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Sustentabilidade: Interior de São Paulo será beneficiado com projeto de eletricidade a biogás da companhia francesa Tereos com a Lemon Energia

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 27/07/2022 às 20:24
Atualizado em 31/07/2022 às 20:30
O grupo de trabalho cooperado criado pela Abegás e pela Abiogás nesta semana tem como principal objetivo viabilizar a utilização do biometano pelas concessionárias estaduais de gás natural e, dessa forma, diversificar a cadeia de combustíveis no Brasil
Foto: Generac/Divulgação)

A Tereos e a Lemon Energia vão fornecer eletricidade a biogás no interior de São Paulo. A nova usina produzirá o equivalente ao consumo de cerca de 85 pequenos comércios, com potencial de duplicar o volume do médio prazo e beneficiar o interior com projeto de sustentabilidade.

Nesta última quarta-feira, (27/07), a empresa francesa Tereos anunciou que fechou uma parceria com a startup Lemon Energia para fornecer eletricidade através de biogás no interior de São Paulo. O serviço visa voltar sua atenção para pequenos e médios negócios atendidos pela distribuidora CPFL Paulista e trazer mais benefícios sustentáveis para a região.

A nova usina produzirá o correspondente ao consumo de cerca de 85 pequenos comércios

Dessa forma, a energia será gerada na planta piloto de biogás da Tereos, que está localizada na unidade industrial da empresa, no município de Cruz Alta, em Olímpia (SP). A usina terá uma produção equivalente ao consumo de cerca de 85 pequenos comércios, além de contar com um potencial de duplicar o volume no médio prazo.

O biogás será um complemento à geração de energia da produtora de etanol, que produz eletricidade a partir de biomassa da cana para atender o consumo das suas unidades industriais.

“Já tínhamos a oferta de energia elétrica limpa gerada a partir da biomassa da cana. Com a produção de biogás, oferecemos mais uma fonte renovável de geração, contribuindo para agregar valor a nossos clientes e parceiros de negócios”, explica Gustavo Segantini, diretor comercial da Tereos, que no Brasil produz açúcar, etanol e energia a partir da biomassa.

Além disso, a colaboração já conta com os clientes para essa energia. Desse modo, a Lemon Energia destinou pequenos e médios estabelecimentos para receber a energia sustentável na região, e também calcula que a economia nas contas de energia dos clientes pode chegar a até R$ 160 mil.

 A startup Lemon atua no mercado de geração distribuída com usinas que fornecem créditos para o abatimento nas contas dos consumidores conectados à sua plataforma. De acordo com a startup, isso permite uma redução anual de cerca de 20%. Recentemente, a Lemon captou cerca de R$ 60 milhões em rodadas série A para expandir a sua atuação.

Nova PL que incentiva biogás em aterros avança no Senado

É importante ressaltar também que, a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou no início de maio um projeto de lei que visa a estimular a produção de biogás, biometano e energia elétrica a partir do aproveitamento do lixo de aterros sanitários.

A matéria inclui entre as iniciativas que podem ser atendidas por medidas indutoras e linhas de financiamento a elaboração e a execução de projetos de aterros sanitários que contemplam a geração de energia elétrica.

Além disso, a PL também permite que empresas dedicadas a produzir energia a partir do aproveitamento dos resíduos sólidos em aterros sanitários, recebam incentivos fiscais, financeiros ou creditícios da União, de estados ou municípios.

O relator, o senador Fernando Bezerra, apresentou uma emenda para incluir a geração de energia elétrica na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ele também substituiu o termo “geração de energia a partir de aterros sanitários” por “a partir de resíduos sólidos”.

“Com isso, contemplamos toda sorte de resíduo sólido, e não apenas os rejeitos depositados em aterros sanitários”, justifica Fernando. O senador retirou do projeto o benefício tributário sugerido por Hélio José. Isso porque, segundo Bezerra, a medida infringiria a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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