A nova tecnologia se trata de uma folha artificial capaz de transformar fontes poluídas em água potável e hidrogênio AO MESMO TEMPO
Em uma notável evolução desde 2022, a equipe da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, alcançou um marco científico ao desenvolver uma tecnologia de folha artificial aquática capaz de produzir água potável e hidrogênio simultaneamente.
O dispositivo flutuante inovador de tecnologia captura a energia solar do alto e utiliza a água presente abaixo – seja água do mar ou águas residuais contaminadas – para gerar hidrogênio, um combustível limpo, e purificar a água.
Tecnologia se destaca pela capacidade de operar tanto em fontes poluídas quanto no mar
Diferentemente de versões anteriores, este novo protótipo de tecnologia destaca-se pela capacidade de operar com fontes poluídas ou água do mar, oferecendo uma solução inovadora para a dessalinização e transformação em água e hidrogênio.
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Ariffin Annuar, membro da equipe, destaca a relevância desse avanço em regiões remotas ou em desenvolvimento, onde a escassez de água potável é um desafio e as infraestruturas para purificação não estão prontamente disponíveis.
“Um dispositivo que pudesse funcionar usando água contaminada pode resolver dois problemas ao mesmo tempo: pode dividir a água para produzir combustível limpo e pode produzir água potável,” afirma Annuar.
Trabalho complexo na tecnologia de purificação de águas poluídas
A complexidade da tecnologia de unir a produção de combustíveis solares à purificação de água e hidrogênio é evidente desde o processo inicial de quebra das moléculas de água em hidrogênio e oxigênio. O problema comum é a necessidade de água completamente pura, pois qualquer contaminante prejudica o catalisador, comprometendo o funcionamento.
A equipe superou esse obstáculo depositando um fotocatalisador em uma malha de carbono nanoestruturada, eficiente em absorver luz e calor. Esta malha porosa, tratada para repelir água, não apenas ajuda o fotocatalisador a flutuar, mas também o mantém afastado da água abaixo, impedindo a interferência de contaminantes em sua funcionalidade.
Otimização além da purificação
Para otimizar a captura de energia solar, foi adicionada uma camada absorvedora de raios UV, responsável por quebrar as moléculas de água e gerar hidrogênio. A luz restante é direcionada para a parte inferior do dispositivo, contribuindo para a vaporização da água.
Chanon Pornrungroj, o principal responsável por estas últimas inovações, destaca a imitação eficaz de uma folha real, incorporando o processo de transpiração.
Essa folha artificial aquática representa um avanço significativo na produção de energia limpa e na oferta de água potável. Sua capacidade de operar em ambientes desafiadores e utilizar fontes anteriormente consideradas impraticáveis destaca seu potencial para enfrentar questões globais de escassez de água e dependência de combustíveis fósseis.