Relatório confirma recorde histórico de gases de efeito estufa e transforma a COP 30 em Belém em ponto decisivo para o futuro do planeta
Às vésperas da COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou um dado alarmante. A concentração global de dióxido de carbono (CO₂) atingiu níveis recordes em 2024, o maior aumento desde o início das medições modernas em 1957.
Esse salto histórico reforça o alerta mundial sobre o ritmo acelerado do aquecimento do planeta. Além disso, ele evidencia a urgência de ações coordenadas e globais.
Segundo a OMM, o CO₂ aumentou 3,5 partes por milhão (ppm) entre 2023 e 2024, resultado direto das emissões humanas, dos incêndios florestais e da redução da absorção natural de carbono. Por isso, especialistas afirmam que o planeta “já está comprometido com um aumento de temperatura de longo prazo”.
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A ONU destacou ainda que o calor acumulado pelos gases de efeito estufa está intensificando secas, tempestades e incêndios, afetando comunidades e economias em todo o mundo. Consequentemente, a estabilidade climática global está sob risco crescente.
Dados científicos revelam avanço sem precedentes
Desde a década de 1960, as taxas de crescimento de CO₂ triplicaram. Elas passaram de 0,8 ppm por ano para 2,4 ppm por ano entre 2011 e 2020. Em 2024, o aumento de 3,5 ppm consolidou o maior salto já registrado. Portanto, o avanço é considerado sem precedentes.
A OMM aponta que cerca de metade do CO₂ emitido permanece na atmosfera. O restante é absorvido por florestas e oceanos, que funcionam como sumidouros naturais. No entanto, com o aumento das temperaturas, os oceanos absorvem menos CO₂, enquanto os sumidouros terrestres perdem eficiência.
Dessa forma, a cientista Oksana Tarasova, coordenadora do Boletim de Gases de Efeito Estufa da OMM, afirmou que “os sumidouros naturais estão se tornando menos eficazes”. Ela acrescentou que o desequilíbrio climático está se agravando rapidamente.
El Niño e recordes de calor agravam o cenário
O fenômeno El Niño, registrado com força em 2024, agravou o cenário climático. Além disso, ele reduziu a umidade das florestas e aumentou os incêndios na Amazônia e no sul da África. Como resultado, as emissões se multiplicaram e o clima se tornou ainda mais instável.
De acordo com o relatório State of the Global Climate 2024, publicado pela OMM em março de 2025, o ano de 2024 foi o mais quente da história. A temperatura média global ficou 1,55 °C acima dos níveis pré-industriais. Assim, o planeta se aproxima perigosamente do limite de 1,5 °C, previsto no Acordo de Paris.
Ultrapassar essa marca pode causar impactos irreversíveis no equilíbrio climático, afetando principalmente países tropicais e regiões costeiras. Enquanto isso, os cientistas cobram uma resposta global unificada.
Metano e óxido nitroso também batem recordes
Além do CO₂, o relatório da OMM revelou aumentos inéditos em outros gases de efeito estufa. Em 2024, o metano (CH₄) alcançou 1.942 partes por bilhão (ppb). Isso representa 166% acima dos níveis pré-industriais.
O óxido nitroso (N₂O) atingiu 338,0 ppb, cerca de 25% de aumento em relação ao período anterior a 1750. Consequentemente, o aquecimento global foi potencializado.
Esses gases têm grande capacidade de reter calor e amplificam o efeito estufa. “O calor aprisionado por esses gases está turbinando o clima e provocando eventos extremos cada vez mais intensos”, afirmou Ko Barrett, secretário-geral adjunto da OMM. A declaração foi feita em Genebra, em outubro de 2024.
Pressão global antes da COP 30
Os novos dados surgem em um momento crítico. Por isso, a COP 30, em Belém, reunirá líderes de mais de 190 países para definir novas metas de descarbonização e ampliar o financiamento climático internacional.
A OMM defende que o monitoramento contínuo dos gases de efeito estufa é essencial. Além disso, ele orienta políticas públicas e fundamenta decisões de longo prazo.
“Manter e expandir o monitoramento é fundamental para apoiar os esforços globais de mitigação”, reforçou Tarasova, durante a divulgação dos dados. Contudo, ela destacou que os compromissos assumidos até agora ainda são insuficientes.
Especialistas alertam que reduzir emissões e restaurar ecossistemas já não é apenas uma meta ambiental. Pelo contrário, tornou-se uma questão de segurança global e econômica.
Com recordes sucessivos e um planeta à beira do limite climático, 2025 marca um ponto de virada decisivo. Portanto, a humanidade precisa escolher entre agir agora ou enfrentar consequências irreversíveis nas próximas décadas.
O que você acredita que deve ser prioridade mundial: redução imediata das emissões ou investimento em tecnologias que restaurem o equilíbrio climático global?