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SpaceX fecha contrato bilionário com a NASA para missão de US$ 3,35 bilhões rumo a Titã

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 26/11/2024 às 20:30
SpaceX fecha contrato bilionário com a NASA para missão de US$ 3,35 bilhões rumo a Titã
SpaceX garantirá o lançamento da Dragonfly, missão nuclear da NASA avaliada em R$ 19,46 bilhões, que levará 6 anos para alcançar Titã, a maior lua de Saturno. (Imagem: Reprodução)

A SpaceX, empresa de Elon Musk, será responsável pelo lançamento da Dragonfly, primeira missão da NASA em Titã, com energia nuclear.

Nesta segunda-feira (26), a SpaceX firmou um contrato inédito com a NASA no valor de US$ 256,6 milhões (aproximadamente R$ 1,49 bilhão). O acordo inclui os custos e serviços necessários para o lançamento da missão Dragonfly, que vai explorar Titã, a maior lua de Saturno. Essa parceria marca um marco histórico, já que será a primeira vez que a SpaceX transportará materiais nucleares ao espaço.

Missão Dragonfly: energia nuclear para explorar Titã

A Dragonfly será alimentada por um gerador termoelétrico de radioisótopos (RTG), que utiliza a decomposição do plutônio-238 para produzir energia. Essa é uma mudança significativa para a SpaceX, que até então utilizava energia solar em suas missões. Contudo, em Titã, que está a quase dez vezes a distância da Terra em relação ao Sol e possui uma atmosfera densa de nitrogênio e metano, a energia solar não é viável.

O foguete Falcon Heavy da SpaceX, que já é certificado para missões robóticas de alto custo pela NASA, passará por um processo adicional de certificação. Este inclui uma análise rigorosa do sistema de autodestruição para garantir a segurança do material nuclear a bordo.

A jornada e o futuro da Dragonfly

A missão Dragonfly, da NASA, será lançada pela SpaceX rumo a Titã, lua de Saturno, com um helicóptero movido a plutônio, capaz de operar por décadas e explorar moléculas orgânicas essenciais para a busca de vida no espaço.
A missão Dragonfly, da NASA, será lançada pela SpaceX rumo a Titã, lua de Saturno, com um helicóptero movido a plutônio, capaz de operar por décadas e explorar moléculas orgânicas essenciais para a busca de vida no espaço.

Prevista para ser lançada em julho de 2028, a Dragonfly levará seis anos para alcançar Titã, chegando apenas em 2034. A espaçonave será encapsulada e descerá na atmosfera da lua usando paraquedas, ativando posteriormente seus oito rotores para explorar a superfície.

O objetivo principal da missão é investigar locais ricos em moléculas orgânicas – os chamados “blocos de construção da vida”. A Dragonfly “saltará” de um ponto a outro em voos curtos, aproveitando a atmosfera densa e baixa gravidade de Titã para realizar análises científicas.

Atrasos e desafios financeiros

Originalmente programada para 2026, a missão enfrentou sucessivos adiamentos devido à pandemia de Covid-19, que aumentou seus custos e complicou o cronograma. Hoje, o projeto já ultrapassou o dobro do orçamento inicial, chegando a US$ 3,35 bilhões (R$ 19,46 bilhões).

Apesar dos desafios, a parceria entre SpaceX e NASA demonstra o potencial da colaboração entre o setor público e privado na exploração espacial. A Dragonfly não apenas abre novas possibilidades científicas, mas também reforça a confiança da NASA nos foguetes da SpaceX para missões de grande porte e alta complexidade.

Um marco histórico para SpaceX e NASA

Esse contrato é um divisor de águas para a SpaceX, consolidando seu papel como parceira essencial para a NASA em missões inovadoras. A Dragonfly promete ser mais do que uma viagem para Titã – será uma jornada para expandir nossa compreensão sobre a vida no universo e um avanço na exploração do sistema solar.

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Galileu Galilei Frainer Macedo
Galileu Galilei Frainer Macedo
26/11/2024 21:18

Será que titã possuí vida ?

Última edição em 2 meses atrás por Galileu Galilei Frainer Macedo
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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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