectada a centros de consumo mais distantes.

A descoberta do maior depósito de barras de metal encontrado até hoje em território bósnio já repercute em toda a comunidade científica internacional. Além de oferecer novas evidências sobre o comércio na Idade do Ferro e no início do período romano, o achado reforça a importância da arqueologia subaquática como ferramenta para resgatar capítulos esquecidos da humanidade.

Conforme os estudos avançarem, espera-se desvendar detalhes sobre as relações econômicas e culturais que uniam diferentes povos da Europa, do Oriente Médio e do Norte da África há mais de dois mil anos.

E você, acredita que descobertas como esse depósito de barras de metal podem revelar um passado muito mais globalizado do que imaginávamos para as civilizações antigas?

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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