Tarifa de 50% imposta pelos EUA às exportações brasileiras força Millpar a dar férias coletivas a 640 funcionários no Paraná, em meio ao risco de queda nas exportações de produtos de madeira.
A fabricante de produtos à base de madeira Millpar anunciou férias coletivas de 15 dias para 640 funcionários da unidade de Guarapuava, no centro do Paraná. A medida, divulgada na última semana, atinge 57,7% do total de colaboradores da empresa, que somam 1.109 trabalhadores distribuídos entre as plantas de Guarapuava e Quedas do Iguaçu.
Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a decisão está diretamente ligada à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, que entrou em vigor recentemente. O mercado norte-americano é o principal destino dos produtos da Millpar.
Produção direcionada para exportação
A empresa produz molduras, guarnições, rodapés, forros, painéis para embalagens, componentes para escadas, janelas, móveis e outros itens à base de madeira. Grande parte da produção é voltada à exportação, e o setor de manufatura de produtos exportados foi o mais afetado pelas férias coletivas.
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A assessoria da Millpar informou que as férias coletivas são uma medida estratégica para ajustar a produção diante do novo cenário.
“São ações necessárias para preservar a companhia e garantir o avanço sustentável das operações a longo prazo”, declarou a empresa em nota.
Possibilidade de estender a medida
A indústria não descartou ampliar as férias coletivas a mais trabalhadores nas próximas semanas. A decisão dependerá da evolução das negociações comerciais e dos efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras.
A medida atinge, por enquanto, apenas a planta de Guarapuava. A unidade de Quedas do Iguaçu, localizada no centro-sul paranaense, mantém as operações normalmente.
Setor madeireiro paranaense depende do mercado norte-americano
De acordo com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), o Paraná está entre os principais exportadores de produtos de madeira para os Estados Unidos. O setor gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no estado, considerando trabalhadores florestais e empregados nas indústrias do segmento.
Em 2024, as exportações paranaenses de produtos florestais, como molduras, painéis compensados, madeira serrada e celulose, ultrapassaram US$ 627 milhões. A expectativa é que as tarifas impostas pelos Estados Unidos possam reduzir o volume exportado nos próximos meses.
Contexto das tarifas dos EUA
As novas tarifas foram anunciadas pelo governo norte-americano como parte do pacote de medidas comerciais do presidente Donald Trump. O tarifaço de 50% atinge uma série de produtos brasileiros e impacta diretamente empresas que dependem das vendas para os Estados Unidos.
A situação já provocou reação de setores produtivos e do governo brasileiro, que busca reverter a decisão por meio de negociações diplomáticas. Uma comitiva de parlamentares e representantes do Itamaraty está nos EUA para tentar abrir um canal de diálogo.
A Millpar, cuja produção é fortemente direcionada ao mercado externo, se junta a outras empresas que avaliam ajustes para lidar com a perda de competitividade causada pelas tarifas. Caso as sobretaxas sejam mantidas, a expectativa de associações do setor é que o impacto possa se refletir no emprego e na geração de renda em toda a cadeia florestal do Paraná.
Isso é mentira! A tarifa nem entrou em vigor e já faliu? Balela!!!
Essa empresa é do sul do Brasil, reduto de comedores de capim! E isso é uma mentira para desestabilizar o governo e desinformar a população! Sem contar que, comedores de capim, têm mais é que se lascar!