O Honda CR-V com motor 2.0 aspirado saiu de linha no Brasil em 2018, mas virou queridinho entre quem quer um SUV confiável, sem turbo e com manutenção de Civic.
Num mercado onde os SUVs turbo dominaram, há quem olhe para trás e prefira a simplicidade, confiabilidade e conforto de um bom motor aspirado japonês. E é aí que o Honda CR-V da geração anterior, com motor 2.0 aspirado e câmbio automático convencional, entra em cena — sumido das lojas desde 2018, mas cada vez mais cobiçado no mercado de usados. Para muitos, o CR-V é mais do que um SUV médio: é uma versão elevada e espaçosa do Civic, com toda a tradição da engenharia japonesa e um histórico impecável de durabilidade. Lançado no Brasil em 1998 e produzido até meados de 2018, o modelo atravessou gerações sem abrir mão daquilo que o consagrou: mecânica robusta, espaço generoso, dirigibilidade suave e manutenção descomplicada.
Hoje, quem entende do assunto sabe: encontrar um Honda CR-V 2.0 aspirado em bom estado é disputar no tapa.
Saiu de cena sem alarde, mas deixou saudade
A última geração vendida no Brasil com motor 2.0 aspirado foi a quarta, produzida entre 2012 e 2016, e mantida em estoque até 2018. Ela usava o conhecido motor R20A2 2.0 16V i-VTEC de 155 cv (gasolina), já consagrado no Civic LXR.
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O câmbio era automático convencional de cinco marchas — sem CVT, sem dupla embreagem, sem frescura — e o consumo era razoável para um SUV médio com tração dianteira: cerca de 10,5 km/l na estrada com gasolina, segundo dados do Inmetro.
Com visual limpo e interior espaçoso, o CR-V nunca foi sobre luxo, mas sim sobre confiança. E é exatamente por isso que, anos depois de sair das lojas, ele continua valorizado no mercado de seminovos.
Motivos que fazem o CR-V 2.0 aspirado ser tão disputado
1. Motor confiável e manutenção de Civic
O coração do CR-V é o mesmo usado no Civic 2.0, o que significa que a manutenção é simples, barata e há peças de sobra no mercado nacional. O motor aceita bem gasolina ou etanol, exige apenas cuidados básicos e é conhecido por rodar mais de 300 mil km sem abrir o bloco.
2. Câmbio automático tradicional
Nada de CVT, DSG ou PowerShift. O CR-V usa um automático tradicional de 5 marchas, resistente e barato de manter. A troca de óleo a cada 40 mil km (com fluido ATF original) garante vida longa à transmissão.
3. Espaço interno de sobra
Com 4,53 metros de comprimento e 2,62 m de entre-eixos, o modelo tem banco traseiro espaçoso e um porta-malas de 589 litros, perfeito para famílias. O assoalho traseiro plano favorece o conforto de quem viaja atrás.
4. Fama de indestrutível
Mesmo com mais de 10 anos de uso, o CR-V não costuma dar dor de cabeça, desde que o histórico de manutenção esteja em dia. Suspensão reforçada, motor elástico, componentes duráveis e um pós-venda que não assusta no bolso.
5. Isento da “síndrome do turbo”
Quem prefere motor aspirado foge dos SUVs atuais com motor 1.0 ou 1.3 turbo. No CR-V, não há turbos para quebrar, válvulas para carbonizar ou turbinas para revisar. É pisar e rodar.
Principais versões e o que observar
As versões mais encontradas entre os anos de 2012 e 2016 são:
- CR-V LX 2WD: mais básica, mas já com ar digital, direção elétrica, freio ABS, controle de estabilidade e rodas aro 17.
- CR-V EXL 2WD/4WD: topo de linha, com bancos em couro, teto solar, central multimídia, câmera de ré e tração integral nas versões 4WD.
Apesar do bom histórico, vale atenção a alguns pontos antes de fechar negócio:
- Verificar troca de óleo do câmbio automático
- Suspensão dianteira pode apresentar ruídos se mal cuidada
- Sistema de ar-condicionado deve estar em pleno funcionamento (compressor é caro)
- Evite unidades com adaptações ou som automotivo exagerado
Preço e valorização em 2025
Com a saída definitiva do modelo 2.0 aspirado e a chegada de SUVs turbo (e mais caros) na linha da Honda, o CR-V da geração anterior se consolidou como uma compra “completa” abaixo de R$ 65 mil. Em 2025, é comum encontrar modelos 2013 a 2016 com valores entre R$ 55 mil e R$ 65 mil, dependendo do estado e quilometragem.
O mais curioso? Eles desvalorizam pouco — principalmente em comparação com rivais turbo que já apresentam problemas crônicos. Muitos donos até relatam que venderam pelo mesmo valor que pagaram dois anos antes.
Concorrentes da época que não envelheceram tão bem
Para quem compara, os rivais diretos da época eram:
- Hyundai ix35 2.0 Flex: mais potente, mas com acabamento mais simples e câmbio menos refinado
- Mitsubishi ASX 2.0: confiável, mas com espaço interno menor
- Chevrolet Captiva: V6 beberrão e manutenção mais cara
- Renault Koleos: bom projeto, mas baixa liquidez e peças escassas
No fim das contas, o CR-V é o único da turma que virou referência de durabilidade no pós-venda, com mecânica compartilhada com sedãs populares, o que reduz custos e facilita consertos.
Em 2025, o Honda CR-V 2.0 aspirado automático segue sendo uma escolha certeira para quem quer um SUV médio de verdade, sem dor de cabeça, com custo de manutenção baixo e espaço para família. Ele pode ter saído das lojas em silêncio, mas voltou a ser assunto entre entusiastas e compradores espertos, justamente por tudo que entrega sem pedir muito em troca.
Se você encontrar um bem conservado, com histórico em dia, não pense duas vezes: o CR-V pode ser o último grande SUV japonês com motor aspirado e confiabilidade de Civic.
Veiculo com quase oito anos de estrada é seminovo? Com um ano então seria considerado zero?
Meu irmão tem um e apesar da idade e simplicidade coloca no bolso todas essas **** de hoje. Acabamento bom, não faz barulho e roda macio.
Tive uma CRV 2010 e uma 2012. Ótimo carro
Mas os principais concorrentes dela até 2016 eram RAV4 e outlander
Ótimos SUV também