Campo de petróleo offshore com reservas estimadas e extração complexa precisa de reinvestimento e envolveu disputa judicial, revelando os riscos e oportunidades após desinvestimentos da Petrobras.
O campo offshore Papa-Terra, localizado na Bacia de Campos, tornou-se um dos maiores desafios operacionais e jurídicos da nova controladora, a Brava Energia, após ser vendido pela Petrobras em 2022 por cerca de US$ 105,6 milhões.
A transação previa pagamentos condicionados ao desempenho futuro da produção, com expectativa de revitalização do campo.
No entanto, passados dois anos, o ativo continua exigindo soluções técnicas avançadas e enfrenta obstáculos legais envolvendo antigos parceiros da estatal.
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O campo começou suas operações em 2013, utilizando uma plataforma do tipo Tension Leg Wellhead Platform (TLWP) acoplada ao FPSO P-63.
Embora o projeto fosse considerado inovador à época, os custos elevados e os resultados abaixo das metas levaram a Petrobras a reclassificar Papa-Terra como “ativo não estratégico”.
Em dezembro de 2022, a Petrobras concretizou a venda para a 3R Petroleum, que depois mudou de nome para Brava Energia, assumindo todos os riscos e obrigações futuros.
Campo de petróleo com reservas bilionárias e óleo de extração difícil
Considerado um campo promissor pela grande quantidade de óleo remanescente, Papa-Terra tem reservas estimadas em mais de 2 bilhões de barris, conforme dados da Petrobras no momento da venda.
A extração, porém, é dificultada pelas características físicas do óleo, classificado como nível API de 12 a 17, indicando elevada densidade.
O fator de recuperação de Papa-Terra é de apenas 2%, contra uma média de 16% na Bacia de Campos, resultado de análises técnicas que mostram baixa eficiência nos métodos convencionais de extração.
Essa discrepância exige adoção de tecnologias específicas, como injeção de água, reativação de poços e uso de novos equipamentos.
A Brava Energia já realizou perfurações adicionais e testes de fluxo para tentar aumentar a produção e recuperar parte considerável desse óleo pesado.
Entraves jurídicos e impacto na operação
Além das questões técnicas, a operação está envolta em disputas judiciais com antigos sócios da Petrobras, o que complica a governança do consórcio.
Documentos da Brava e relatos especializados indicam divergências sobre a divisão dos direitos operacionais, incluindo vetos e decisões estratégicas que atrasam o cronograma previsto.
Esse imbróglio judicial pode exigir renegociações contratuais e ajustes em programas de investimento, alterando o ritmo de execução do projeto.
Avanços parciais e perspectivas futuras
Mesmo diante de entraves, a Brava conseguiu avanços significativos, especialmente em março de 2024, com aumento perceptível na produção média diária.
O crescimento temporário gerou otimismo de investidores e curiosidade do mercado, mas ainda está distante do potencial projetado para o campo.
Especialistas definem Papa-Terra como uma “joia escondida” — um ativo valioso que requer mais recursos e soluções inovadoras para alcançar resultados definitivos.
Visão do mercado e monitoramento da ANP
Analistas do setor, como os do Itaú BBA e da XP, acompanham o desempenho da Brava com cautela, destacando que os resultados dependerão do sucesso técnico e da resolução das pendências judiciais.
A ANP já aprovou novas fases de desenvolvimento, incluindo reentrada em poços antigos e testes com sistemas de injeção de água, com objetivo de elevar o fator de recuperação.
Essas aprovações representam uma oportunidade, mas também aumentam a exposição a riscos financeiros e operacionais.
Desinvestimentos da Petrobras em debate
O caso reintegra a discussão sobre o modelo de desinvestimentos da Petrobras, especialmente quando ativos complexos são transferidos para empresas menores.
A estratégia levanta questões sobre a capacidade dessas empresas em revitalizar reservas desafiadoras e sobre o legado técnico e jurídico que herdaram da estatal.
Desinvestimentos da Petrobras em debate
O caso de Papa-Terra levanta uma questão central sobre o modelo de desinvestimentos da Petrobras.
Será que a Petrobras fez um golaço ao se livrar de um campo problemático — ou a Brava Energia vai transformar o que era dor de cabeça em um bilhete premiado de bilhões de barris?
Eu me aposentei da Petrobras a 2 anos e PARTICIPEI. DO EVTE estudo de viabilidade técnico econômica de PAPA – TERRA. a vinte anos atrás. Mesmo naquela época das vacas gordas esse já era. RECONHECIDAMENTE. um campo difícil demais. A Petrobrás tinha um. MOTO… ” O DESAFIO É A NOSSA ENERGIA”. uma. frase “bonitinha” mas TOTALMENTE. ****…. A empresa tinha. uma mania de entrar em projetos. INVIÁVEIS…. sem tecnologia ou U$ para. obtê- la. e com um corpo de engenheiros. MUITO NOVOS e pouco experientes. chegando no lugar dos. VELHOS DINOSSAUROS. PRUDENTES E EXPERIENTES…. EU JÁ ERA UM VELHO DINOSSAURO. NA ÉPOCA. e fui. visceralmente contra esse Projeto…. Uma verdadeira. armadilha pega. ****…Esse Projeto super mico. só foi superado pelo famigerado. TUBARÃO DA OGX que vitimou o incauto e noviço. EIKE BATISTA…. DEU NO QUE DEU … ATIVOS GERADORES DE PREJUÍZOS. E… DISSABORES. ( PORÉM. PREVISÍVEIS …). meninos. EU AVISEI!!!…
Se fosse bom, a PETROBRAS não venderia. Ôôôô BRAVA….KKKKKKK
A Brava comprou o campo sem saber qual era o tipo de óleo e quais as dificuldades de extração? Conta outra!