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Terra acelera rotação, dias encurtam, recorde previsto para 2025 com impacto de 1,66 ms, Lua influencia e relógios atômicos confirmam

Escrito por Ana Alice
Publicado em 11/07/2025 às 14:22
A Terra está girando mais rápido e pode bater um recorde histórico em 2025, reduzindo a duração dos dias como nunca antes registrado.(Imagem: Reprodução/NASA)
A Terra está girando mais rápido e pode bater um recorde histórico em 2025, reduzindo a duração dos dias como nunca antes registrado.(Imagem: Reprodução/NASA)
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Desde 2020, medições precisas mostram que a Terra está girando mais rápido, e cientistas já preveem datas específicas em 2025 que podem marcar o dia mais curto já registrado na história moderna.

Especialistas alertam que a rotação do planeta vem se acelerando nos últimos anos e pode atingir um novo recorde em julho ou agosto de 2025, reduzindo a duração dos dias a níveis jamais registrados.

Desde o ano de 2020, cientistas ao redor do mundo têm observado um fenômeno curioso e intrigante: a Terra está girando cada vez mais rápido.

Essa aceleração no movimento de rotação pode fazer com que os dias deixem de ter as tradicionais 24 horas, um padrão que tem sido relativamente estável ao longo dos séculos.

De acordo com análises de pesquisadores como o astrofísico e comunicador científico Graham Jones, essa mudança pode atingir um novo pico nos próximos meses.

As datas mais prováveis para esse marco histórico, segundo cálculos recentes, são:

9 de julho de 2025,
22 de julho de 2025,
5 de agosto de 2025.

Em uma dessas datas, a Terra pode experimentar o “dia mais curto da história”, superando recordes já identificados em anos anteriores.

Variações microscópicas, mas cientificamente significativas

Embora a diferença não seja perceptível para o ser humano comum — já que estamos falando de milissegundos — a ciência leva essas alterações muito a sério.

Um dia padrão tem exatamente 86.400 segundos.

No entanto, em 5 de julho de 2024, a Terra girou tão rápido que o dia teve 1,66 milissegundo a menos do que o normal, conforme medição feita com relógios atômicos, os dispositivos mais precisos já criados pela ciência.

Essas pequenas flutuações só podem ser detectadas com o uso de alta tecnologia, e não provocam impacto direto no nosso cotidiano — pelo menos por enquanto.

O que está por trás dessa aceleração misteriosa?

Apesar de décadas de pesquisa sobre o comportamento do planeta, a causa exata da aceleração ainda é desconhecida.

Graham Jones esclarece que a rotação da Terra é influenciada por uma série de fatores complexos, entre os quais se destacam:

O movimento do núcleo terrestre,
A dinâmica dos oceanos,
Mudanças na atmosfera,
Interações gravitacionais com a Lua e o Sol.

“Variações de longo prazo na velocidade de rotação da Terra são afetadas por uma longa lista de fatores”, afirmou Jones, em entrevista recente.

Segundo os especialistas, a combinação desses elementos naturais pode gerar pequenas oscilações ao longo dos anos, o que torna extremamente difícil prever com exatidão quando ocorrerão picos ou desacelerações mais intensas.

Influência da Lua e de sua posição orbital

Outro dado relevante observado pelos astrônomos é a relação entre essas datas previstas e o posicionamento da Lua em sua órbita.

As três datas mais prováveis para o próximo dia mais curto coincidem com o período em que a órbita da Lua está mais afastada da Linha do Equador, ou seja, quando ela se posiciona mais ao norte ou ao sul da Terra.

Esse detalhe aparentemente pequeno tem grande importância.

Quando o satélite natural da Terra se encontra em posições extremas em relação ao Equador, há tendência de aceleração na rotação do planeta.

A explicação envolve as complexas forças gravitacionais e os chamados efeitos de maré, que afetam não apenas os oceanos, mas também a estrutura física do planeta.

Vamos perder as 24 horas tradicionais?

A resposta curta é: não tão cedo.

Apesar da crescente curiosidade em torno do tema, a redução atual ainda é extremamente pequena, sendo de apenas frações de milissegundos por dia.

Para se ter ideia, uma diferença de 1,66 milissegundo equivale a menos do que um piscar de olhos.

De acordo com informações do site UniónRayo, os cientistas estimam que, se essa tendência continuar por bilhões de anos, a Terra pode eventualmente sincronizar sua rotação com a órbita da Lua.

Nesse cenário teórico, as marés deixariam de existir, o que afetaria diretamente fenômenos naturais e atividades como o surfe.

Além disso, um dos lados da Terra estaria constantemente voltado para a Lua, fazendo com que apenas uma parte do planeta tivesse acesso visual ao nosso satélite natural.

Mas esse é um cenário hipotético que levaria cerca de 50 bilhões de anos para se concretizar, segundo os atuais modelos científicos.

O papel da ciência na medição do tempo

Desde que os relógios atômicos foram desenvolvidos, tornou-se possível medir a passagem do tempo com uma precisão nunca antes alcançada.

Esses instrumentos permitem detectar variações mínimas no movimento da Terra, sendo usados para ajustar sistemas de navegação, comunicações via satélite e redes elétricas globais.

Quando há uma aceleração significativa da rotação, como a que vem sendo observada, os cientistas podem optar por ajustar o chamado “segundo intercalar” — um pequeno acréscimo ou subtração no tempo oficial, para manter a sincronização entre o tempo atômico e o tempo astronômico.

No entanto, em casos de encurtamento do dia, os ajustes são mais delicados, pois envolvem a remoção de um segundo do tempo global, algo que nunca foi feito antes.

Até agora, todos os segundos intercalares inseridos foram adições — nunca subtrações.

Se a tendência de aceleração persistir, a comunidade científica internacional poderá ser forçada a discutir esse tipo de ajuste inédito nas próximas décadas.

Estamos vivendo uma mudança real no tempo?

Embora não sintamos no cotidiano, o que está acontecendo é, sim, uma mudança mensurável e significativa no ritmo da Terra.

Os cientistas continuam monitorando o fenômeno com cautela e responsabilidade, evitando conclusões precipitadas.

Por enquanto, não há razão para preocupação imediata, mas a curiosidade gerada por esse fenômeno chama a atenção de astrônomos, geofísicos e do público em geral.

Saber que o nosso planeta está girando mais rápido do que há décadas atrás é um lembrete fascinante de que a Terra é um corpo dinâmico, sujeito a forças poderosas e misteriosas.

E que, mesmo após milhares de anos de observação, ainda há muito a ser descoberto sobre o comportamento do nosso planeta.

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Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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