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Stoosbahn: a ferrovia funicular mais íngreme do mundo transforma frenagem em energia sustentável

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 18/04/2024 às 15:30
Stoosbahn: a ferrovia funicular mais íngreme do mundo transforma frenagem em energia sustentável
Stoosbahn Foto: Divulgação/EuroNews

Em uma inovação que redefine o transporte ecológico, a Stoosbahn, a ferrovia funicular mais íngreme do mundo, não só transporta passageiros pelas alturas alpinas, mas também converte a energia da frenagem regenerativa em aquecimento para um hotel suíço.

Localizada no coração da Suíça, a Stoosbahn, ferrovia funicular mais íngreme do mundo, é mais do que uma atração turística, é um exemplo de engenharia e sustentabilidade. Em um trajeto que desafia a gravidade, este trem funicular sobe a uma inclinação de 110%, percorrendo a distância do município de Schwyz até a estação de esqui de Stoos, a uma altitude de 1.300 metros.

A característica mais notável da Stoosbahn, além de sua inclinação, é a tecnologia de frenagem regenerativa. “Ao frear em terrenos íngremes, o sistema não só reduz a velocidade de forma segura, mas também captura essa energia cinética, convertendo-a em calor”, explica o engenheiro-chefe, na sala de máquinas.

Energia da frenagem regenerativa

Anualmente, são gerados 410.000 kWh de energia através deste processo, equivalente ao que seria obtido pela queima de 41.000 litros de óleo de aquecimento. Essa energia é utilizada para aquecer água, que então é distribuída para aquecer os 100 quartos do hotel localizado ao lado da estação. A proximidade do hotel com a estação minimiza a perda de calor, maximizando a eficiência deste sistema.

O diretor administrativo do hotel destaca os benefícios econômicos desta integração. “Com os preços altos da energia, poder comprar eletricidade com desconto do próprio funicular não só poupa dinheiro, como também reforça a economia local, criando uma espécie de economia circular perfeita para nossa comunidade.”

Exemplo prático e simples

Imagine um carro elétrico comum, como um Tesla. Normalmente, quando você pisa no pedal do freio, o carro desacelera por meio da resistência mecânica dos freios, dissipando a energia cinética do carro em forma de calor, que é perdida para o ambiente. Com a frenagem regenerativa, ao invés de simplesmente dissipar essa energia, o sistema de frenagem do carro reverte o motor elétrico, transformando-o em um gerador.

Durante a desaceleração, as rodas do veículo continuam girando, e essa rotação é usada para girar o motor na direção oposta. Isso converte o motor de um consumidor de energia em um produtor de energia. O motor gera eletricidade enquanto desacelera o veículo, e essa eletricidade é então enviada de volta para a bateria do carro, recarregando-a. Este processo não apenas ajuda a recarregar a bateria, mas também proporciona uma frenagem mais eficiente e prolonga a vida útil dos freios mecânicos, porque eles são menos exigidos durante a desaceleração.

Projeto tem potencial imenso para a expansão

Segundo engenheiros, o projeto tem potencial imenso para a expansão dessa tecnologia. A aplicação da frenagem regenerativa é simples e pode ser adaptada a outras localidades que tenham funiculares e demandas energéticas semelhantes.

De volta a Stoos, onde o frio alpino é intenso, os visitantes do recém-renovado hotel podem desfrutar de um banho quente, sabendo que a energia utilizada vem de uma fonte limpa e renovável. A Stoosbahn não é apenas um meio de transporte; é um símbolo de inovação sustentável que aquece corpos e corações no rigor das montanhas suíças.

A Stoosbahn, ferrovia funicular mais íngreme do mundo

Este notável exemplo de engenharia e inovação foi projetado para superar os desafios do terreno montanhoso suíço, ligando o município de Schwyz à estação de esqui de Stoos. A Stoosbahn atinge uma inclinação máxima impressionante de 110%, tornando-se uma maravilha tanto para engenheiros quanto para entusiastas de trens.

O trajeto da Stoosbahn, que culmina a uma altitude de 1.300 metros, foi meticulosamente planejado para oferecer não só segurança, mas também eficiência energética através do uso de tecnologias como a frenagem regenerativa. Essa tecnologia permite que a energia gerada durante os processos de frenagem seja capturada e convertida em calor, uma iniciativa que sublinha o compromisso da ferrovia com práticas sustentáveis.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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