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Suspensão radical: China proíbe adoções internacionais, acaba com sonhos de famílias e desperta preocupações globalmente – o que está por trás dessa decisão controversa?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/09/2024 às 13:36
Suspensão radical: China proíbe adoções internacionais e desperta preocupações globalmente – o que está por trás dessa decisão controversa?
Suspensão radical: China proíbe adoções internacionais e desperta preocupações globalmente – o que está por trás dessa decisão controversa?

China toma uma decisão surpreendente ao suspender todas as adoções internacionais, deixando milhares de famílias e crianças em estado de incerteza.

Em uma virada inesperada, a China decidiu suspender a adoção de crianças por famílias estrangeiras, deixando muitas pessoas ao redor do mundo perplexas e preocupadas.

O anúncio, feito em um momento delicado tanto para a política interna quanto para as relações internacionais da China, pode representar um marco no encerramento de um período significativo na história das adoções internacionais.

Essa decisão não só desafia a trajetória estabelecida pela China nas últimas décadas, mas também levanta uma série de questões sobre as motivações e impactos dessa mudança radical.

Mudança radical nas políticas de adoção

Segundo um comunicado de Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, o país não permitirá mais que estrangeiros adotem crianças chinesas.

Apenas casos que envolvam parentes consanguíneos já autorizados continuarão a ser processados. Essa decisão, que marca uma mudança abrupta nas políticas de adoção internacionais da China, não foi acompanhada de detalhes claros sobre como a medida será implementada ou como afetará as adoções em andamento.

Uma realidade numérica impactante

Desde 1992, a China permitiu a adoção de mais de 160 mil crianças por famílias internacionais, com os Estados Unidos liderando como o maior destino de crianças adotadas.

Em 2005, o auge das adoções internacionais chinesas foi alcançado com quase 8 mil adoções em um único ano.

Contudo, a taxa de adoções começou a diminuir nos últimos anos, refletindo a queda na taxa de natalidade e o fortalecimento do sistema de proteção para pessoas com deficiência na China.

O legado da política do filho único e seus efeitos

A política do filho único, implementada no final da década de 1970 para controlar o crescimento populacional, está intimamente ligada à questão das adoções internacionais.

Essa política, que foi rigorosamente aplicada até a década de 1990, resultou em um aumento significativo no número de órfãos e, consequentemente, nas adoções internacionais.

Com a flexibilização dessa política e a introdução da permissão para três filhos por casal em 2021, a China começou a enfrentar um cenário demográfico alterado.

Pandemia e suspensão das adoções

Durante a pandemia de COVID-19, a China suspendeu temporariamente as adoções internacionais, retomando apenas os casos em que autorizações de viagem haviam sido emitidas antes de 2020.

Em 2023, o número de adoções internacionais caiu drasticamente, com apenas 16 crianças chinesas adotadas por famílias dos Estados Unidos.

Essa suspensão não só reflete a crise sanitária global, mas também se insere em um contexto mais amplo de tensão diplomática e mudanças na política interna chinesa.

Impacto e reações globais

A suspensão das adoções internacionais foi recebida com surpresa e preocupação por muitos países e famílias que estavam no processo de adoção.

O Departamento de Estado dos EUA expressou solidariedade com as famílias afetadas, reconhecendo o impacto emocional e logístico da decisão.

A medida também provoca reflexões sobre as implicações para a política de adoção global e os direitos das crianças em situações de vulnerabilidade.

O que está por vir?

A decisão da China de suspender as adoções internacionais levanta questões complexas sobre o futuro das crianças que ainda estão em processo de adoção e as possíveis reações internacionais.

A ausência de detalhes sobre a implementação da nova política e a falta de clareza sobre os casos já em andamento deixam um campo de incertezas.

Você acredita que a decisão da China pode desencadear mudanças nas políticas de adoção de outros países? O que acha que motivou essa mudança radical? Compartilhe suas opiniões e preocupações nos comentários abaixo.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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