A tecnologia de refrigeração das geladeiras pouco mudou desde os anos 1950, mas cientistas desenvolveram uma inovação que pode transformar o futuro do resfriamento!
A busca por soluções energéticas sustentáveis tem sido uma prioridade global, especialmente em setores que demandam alto consumo de eletricidade, como a refrigeração, através de geladeiras.
Recentemente, pesquisadores divulgaram no periódico Joule um avanço importante nessa área: a refrigeração termogalvânica.
Essa tecnologia, baseada em reações eletroquímicas reversíveis, promete oferecer um método mais eficiente e ecológico de resfriamento das geladeiras. Mas como funciona essa inovação e quais seus impactos potenciais?
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O que é a refrigeração Termogalvânica?
As células termogalvânicas são dispositivos que utilizam o calor gerado por reações eletroquímicas para produzir eletricidade.
No entanto, cientistas da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia, na China, demonstraram que o processo também pode ser revertido.
Ou seja, ao aplicar uma corrente elétrica externa, essas reações podem absorver calor do ambiente, gerando um efeito de resfriamento.
Segundo Jiangjiang Duan, autor sênior do estudo, “a tecnologia termogalvânica está a caminho de nossas vidas, seja na forma de eletricidade limpa ou resfriamento de baixo consumo, e tanto as comunidades de pesquisa quanto as comerciais devem prestar atenção”.
Benefícios e potencial da tecnologia
A refrigeração termogalvânica se destaca por diversas vantagens quando comparada a sistemas tradicionais:
- Menor Consumo de Energia: Diferente de refrigeradores convencionais que necessitam de compressores e fluidos refrigerantes, essa tecnologia consome menos eletricidade, reduzindo custos operacionais.
- Sustentabilidade: O método elimina a necessidade de gases refrigerantes prejudiciais ao meio ambiente, contribuindo para a redução da pegada de carbono.
- Alta Escalabilidade: Pode ser aplicada em dispositivos portáteis, como roupas refrigeradas, até sistemas industriais de grande porte.
Avanços e melhorias no processo
Estudos anteriores apontavam que as células termogalvânicas possuíam um desempenho limitado na produção de energia de resfriamento.
No entanto, a equipe de Duan conseguiu otimizar os componentes da tecnologia, aumentando significativamente sua eficiência.
A chave para essa melhoria está na composição do eletrólito. Os pesquisadores utilizaram um sal de ferro hidratado contendo perclorato, que melhora a dissolução dos íons de ferro.
Além disso, substituíram a água pura por um solvente contendo nitrilas, elevando a capacidade de resfriamento do sistema em 70%.
O sistema ajustado conseguiu resfriar a solução eletrolítica em 1,42 K, um avanço significativo em relação à capacidade de resfriamento de 0,1 K de sistemas anteriores.
O futuro das geladeira
Com os avanços registrados, a equipe agora se dedica a ampliar a escalabilidade e estabilidade do sistema para torná-lo viável comercialmente. Isso inclui aprimoramentos no design do sistema e a exploração de novos materiais.
O próximo passo envolve o desenvolvimento de protótipos de refrigeradores para aplicações diversas, desde dispositivos portáteis para alívio do calor até sistemas industriais. Além disso, os pesquisadores buscam colaborações com empresas inovadoras para acelerar a comercialização da tecnologia.
A refrigeração termogalvânica representa um salto tecnológico promissor na busca por soluções de resfriamento sustentáveis.
Seu potencial de reduzir o consumo de energia e eliminar impactos ambientais negativos a torna uma alternativa viável para diversas aplicações.
Com novas pesquisas e investimentos, essa tecnologia pode transformar o mercado de refrigeração e energia limpa nos próximos anos. Resta agora acompanhar os próximos avanços e torcer para que em breve esses sistemas inovadores estejam presentes no nosso cotidiano.
Com informações de Cell Press.
Boa coisa né o gás da geladeira que refrigera é bastante nocivo para a camada de ozônio, com esse método novo não apresenta risco de ser nocivo