O país exporta quase todo seu potencial em terras raras como matéria-prima bruta, enquanto outras nações lucram com a transformação.
Boa parte dos elementos encontrados no território brasileiro é exportada como commodity bruta, sem passar por processos de beneficiamento ou transformação. Ou seja: o país entrega o recurso e perde valor no mercado global.
Na prática, o Brasil vende barato e compra caro. Exporta minérios puros e importa de volta produtos industrializados, prontos para uso, com alto valor agregado.
Isso limita os ganhos da economia brasileira e compromete sua posição na cadeia global de valor.
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Esses elementos — conhecidos como terras raras — são a base da economia de alta tecnologia.
Estão presentes em turbinas eólicas, baterias de carros elétricos, celulares, armas de precisão, aparelhos médicos, satélites e sistemas militares.
São considerados hoje um ativo estratégico, comparado ao que foi o petróleo no século passado.
Apesar disso, o Brasil ainda não conseguiu transformar seu potencial geológico em protagonismo industrial.
A segunda maior reserva do mundo está em solo brasileiro, com cerca de 21 milhões de toneladas, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Só a China possui mais.
O problema é que o Brasil ainda depende de outros países para processar os minérios. A maior parte da produção nacional sai do país in natura, sem passar por refinamento.
Com isso, todo o valor agregado é transferido para o exterior — um padrão antigo que se repete agora com os elementos mais estratégicos da nova economia.
O domínio da China e a disputa global
Hoje, a China concentra 80% da produção e refino de terras raras usadas pela indústria americana.
Além disso, domina o know-how do processo de separação química dos elementos. Esse monopólio levou o país a usar as terras raras como peça geopolítica nas disputas comerciais com os Estados Unidos.
Durante o governo Trump, os americanos impuseram tarifas a produtos chineses. A resposta da China incluiu o bloqueio à exportação dos minérios raros.
A medida gerou impacto direto na cadeia produtiva de montadoras, indústrias eletrônicas e empresas de defesa nos EUA.
Diante da crise, os Estados Unidos negociaram um acordo com a China. As tarifas foram parcialmente reduzidas, e a exportação de ímãs e elementos raros foi retomada — mas por apenas seis meses.
O governo chinês não confirmou os termos oficialmente, mantendo o controle sobre os detalhes.
Esse episódio mostrou que as terras raras se tornaram mais do que recurso industrial: são ferramentas de poder diplomático e influência global.
O Brasil e sua posição privilegiada
Com a segunda maior reserva global, o Brasil poderia ocupar um papel relevante nessa disputa. Mas para isso, precisa superar um gargalo histórico: a ausência de uma cadeia completa de produção.
Hoje, o país segue como fornecedor de matéria-prima bruta.
A nova fronteira está na Amazônia
Estudos apontam que a Amazônia possui grande concentração de terras raras, especialmente no subsolo da floresta.
Esse dado coloca o Brasil sob o radar de interesses internacionais. Empresas e governos observam de perto o potencial brasileiro — e não apenas pela biodiversidade.
A camada subterrânea da floresta guarda elementos como tório, nióbio, cobalto e lantânio. Em tempos de transição energética e reindustrialização verde, esses minerais ganham valor estratégico.
Mas o Brasil ainda precisa definir regras claras para a exploração, considerando aspectos ambientais, sociais e tecnológicos.
O risco é alto: permitir a extração sem controle ou retorno adequado pode repetir os mesmos erros do passado.
Acordo com a Ucrânia reforça a corrida
Um exemplo recente da disputa global por minerais estratégicos foi o acordo firmado entre os Estados Unidos e a Ucrânia.
O pacto prevê a exploração de recursos como terras raras, ferro, lítio, titânio, urânio e carvão em solo ucraniano.
Boa parte dessas reservas está em regiões afetadas pela guerra com a Rússia.
O acordo também foi interpretado como forma de a Ucrânia retribuir o apoio militar e financeiro recebido dos EUA desde o início do conflito.
Esse movimento mostra que as terras raras são vistas como ativo geopolítico, não apenas recurso econômico.
O controle chinês continua forte
A China detém praticamente todas as patentes do processo de separação e purificação das terras raras. Isso cria uma dependência estrutural.
