Lançado em 2017, o Fiat Argo assumiu o lugar de três modelos da marca, ganhou diferentes motores e transmissões, conquistou versões de apelo popular e aventureiro e superou a marca de 600 mil unidades vendidas no Brasil.
O Fiat Argo foi lançado no fim de maio de 2017 com a incumbência de ocupar, de uma só vez, os espaços deixados por Palio, Punto e Bravo.
Desenvolvido sobre a plataforma MP1, o hatch estreou com motores Firefly 1.0 e 1.3, além do então disponível E.TorQ 1.8.
Ao longo de oito anos, a gama evoluiu, perdeu e ganhou configurações, incorporou CVT e consolidou presença de mercado, superando 600 mil unidades no país.
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Lançado para substituir Palio, Punto e Bravo
À época da apresentação, a estratégia da marca foi clara: um único hatch para atender perfis de compra distintos.
O Argo entrou como porta de entrada da linha, assumiu o papel de compacto “premium” e, em alguns pacotes, avançou em conteúdo para fazer frente a hatches médios de gerações anteriores.
Plataforma, projeto e motores
Internamente batizado de X6H, o projeto nasceu na primeira metade da década de 2010.
A base MP1 trouxe avanços de rigidez e permitiu acomodar uma mecânica atualizada.
Na estreia, o Argo oferecia o 1.0 Firefly tricilíndrico (até 77 cv), o 1.3 Firefly (até 109 cv) e o 1.8 E.TorQ (139 cv).
Com a chegada de novas fases do Proconve, os dois Firefly foram recalibrados e perderam alguns cavalos, mantendo, porém, a proposta de eficiência.
Transmissões: do GSR ao automático CVT
O conjunto de transmissões refletia essa amplitude. Havia manual de cinco marchas em todas as motorizações.
O automatizado GSR (embreagem simples) era exclusivo do 1.3. O automático Aisin AT6 era destinado às versões 1.8.
Com o tempo, a linha descartou o GSR e aposentou a combinação 1.8/AT6. Hoje, as opções se concentram no manual e no automático CVT associado ao 1.3.
Expansão da gama e chegada da versão Trekking
Na largada, o portfólio tinha Drive, Precision e HGT.
Em 2018, entrou uma versão básica, sem sobrenome, posicionada abaixo da Drive para reduzir o preço de acesso.
No ano seguinte, a Trekking ampliou o alcance do modelo ao adotar visual e acerto voltados a uso misto.
Ela foi ofertada com 1.3 e, mais tarde, também com 1.8 automático. Essa diversificação foi importante para manter volume e presença diante do avanço dos SUVs compactos.
Saída do GSR e fim da Precision
O primeiro corte ocorreu no começo de 2020, quando o câmbio GSR saiu de cartaz no hatch.
A solução, que funcionava como alternativa mais barata ao automático convencional, perdeu espaço e foi descontinuada.
Meses depois, no segundo semestre de 2020, a versão Precision deixou de ser oferecida. Com isso, HGT e Trekking passaram a concentrar o antigo motor 1.8 E.TorQ.
Proconve e o adeus ao motor 1.8
O fechamento de 2021 marcou a virada regulatória.
As novas exigências de emissões do Proconve L7 vetaram a continuidade do conjunto 1.8 + AT6 em Argo.
Elas também demandaram ajustes nos propulsores 1.0 e 1.3. Os Firefly perderam potência e torque de forma discreta, com contrapartida em consumo.
Desde então, o Argo se apoia exclusivamente nessa dupla de motores.
Itens que ficaram pelo caminho
Com o enxugamento de versões, alguns itens que antes distinguiam configurações superiores também deixaram de aparecer.
Airbags laterais foram oferecidos como opcionais em versões de topo, mas não constam na relação atual.
Da mesma forma, conteúdos como rodas aro 17 deixaram de ser parte do conjunto corrente.
Essa racionalização acompanhou a simplificação de catálogos e pacotes.
Fiat Argo 2026 nas concessionárias
Para o modelo 2026, o Argo mantém a base mecânica e foca em melhorias de comodidade e iluminação.
As versões contam com faróis Full-LED em alguns pacotes e multimídia com espelhamento sem fio.
A gama inclui Argo 1.0 manual e Drive 1.0 manual. Nas configurações com o 1.3, há Drive 1.3 CVT e Trekking 1.3 CVT.
A marca também voltou a oferecer a Trekking 1.3 manual, reintroduzindo a opção de câmbio manual na versão aventureira.
Vendas e desempenho no mercado
A trajetória foi de crescimento consistente. Sem picos artificiais, o Argo ganhou espaço na preferência do consumidor, incluindo frotas e motoristas de aplicativo.
O hatch figura com frequência entre os cinco automóveis mais emplacados do país. Desde a estreia, acumulou mais de 600 mil unidades comercializadas no Brasil.
Ainda nos dois primeiros anos, já havia ultrapassado 100 mil unidades.
Fatores que sustentaram o modelo
Alguns fatores explicam a constância do Argo. A oferta de versões simples com bom pacote de segurança obrigatória e itens desejados garantiu espaço na base do mercado.
A manutenção de uma mecânica robusta e conhecida, aliada a custo de posse competitivo, fortaleceu sua presença.
Por fim, atualizações em conectividade e iluminação mantiveram o interesse do público sem alterar a equação central de preço e eficiência.
Comparação com concorrentes
Na comparação direta, o Argo se destaca por versões 1.0 acessíveis. O CVT aparece em faixas de preço inferiores às de alguns rivais. A opção Trekking atrai quem busca vão livre e pneus de uso misto.
Em contrapartida, itens como airbags laterais e conteúdos mais sofisticados tendem a ser encontrados em concorrentes que apostam em pacotes fechados.
Diante desse histórico de oito anos, como você avalia a atual combinação de versões, motores e transmissões do Argo: ela atende ao que você espera de um hatch compacto hoje?