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Tecnologia inovadora e sustentável em Arraial do Cabo (RJ) transforma lodo em energia, convertendo-o em gás biocombustível e carvão vegetal

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 17/01/2023 às 17:17
Tecnologia, energia, biocombustível, RJ
Foto: Reprodução odia.ig

Transformação do lodo também poderá ajudar a recuperar solos degradados

O projeto trata-se de uma Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR) e será capaz de transformar o lodo resultante do tratamento do esgoto doméstico em energia por meio de uma tecnologia inovadora e sustentável. O lodo geralmente é descartado em aterro sanitário, em uma substância que pode ser tratada e reutilizada como gás biocombustível ou em um tipo de carvão vegetal, chamado biochar, que pode ser utilizado para aplicação na agricultura, para recuperar solos degradados e sequestro de carbono.

O Projeto Retransformar foi recebido pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), saiba como funciona

A unidade de tratamento será capaz de tratar todo o lodo produzido na ETE. Isso representa cerca de 2 toneladas por dia, sendo que o projeto terá duração de 3 anos. O equipamento usado na transformação utiliza a ‘pirólise lenta a tambor rotativo’, ou seja, um processo de decomposição termoquímico da matéria. Então, o gás produzido é filtrado e enviado para queimadores e para geração de energia. Uma parcela do gás retorna para alimentar o processo e, assim, não são produzidos gases poluentes ou tóxicos.

Testes do projeto são feitos em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF)

De acordo com a matéria do O Dia, os testes do projeto de tratamento de lodo por ‘pirólise lenta a tambor rotativo’ acontecem na unidade operacional da Prolagos, financiada pela Águas do Rio e pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com Agenersa, Universidade Federal Fluminense (UFF) e Prefeitura de Arraial do Cabo.

De acordo com Rodolfo Cardoso, doutor em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense e responsável pelo projeto, “os testes que serão realizados produzirão resultados inovadores no país. Iremos analisar quais são as melhores formas de reaproveitamento do lodo e quais terão melhor custo x benefício, impactando não só empresas voltadas para o saneamento como também outras indústrias. Também iremos estudar formas de aumentar a capacidade da planta para atendermos estações de tratamento ainda maiores. Por meio de softwares, criaremos gêmeos digitais da unidade e faremos testes simulando a expansão da produtividade”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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