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Telhas que geram energia solar e reduz o preço da sua conta de luz: produzidas no Brasil, uma casa necessita de cerca de 150 telhas

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 13/10/2024 às 13:47
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Foto: reprodução Ekko Green

Eternit recebe certificação para comercializar telhas fotovoltaicas que prometem reduzir custos e impulsionar a sustentabilidade no setor de construção

As telhas solares estão oficialmente prontas para entrar no mercado brasileiro, representando uma revolução no setor de energia limpa e sustentável. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) concedeu à Eternit, tradicional fabricante de materiais de construção, o certificado que autoriza a venda das suas telhas de concreto capazes de gerar energia solar. Essas telhas possuem células fotovoltaicas integradas que captam a luz do sol, convertendo-a em eletricidade e substituindo a necessidade de instalação de painéis solares tradicionais, de acordo com o site De Olho na Engenharia.

Produzidas pela Tégula Solar, uma empresa do grupo Eternit, as telhas fotovoltaicas são fabricadas na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, e trazem uma promessa de economia significativa para os consumidores, além de impulsionar a energia renovável no país. Com essa inovação, o Brasil dá mais um passo importante em direção à sustentabilidade no setor de construção civil, ao mesmo tempo em que oferece uma alternativa mais acessível para quem deseja instalar sistemas de energia solar.

Telhas solares: Como funcionam e quanto custam?

As telhas solares da Eternit são desenvolvidas com células fotovoltaicas diretamente acopladas, o que elimina a necessidade de montar estruturas para painéis solares sobre o telhado. Segundo a empresa, cada telha tem dimensões de 36,5 cm por 47,5 cm e uma potência de 9,16 Watts, gerando uma média mensal de 1,15 kWh. Para uma casa de pequeno porte, a Eternit estima que seriam necessárias cerca de 150 telhas solares, enquanto residências maiores podem precisar de até 600 unidades.

A grande vantagem dessas telhas é a capacidade de reduzir o custo de um sistema de energia solar em até 20%, de acordo com a fabricante. Além disso, o tempo estimado para o retorno total do investimento é de três a cinco anos, tornando-se uma opção viável e competitiva quando comparada aos sistemas tradicionais de geração solar, especialmente para quem está construindo ou reformando e já precisaria adquirir telhas convencionais.

No entanto, por enquanto, apenas um grupo seleto de clientes está recebendo as telhas solares, já que a Eternit ainda estava aguardando a certificação do Inmetro para liberar as vendas ao público geral. Com o aval da entidade, a previsão é que a comercialização em grande escala comece em meados de 2021.

Produção nacional e benefícios para a economia brasileira

A produção de telhas solares no Brasil traz benefícios não só para o consumidor final, mas também para a indústria nacional. A fabricação local desses equipamentos de energia renovável gera empregos, promove o desenvolvimento tecnológico e fortalece a cadeia produtiva do país. Para a Eternit, que já é um nome consolidado no setor de construção, essa inovação representa uma aposta no futuro da energia solar, um segmento que cresce exponencialmente em todo o mundo.

Contudo, a decisão do governo brasileiro de isentar a tarifa de importação para mais de 100 tipos de equipamentos fotovoltaicos, incluindo módulos solares, gerou uma reação na indústria nacional. Fabricantes locais argumentam que a medida coloca os produtos nacionais em desvantagem competitiva, já que itens importados poderão entrar no país com preços mais baixos, dificultando a consolidação de uma indústria solar brasileira.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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