IoTree, tecnologia brasileira da Suzano, permite monitoramento remoto de água e crescimento de florestas com sensores inteligentes, reduzindo custos, otimizando recursos e apoiando manejo sustentável.
Uma tecnologia brasileira inovadora agora permite monitorar remotamente o uso de água e o crescimento das florestas, com precisão e em tempo real. Ela foi desenvolvida pela Suzano, com apoio do Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica e da startup Agroambiência, e começou a ser aplicada a partir do final de 2024.
O sistema opera em fazendas e florestas do país, usando sensores acoplados às árvores que transmitem dados por meio de rede sem fio.
A inovação da tecnologia brasileira que une sensores e água no campo
Batizado de IoTree, o sistema une hardware e software para oferecer monitoramento contínuo e remoto.
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Sensores de dendrometria (medição de crescimento) e fluxo de seiva são instalados nas árvores.
Esses dispositivos transmitem dados via rede LoRa até um concentrador, que envia para plataforma digital de visualização.
A energia usada nos sensores é gerada por painéis solares ou baterias, o que garante autonomia mesmo em locais remotos.
Como funciona o monitoramento da água e da floresta
Cada sensor mede pequenas variações no crescimento da árvore e no fluxo de seiva.
Com esses dados, é possível inferir o consumo de água e relacioná-lo ao crescimento.
A plataforma “na nuvem” (cloud) reúne essas medições, as processa e gera relatórios para gestores florestais.
Também se integram imagens de satélite e técnicas de aprendizado de máquina (machine learning) para prever consequências futuras.
Parcerias e aplicação do projeto
O projeto IoTree foi selecionado no edital Missão Industrial (Bio)soluções em 2023, promovido pelo SENAI e Suzano.
É resultado da colaboração entre Suzano (gestão florestal), SENAI (microeletrônica) e Agroambiência (engenharia agroflorestal).
O sistema foi testado em fazendas do interior paulista e áreas experimentais da Suzano.
A previsão é que o protótipo final seja entregue em 2026.
Vantagens que a tecnologia brasileira oferece
Maior precisão e menos custos
O monitoramento remoto reduz a necessidade de visitas físicas constantes ao campo.
Com isso, diminui-se gasto com deslocamento, mão de obra e tempo.
Sustentabilidade e uso eficiente da água
Ao entender o padrão de consumo, é possível aplicar água apenas quando realmente necessário.
Isso favorece florestas mais saudáveis e economiza recursos hídricos.
Tomadas de decisão embasadas
Relatórios e previsões ajudam gestores a planejar manejo, adubação e intervenções.
Decisões são tomadas com base em dados reais e contínuos.
Monitoramento escalável
Sensores pequenos e conectividade facilitam a cobertura de grandes áreas.
A tecnologia permite expandir para novos locais de plantio e conservação.
Desafios e limitações da tecnologia brasileira
A conectividade é um dos obstáculos, especialmente em áreas remotas sem infraestrutura.
Mesmo com energia solar, períodos de chuva prolongados podem afetar o funcionamento.
Interpretar corretamente os dados exige especialistas com conhecimento florestal e tecnológico.
Exemplos paralelos e tecnologias complementares
A empresa Treevia (Brasil) trabalha com sensores que “abraçam” árvores e captam diâmetro e crescimento.
Ela utiliza sensores dentro da floresta e combina seus dados com imagens de satélite.
Essas soluções também visam monitorar água, pragas e crescimento de florestas.
Além disso, tecnologias como sensoriamento remoto via satélite, drones e sensores Lidar contribuem para monitoramento de larga escala.
Com a tecnologia brasileira consolidada, espera-se que grandes florestas plantadas e naturais sejam monitoradas com mais rigor.
Isso pode fortalecer mercados de créditos de carbono, pois os dados ajudam a comprovar sequestração de carbono.
Fonte: AgroEstadão


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