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Tesla Cybertruck entrega 845 cv e pesa 3 mil kg, mas isso cobra um preço — o desgaste dos pneus

Publicado em 07/09/2025 às 22:33
Cybertruck, Tesla, Pneus
Imagem: Divulgação / Tesla
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Proprietário do Tesla Cybertruck Cyberbeast relata desgaste anormal dos pneus após 10.000 km, levantando debate sobre durabilidade em veículos elétricos potentes

Com mais de 3.000 kg e 845 cv, o Tesla Cybertruck em sua versão Cyberbeast impressiona pela potência. Mas, segundo um dono da picape elétrica, o desempenho tem cobrado caro em outro aspecto: o desgaste dos pneus. Em um fórum de proprietários, ele relatou que, após apenas 10.000 km, já precisa trocá-los.

A reclamação chamou atenção. A questão que surge é se se trata de um problema isolado ou se outros donos enfrentarão o mesmo cenário.

Pelos relatos de usuários, tudo indica que o caso é pontual. Ainda assim, o debate levantado expôs características comuns em veículos elétricos que aceleram o desgaste das rodas.

O caso do proprietário do Colorado

Deve ser um defeito de fabricação”, afirmou o motorista. Residente do Colorado, ele recebeu o Cybertruck em 25 de junho.

Desde então, percorreu pouco mais de 10.000 km e garante que sempre rodou em asfalto, sem explorar a velocidade máxima de 212 km/h. Também assegura que não abusou do Beast Mode, versão mais agressiva do veículo.

No entanto, ao seguir a recomendação do manual e inverter as rodas do eixo ao chegar a essa quilometragem, encontrou uma surpresa desagradável.

Os sulcos da banda de rodagem estavam muito baixos. Após medir, constatou que os pneus dianteiros estavam com 3,2 mm e os traseiros com 3,9 mm de profundidade.

A recomendação nos Estados Unidos é trocar quando chegam a 1,6 mm, mesma regra aplicada no Brasil. Pneus novos costumam apresentar entre 6 e 9 mm.

Por isso, ele agendou uma revisão na Tesla para analisar o problema. Segundo destacou, o desgaste é anormal e precoce, já que a expectativa natural seria percorrer pelo menos o dobro da quilometragem antes da troca.

Por que elétricos gastam mais pneus

Nos carros elétricos, o desgaste dos pneus acontece de forma acelerada. Isso ocorre porque o peso do veículo é maior, os motores são potentes e o torque é instantâneo.

Além disso, utilizam compostos especiais, de baixa resistência ao rolamento, que favorecem a autonomia, mas reduzem a durabilidade.

Portanto, pneus em elétricos, em média, duram cerca de 10.000 km a menos do que em modelos a combustão, como mostrou um levantamento de uma empresa britânica de frotas. O estudo apontou uma vida útil de 29.000 km.

Os Tesla exigem ainda mais dos pneus

Além disso, a Tesla costuma exigir ainda mais dos pneus. Até mesmo o Model 3, considerado o menos potente da marca, entrega 283 cv.

Isso levou a fabricante a incluir o chamado Modo Relax, que endurece o pedal e suaviza a resposta do motor, ajudando a reduzir o consumo das rodas. Sem ele, arrancadas rápidas multiplicam o desgaste.

No caso do Cyberbeast, a situação é ainda mais crítica. O modelo pesa mais de três toneladas e entrega 845 cv. Sai de fábrica equipado com pneus Pirelli Scorpion ATR ou Goodyear Wrangler Territory RT, ambos all season.

Esses modelos, segundo especialistas, costumam durar entre 25.000 e 30.000 km, menos do que os pneus de verão.

O detalhe dos pneus usados

O carro em questão usava os Goodyear, que têm perfil mais off-road. Isso pode ter contribuído para a rápida deterioração, já que o dono só rodou em asfalto.

O design desses pneus, com banda de rodagem mais rasa, busca melhorar a autonomia e evitar acúmulo de lama. Mas essa característica pode acelerar o desgaste em rodagem urbana e rodoviária.

Caso isolado ou problema de fábrica?

Outros usuários do fórum, no entanto, apontaram que esse caso parece ser exceção. Nenhum outro dono relatou desgaste tão acentuado com apenas 10.000 km.

Isso reforça a tese de que a condução pode ter desempenhado papel importante. Talvez o motorista não tenha usado com frequência o Modo Relax, expondo os pneus à força total dos três motores elétricos.

Apesar de insistir em um lote defeituoso, o comportamento ao volante pode explicar parte da situação. Afinal, mais de 800 cv à disposição exigem cautela e responsabilidade.

Ainda que a Tesla vá investigar, muitos acreditam que se trata de um episódio isolado, mas que acende um alerta para os futuros donos da versão mais radical do Cybertruck.

Com informações de Xataka.

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Romário Pereira de Carvalho

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