Mesmo países com grandes reservas, como o Brasil, não conseguem competir de forma plena sem acesso a essa tecnologia.
Por isso, o domínio chinês segue como obstáculo para qualquer tentativa de descentralização do setor.
O Brasil, se quiser romper com esse ciclo, precisa investir em pesquisa, desenvolvimento industrial e soberania tecnológica.
O risco de perder mais uma vez
O modelo atual é insustentável. O país não pode continuar exportando recursos estratégicos como commodities, enquanto importa produtos industrializados com valor muito maior.
As terras raras são o novo petróleo — mas apenas para quem souber aproveitá-las. E até aqui, o Brasil ainda não saiu da primeira fase do jogo.
Se o país não avançar na transformação industrial, corre o risco de ser novamente um simples fornecedor de matéria-prima em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia e da energia limpa.
O alerta de Sergio Sacani
No final de um de seus podcasts, o divulgador científico Sergio Sacani resumiu o desafio com clareza: “Isso é o que vai mandar no mundo”.
Para ele, quem domina as terras raras, domina o futuro. Mas alertou que o Brasil ainda não entendeu a dimensão do que tem nas mãos.
Ele destacou que a Amazônia possui uma quantidade significativa desses elementos, e que o país precisa tomar decisões rápidas e estratégicas. “Estamos sentados sobre um tesouro, mas continuamos agindo como se fosse qualquer minério comum”, concluiu.
O tempo está passando. E o Brasil precisa decidir: vai continuar exportando riqueza bruta ou vai finalmente transformá-la em poder, tecnologia e desenvolvimento?
O IMPORTANTE PARA O BRASILEIRO É Q TEMOS CARNAVAL, , ONLYFANS, BOLSA-FAMILIA DE ATÉ 1200 REAIS, CESTAS BÁSICAS, INSTAGRAN , CACHAÇA , CERVEJA EMACONHA LIBERADA ATÉ 40 GRAMAS. E O BRASILEIRO VOLTOU A COMER PICANHA! VIVA O L!
INFELIZMENTE, É A BOIADA DE UM LADO E AS MULAS DO OUTRO, PUXANDO O CABO DE GUERRA, E O NOSSO PAÍS NUNCA SAI DO ETERNO ATRASO.
E O POVO NUNCA TOMA UMA ATITUDE PARA FAZER A VERDADEIRA MUDANÇA DO PAÍS.
O Brasil tem que investir é em Educação, Ciencia e Tecnologia para tirar nosso país do atraso de 5 séculos.
Ninguém vai querer teansferir tecnologia para nenhum país, principalmente com os maiores potenciais em tudo q se imagina em diversos produtos como o Brasil em Terras Raras, Nióbio, Petróleo, Soja, Carnes em Geral, Energias em Geral, Terras Agricultáveis, enfim, tudo neste país dá, e em abundância,como na carta de Pero Vaz de Caminha há + de 5 séculos.
Só no caso do Nióbio, q praticamente só o Brasil tem, ainda vendemos o produto quase de graça para depois voltar com preço elevado depois de beneficiado.
Pelo fato de ninguém querer repassar tecnologia e conhecimento para os outros, temos uma boa oportunidade agora junto à China de repassar ao Brasil através de acordos de tranf de tecnologias em vários setores como telecomunicações, IA, etc. Enfim, em todas as áreas de importância tecnológicas.
Mas para isto temos q fazer nossa parte, investindo em Educação. Sem educação não vamos avançar em nada. Não vamos nem saber operar as máquinas.
No Brasil, só se investe no Bolsa Familia. São bilhões e bilhões q poderia se investir em Educação de Qualidade, mas, só se investe em bolsões de pobreza e a cada dia o povo mais atrasado.
Infelizmente é a boiada de um lado e as mulas do outro, puxando o cabo de guerra , e o país a cada dia se afundando mais e não saímos deste marasmo. Triste nossa realidade.
O Bolsonaro ia ganhar dinheiro com o nióbio e foi só conversa fiada de quem sabe enrolar.
O bolsa família não chega nem aos pés do bolsa rico.
Falta no Brasil é gente que não pense em criticar uns aos outros e sim trabalhar em conjunto pra melhorar o país.