China toma uma decisão surpreendente ao suspender todas as adoções internacionais, deixando milhares de famílias e crianças em estado de incerteza.
Em uma virada inesperada, a China decidiu suspender a adoção de crianças por famílias estrangeiras, deixando muitas pessoas ao redor do mundo perplexas e preocupadas.
O anúncio, feito em um momento delicado tanto para a política interna quanto para as relações internacionais da China, pode representar um marco no encerramento de um período significativo na história das adoções internacionais.
Essa decisão não só desafia a trajetória estabelecida pela China nas últimas décadas, mas também levanta uma série de questões sobre as motivações e impactos dessa mudança radical.
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Mudança radical nas políticas de adoção
Segundo um comunicado de Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, o país não permitirá mais que estrangeiros adotem crianças chinesas.
Apenas casos que envolvam parentes consanguíneos já autorizados continuarão a ser processados. Essa decisão, que marca uma mudança abrupta nas políticas de adoção internacionais da China, não foi acompanhada de detalhes claros sobre como a medida será implementada ou como afetará as adoções em andamento.
Uma realidade numérica impactante
Desde 1992, a China permitiu a adoção de mais de 160 mil crianças por famílias internacionais, com os Estados Unidos liderando como o maior destino de crianças adotadas.
Em 2005, o auge das adoções internacionais chinesas foi alcançado com quase 8 mil adoções em um único ano.
Contudo, a taxa de adoções começou a diminuir nos últimos anos, refletindo a queda na taxa de natalidade e o fortalecimento do sistema de proteção para pessoas com deficiência na China.
O legado da política do filho único e seus efeitos
A política do filho único, implementada no final da década de 1970 para controlar o crescimento populacional, está intimamente ligada à questão das adoções internacionais.
Essa política, que foi rigorosamente aplicada até a década de 1990, resultou em um aumento significativo no número de órfãos e, consequentemente, nas adoções internacionais.
Com a flexibilização dessa política e a introdução da permissão para três filhos por casal em 2021, a China começou a enfrentar um cenário demográfico alterado.
Pandemia e suspensão das adoções
Durante a pandemia de COVID-19, a China suspendeu temporariamente as adoções internacionais, retomando apenas os casos em que autorizações de viagem haviam sido emitidas antes de 2020.
Em 2023, o número de adoções internacionais caiu drasticamente, com apenas 16 crianças chinesas adotadas por famílias dos Estados Unidos.
Essa suspensão não só reflete a crise sanitária global, mas também se insere em um contexto mais amplo de tensão diplomática e mudanças na política interna chinesa.
Impacto e reações globais
A suspensão das adoções internacionais foi recebida com surpresa e preocupação por muitos países e famílias que estavam no processo de adoção.
O Departamento de Estado dos EUA expressou solidariedade com as famílias afetadas, reconhecendo o impacto emocional e logístico da decisão.
A medida também provoca reflexões sobre as implicações para a política de adoção global e os direitos das crianças em situações de vulnerabilidade.
O que está por vir?
A decisão da China de suspender as adoções internacionais levanta questões complexas sobre o futuro das crianças que ainda estão em processo de adoção e as possíveis reações internacionais.
A ausência de detalhes sobre a implementação da nova política e a falta de clareza sobre os casos já em andamento deixam um campo de incertezas.
Você acredita que a decisão da China pode desencadear mudanças nas políticas de adoção de outros países? O que acha que motivou essa mudança radical? Compartilhe suas opiniões e preocupações nos comentários abaixo.