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Tecnologia da nova represa suíça pode revolucionar hidrelétricas antigas no Brasil

Publicado em 23/07/2025 às 09:52
Nova barragem nos Alpes supera século de história com concreto sustentável e alta precisão
Nova barragem nos Alpes supera século de história com concreto sustentável e alta precisão
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Nova estrutura substitui represa centenária nos Alpes com tecnologia sustentável e alta precisão, mas não há parceria com o Brasil até o momento

A barragem Spittallam, nos Alpes da Suíça, foi oficialmente concluída em maio de 2025 após seis anos de obras sob neve, gelo e grandes desafios de engenharia. O projeto, 100% suíço, substitui uma estrutura de 1932 que apresentava rachaduras e riscos estruturais, e já é visto como exemplo global em sustentabilidade e eficiência hidrelétrica.

Apesar de rumores nas redes sociais, não há confirmação de parceria entre Brasil e Suíça na barragem Spittallam. A obra, no entanto, tem sido estudada por especialistas e entusiastas da engenharia brasileira como possível inspiração para modernização de nossas hidrelétricas mais antigas, como Tucuruí e Paulo Afonso.

Engenharia de precisão a 1.900 metros de altitude

Tecnologia da nova represa suíça pode revolucionar hidrelétricas antigas no Brasil

A barragem Spitallamm fica no Lago Grimsel, a quase 2.000 metros acima do nível do mar. Construída em concreto compactado com rolos (RCC), a nova estrutura mantém os 113 metros de altura da represa original, mas agora oferece durabilidade estimada em mais de 100 anos.

Com investimento de cerca de R$ 600 milhões, o projeto é operado pela Kraftwerke Oberhasli AG (KWO) e produz energia para mais de 300 mil residências suíças. A construção envolveu empresas como Doka (engenharia estrutural), SBM Mineral Processing (concreto) e a francesa Vicat (cimento de baixo carbono). Toda a obra seguiu rigorosas normas ambientais e sísmicas.

Nenhuma parceria com o Brasil, mas lições claras

Vários vídeos no YouTube e publicações no X (antigo Twitter) alimentaram especulações de que o Brasil teria participação na barragem Spittallam. Contudo, nenhuma fonte oficial suíça ou brasileira confirma qualquer parceria bilateral nesse projeto. A Embaixada da Suíça no Brasil e relatórios técnicos mencionam apenas cooperação científica e ambiental em outros setores, como na COP30.

O interesse brasileiro parece estar mais ligado à inspiração técnica do que à cooperação direta. A tecnologia RCC utilizada em Spitallamm, por exemplo, pode ser útil em reformas de represas nacionais antigas, como identificou o Ministério de Minas e Energia em relatório de 2024.

Comparação com Itaipu e Belo Monte

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Belo Monte

Embora muito menor em escala, a barragem Spitallamm se destaca por sua precisão técnica, sustentabilidade e baixo impacto ambiental, ao contrário de projetos brasileiros como Belo Monte, que deslocaram populações inteiras e enfrentam críticas até hoje.

Para fins de comparação:

ProjetoProdução AnualImpacto Ambiental
Spitallamm1.500 GWhMínimo, sem área habitada
Itaipu103.000 GWhInundação de 1.350 km²
Belo Monte39.000 GWhDeslocamento de indígenas

Essas diferenças mostram como soluções localizadas e sustentáveis podem ser eficazes, principalmente em áreas remotas.

Para você, brasileiro, o que esse projeto diz sobre nosso futuro energético? Devemos investir mais em modernização das barragens ou em novos projetos sustentáveis como este? Deixe sua opinião nos comentários.

Se desejar, posso agora gerar a imagem de capa, seguindo o conteúdo final acima. Deseja que eu faça isso?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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