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Terminal Rodoviário de Cuiabá com placas solares passa a produzir 100% da energia que consome

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 21/07/2025 às 07:12
Fachada do terminal rodoviário urbano de Cuiabá iluminada ao meio-dia, com dois carros estacionados em frente
Vista da fachada do terminal urbano de Cuiabá sob a luz intensa do meio-dia, com veículos estacionados
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Conheça como o Terminal Rodoviário de Cuiabá se tornou referência em sustentabilidade ao produzir 100% da energia que consome com placas solares.

O Terminal Rodoviário de Cuiabá, oficialmente chamado de Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, alcançou um marco importante no cenário da sustentabilidade e da eficiência energética.

Com a conclusão da instalação de um sistema moderno de geração de energia solar, o terminal agora produz toda a energia que consome em suas áreas operacionais e administrativas.

Essa conquista não apenas marca uma evolução tecnológica, mas também reforça o compromisso com o meio ambiente e com o futuro da mobilidade urbana em Mato Grosso.

Localizado no coração da capital mato-grossense, o terminal sempre funcionou como um ponto de conexão fundamental. Desde sua inauguração, na década de 1980, milhares de pessoas utilizam o espaço como porta de entrada e saída entre cidades, estados e regiões.

Mais do que um ponto de embarque e desembarque, a rodoviária representa um cruzamento de histórias, culturas e trajetórias. Assim, o investimento em energia limpa e renovável fortalece essa importância, acrescentando à estrutura um novo valor social e ecológico.

Além disso, a rodoviária cumpre um papel essencial na integração regional. Por situar-se no centro geodésico da América do Sul, Cuiabá ocupa uma posição estratégica para o deslocamento de passageiros e mercadorias.

Dessa forma, o terminal conecta a capital a diversas regiões do país, o que torna sua modernização ainda mais relevante. Ao modernizar um espaço com essa abrangência, o estado reafirma o transporte público como pilar do desenvolvimento.

Energia solar no estacionamento: inovação que gera conforto e eficiência

O estacionamento do terminal agora abriga uma usina solar de aproximadamente 800 metros quadrados. Trezentas e oitenta e cinco placas fotovoltaicas foram instaladas para gerar até 158 kWp (quilowatt-pico) de energia.

Esse sistema abastece todos os sistemas internos do terminal, como iluminação, climatização, sonorização e monitoramento por câmeras.

Além disso, os engenheiros fixaram as placas solares sobre estruturas metálicas que cobrem as vagas de estacionamento. Consequentemente, o terminal também passou a oferecer mais sombra e conforto térmico aos motoristas e passageiros.

A escolha pela cobertura multifuncional contribuiu diretamente para o bem-estar dos usuários e reforça a preocupação com a qualidade do serviço.

Esse projeto de modernização integra um pacote maior de investimentos. A Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT) supervisiona e fiscaliza todas as etapas da concessão da rodoviária.

De acordo com a agência, a nova estrutura não só atende às demandas técnicas do espaço, como também respeita os princípios de responsabilidade social e sustentabilidade urbana.

Além da geração de energia, essas coberturas ajudam a reduzir o calor no ambiente, proteger os veículos do desgaste solar e melhorar a experiência de quem circula pelo terminal.

Portanto, o investimento alia economia de energia a conforto público e eficiência na gestão do espaço urbano.

Compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

A nova estrutura impacta diretamente o meio ambiente. O terminal eliminou a dependência de fontes fósseis e passou a reduzir significativamente a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono.

Por isso, esse avanço se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), sobretudo ao objetivo número 7: energia limpa e acessível.

José Ricardo Elias, diretor regulador de Transportes e Rodovias da Ager-MT, destacou que a modernização não se limita à tecnologia.

Para ele, a iniciativa demonstra um compromisso com uma gestão pública eficiente, alinhada aos desafios ambientais e sociais do presente. O sistema fotovoltaico implantado segue as diretrizes do modelo ESG (Environmental, Social and Governance), reforçando os pilares da governança sustentável.

Além disso, a população começa a perceber que ações sustentáveis em espaços públicos podem gerar resultados práticos e duradouros.

O Terminal Rodoviário de Cuiabá prova que é possível aliar economia, inovação e responsabilidade ambiental em um mesmo projeto. A rodoviária, com isso, passa a inspirar outras cidades brasileiras.

Acessibilidade e inclusão: avanços estruturais importantes

No entanto, a transformação do terminal vai além da energia. A gestão também promoveu melhorias em acessibilidade.

O espaço ganhou rampas, pisos táteis, banheiros adaptados, elevadores e vagas exclusivas para pessoas com mobilidade reduzida. Essas adaptações tornaram o ambiente mais digno e seguro para todos os cidadãos.

Historicamente, o terminal sempre exerceu um papel vital na expansão urbana de Cuiabá. Situado próximo a avenidas estratégicas e centros comerciais, ele facilita o transporte intermunicipal e interestadual.

Ao longo dos anos, o espaço enfrentou desafios estruturais. Por isso, a modernização marca uma virada histórica.

Agora, a mobilidade urbana passa a refletir valores como inclusão, eficiência e inovação.

Exemplo para o Brasil: energia limpa e gestão eficiente

Atualmente, o sistema solar abastece exclusivamente as áreas operacionais e administrativas. As lojas e espaços comerciais continuam ligados à rede elétrica tradicional.

Mesmo assim, o impacto é relevante: a operação central funciona com uma fonte 100% limpa e renovável.

Além disso, o projeto abre caminho para replicações em outras rodoviárias e prédios públicos.

Usar fontes renováveis em grandes estruturas urbanas representa uma solução inteligente para reduzir custos, diminuir a poluição e elevar a qualidade do serviço ao cidadão.

Cuiabá, com seu forte potencial solar, mostra que tem condições ideais para receber mais iniciativas semelhantes. O terminal rodoviário serve como exemplo claro de como a gestão pública pode transformar espaços antigos em modelos de eficiência.

Esse tipo de mudança impacta diretamente a mobilidade, o ambiente e a percepção da população sobre o transporte coletivo.

Um terminal que olha para o futuro com responsabilidade

Ao implantar as placas solares, o terminal assumiu um novo protagonismo. Ele deixou de ser apenas um ponto de trânsito para se tornar um símbolo de transição energética e inovação urbana.

Em tempos de crise climática, o investimento representa uma ação concreta diante de desafios globais.

Dessa maneira, o Terminal Rodoviário de Cuiabá agora se posiciona como referência no uso consciente dos recursos públicos.

Com ações planejadas, técnicas modernas e foco social, ele mostra que o futuro das cidades pode ser mais verde, inteligente e humano.

A energia que hoje movimenta o terminal vem do sol, mas também de um esforço coletivo por um Brasil mais sustentável.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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