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Stellantis vai desmontar carros em SP, até de rivais, para vender peças mais baratas — centro inédito, que custou milhões, promete reaproveitamento e sustentabilidade

Publicado em 15/08/2025 às 13:10
Stellantis, Centro de desmontagem, Peças
Imagem: Divulgação
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Stellantis lança centro inédito na América do Sul para desmontar e revender peças, ampliando o mercado de reposição e reduzindo impacto ambiental

A Stellantis, líder de mercado no Brasil e dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram, anunciou um novo passo no setor automotivo. A empresa inaugurou nesta quinta-feira (14), em Osasco (SP), o Circular Autopeças, o primeiro centro de desmontagem de veículos de uma montadora na América do Sul.

O espaço vai desmontar peças de carros usados e colocá-las novamente no mercado de reposição. A novidade não se limita aos modelos da própria Stellantis. Durante a visita, foi possível ver um Honda WR-V e um Chevrolet Onix aguardando o processo.

As peças serão revendidas por meio de um site próprio, no Mercado Livre, via WhatsApp e também em uma loja física no mesmo endereço do galpão.

Funcionamento e estrutura

O galpão vai receber veículos de teste da Stellantis que seriam destruídos e também modelos comprados em leilões de seguradoras.

Esse é o segundo centro da empresa no mundo com essa função, sendo o primeiro localizado em Turim, na Itália.

Atualmente, o estoque é de 2,4 mil peças, mas a meta é chegar a 10 mil. Entre os itens disponíveis, há volantes, alavancas de seta, radiadores, rodas, faróis, lanternas, alternadores, turbinas, módulos eletrônicos e eixos de diferencial.

Cada peça será fotografada e anunciada em uma plataforma digital. O investimento para criar a Circular Autopeças foi de R$ 13 milhões, parte de um aporte de R$ 32 bilhões anunciado em 2024. A capacidade é de desmontar 8 mil veículos por ano, e a previsão é empregar 150 pessoas até 2027.

Sustentabilidade e reaproveitamento

O projeto busca dar melhor destinação aos veículos após o uso. Segundo a Stellantis, peças recondicionadas geram até 50% menos emissões de CO₂ em comparação às novas.

No Brasil, cerca de 2 milhões de veículos chegam ao fim de seu ciclo de uso anualmente. No entanto, apenas 1,5% recebe destinação adequada de suas peças.

Etapas do processo

Somente veículos legalizados podem passar pelo processo. Primeiro, o carro é escaneado para verificar seu histórico.

Depois, ocorre a retirada dos fluidos no processo de descontaminação. Com essa etapa concluída, o veículo segue para três boxes de desmontagem.

As peças recebem notas de 0 a 9. As classificadas entre 0 e 4 são descartadas e destinadas corretamente. As acima de 5 são preparadas para venda, com preços proporcionais à classificação.

Segundo Alexandre Aquino, vice-presidente de economia circular da Stellantis, uma peça nota 9 é vendida por cerca de metade do valor de uma nova. Peças com notas altas apresentam excelente estado de conservação.

Limitações e possibilidades do centro de desmontagem

Peças de segurança não podem ser reaproveitadas e são destinadas para separação de materiais. Já o motor pode ser vendido por partes ou inteiro.

A reciclabilidade, segundo a Stellantis, é um fator que pode tornar o veículo elegível a descontos de IPI em programas como Carros Sustentável e IPI Verde.

Com o Circular Autopeças, a empresa busca unir economia, sustentabilidade e novas oportunidades no mercado de reposição automotiva.

Com informações de Auto Esporte.

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Romário Pereira de Carvalho

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