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Tecnologia inédita que pode revolucionar completamente a mineração mundial encontra diamante de 2.492 quilates, segundo maior já encontrado no MUNDO, entenda como funciona o método de última geração utilizado pela África

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/08/2024 às 08:13
Tecnologia inédita que pode revolucionar completamente a mineração mundial encontra diamante de 2.492 quilates, segundo maior já encontrado no MUNDO,
Foto: Dall-e

Segundo maior diamante do mundo é encontrado na África. Com 2.492 quilates, a pedra preciosa é a descoberta mais importante em 120 anos. Entenda o processo e o qual será o destino após a descoberta.

Uma descoberta histórica no mundo das pedras preciosas foi anunciada esta semana pela mineradora canadense Lucara: um dos maiores diamantes do mundo, com impressionantes 2.492 quilates, foi encontrado em uma mina em Botsuana. A joia foi desenterrada na mina de Karowe, localizada no nordeste do país, que já é conhecida por sua rica produção de diamantes e figura como um dos principais pontos de extração da África. Este achado coloca a Lucara em destaque no cenário global, pois o diamante descoberto é o segundo maior do mundo, solidificando Botsuana como um dos maiores produtores de diamantes de alta qualidade.

A revelação dessa pedra de valor incalculável reforça a importância de Karowe e coloca o país ainda mais no mapa como um dos líderes na produção mundial de diamantes.

A tecnologia utilizada para encontrar o maior diamante do mundo

A tecnologia da empresa canadense permite extrair do solo pedras preciosas maiores sem que se quebrem em pedaços, segundo Kormind. É provável, portanto, que sejam encontradas outras pedras. Com 2,6 milhões de habitantes, Botsuana é um dos maiores produtores mundiais de diamantes, sua principal fonte de recursos, com 30% do PIB e 80% das exportações.

No comunicado, a Lucara afirma que os recursos proporcionam a Botsuana “benefícios socioeconômicos consideráveis”, como a possibilidade de financiar “setores essenciais como educação e saúde”, assim como o setor de infraestruturas.

Antes da descoberta anunciada nesta quinta-feira, o maior diamante encontrado em Botsuana era uma pedra de 1.758 quilates, também extraída pela Lucara em 2019 e batizada como Sewelo. O maior diamante do mundo, do tamanho de uma bola de tênis, foi adquirida pela casa Louis Vuitton, marca carro-chefe da gigante do luxo LVMH.

O preço de venda não foi divulgado. A Lucara afirmou que já havia encontrado um diamante de 1.174 quilates em Botsuana em 2021, com o uso da mesma tecnologia de raio-X usada nesta semana.

Como funciona na prática?

A empresa revolucionou a indústria de mineração com a implementação da tecnologia de Raios X Multi-Density Radiometric (MDR). Essa tecnologia avançada é utilizada para escanear e detectar diamantes em grandes volumes de minério, um processo crucial nas operações da mina de Karowe, em Botsuana. Diferentemente dos métodos tradicionais de extração, que dependem de processos mecânicos que podem danificar as pedras preciosas, o sistema MDR utiliza raios X para identificar e separar os diamantes sem contato físico.

A tecnologia MDR funciona detectando as densidades específicas dos diamantes, que são distintas em comparação com o restante do material de mineração. Ao passar o minério pelo scanner de raios X, a máquina consegue identificar os diamantes de forma precisa e eficiente, independentemente do tamanho ou da forma da pedra. Quando um diamante é detectado, ele é automaticamente separado para posterior processamento, reduzindo assim o risco de perda ou dano das pedras preciosas.

Este método inovador não apenas aumenta a eficiência da mineração, mas também garante que mesmo os diamantes mais raros e valiosos, como o recentemente descoberto diamante de 2.492 quilates, sejam extraídos em perfeitas condições.

A tecnologia MDR é um exemplo brilhante de como a inovação pode transformar a mineração, tornando-a mais segura, precisa e rentável. Além disso, coloca a Lucara na vanguarda da tecnologia de mineração de diamantes, destacando-a como uma líder na indústria global.

Descoberta de uma das maiores pedras preciosas do mundo é a mais importante em 120 anos

Em quilates, o segundo maior diamante do mundo não está muito distante do maior diamante conhecido no mundo, o Cullinan, de mais de 3.100 quilates, encontrado na África do Sul em 1905.

Segundo o CEO da Lucara, William Lamb, a empresa está em êxtase com a recuperação deste diamante extraordinário de 2.492 quilates. A mineradora ainda não forneceu à imprensa o valor da pedra e nem sua qualidade. Horas depois, a empresa realizou um evento com a participação do presidente do país, Mokgweetsi Masisi.

Para Tobias Kormind, diretor-geral da 77 Diamonds, a maior joalheria online da Europa, a descoberta histórica deste segundo maior diamante do mundo é a mais importante em 120 anos e isso é emocionante.

Diamante de 2.492 quilates, segundo maior já encontrado no MUNDO utiliza tecnologia inédita que pode mudar revolucionar completamente a mineração mundial!
Imagem real da pedra preciosa – Divulgação/Lucara Diamond

De acordo com Kormind, esta grande pedra, em parte translúcida, é o maior diamante bruto encontrado desde o descobrimento do diamante Cullinan, que foi esculpido em várias peças, a maioria delas incrustada nas joias da coroa britânica.

A descoberta do segundo maior diamante do mundo na África se deve, em grande parte, à uma tecnologia recente de detecção por raio-X, desenvolvida pela Lucara e utilizada desde 2017. 

Outros diamantes encontrados na África

Um diamante de 1.109 quilates, descoberto na mesma mina em 2016, foi comprado por US$ 53 milhões, o equivalente a cerca de R$ 300 milhões em valores atuais, pelo joalheiro londrino Laurence Graff, presidente da Graff Diamonds, em 2017. Botsuana, país da África, um dos principais produtores de diamantes do mundo, contribui com cerca de 20% da produção global.

A descoberta desse diamante colossal reforça ainda mais a posição do país na indústria mundial de diamantes. Enquanto a Lucara Diamond continua a operar e possuir integralmente a mina Karowe, o governo de Botsuana está considerando uma lei que exigiria que as empresas com licenças de mineração vendessem uma participação de 24% a empresas locais, caso o governo não exerça sua opção de se tornar acionista.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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