Agência americana busca novas empresas diante de falhas da SpaceX e corre para garantir o retorno dos EUA à Lua antes de 2030
A Nasa anunciou em outubro de 2025 que está reavaliando sua parceria com a SpaceX, empresa de Elon Musk, e abrindo novas oportunidades para rivais. O movimento marca uma virada estratégica no programa Artemis, voltado a levar novamente humanos à Lua e consolidar a liderança dos Estados Unidos no espaço.
A decisão foi confirmada pelo administrador interino Sean Duffy, também secretário de Transportes dos EUA, em entrevista à Fox News. Ele destacou que a agência quer garantir resultados mais rápidos e reduzir a dependência de um único fornecedor, após identificar atrasos significativos no cronograma da SpaceX.
Firmado em 2021, o contrato com a SpaceX foi avaliado em US$ 4,4 bilhões (R$ 23 bilhões) para desenvolver o Starship Human Landing System (HLS), módulo que levaria astronautas à superfície lunar na missão Artemis 3, originalmente prevista para maio de 2027. Contudo, os repetidos adiamentos e os desafios técnicos obrigaram a Nasa a abrir nova licitação, permitindo que outras empresas americanas entrem na disputa.
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Blue Origin entra na corrida pelo pouso lunar
Segundo Duffy, a Blue Origin, fundada por Jeff Bezos, é uma das principais candidatas a participar do novo processo de licitação. A empresa já colabora com a Nasa no projeto da Artemis 5, previsto para ocorrer após 2028, e agora poderá competir diretamente com a SpaceX pela Artemis 3.
O administrador afirmou que a Nasa pretende adiantar a missão Artemis 2 de abril para fevereiro de 2026, acelerando o cronograma de voos tripulados. Essa etapa levará astronautas em órbita lunar e servirá como ensaio geral para o retorno à superfície.
Duffy explicou ainda que “o presidente quer garantir que venceremos os chineses”, reconhecendo a pressão geopolítica sobre o programa. A China planeja um voo tripulado à Lua até 2030, conforme relatórios da agência Xinhua, o que coloca os Estados Unidos sob crescente vigilância internacional.
Elon Musk reage e defende desempenho da SpaceX
Logo após as declarações da Nasa, Elon Musk respondeu nas redes sociais. O bilionário afirmou que a SpaceX está avançando como um relâmpago em comparação a outras empresas e garantiu que o Starship vai realizar toda a missão lunar. “Marquem minhas palavras”, escreveu, reforçando confiança no cronograma interno.
Mesmo assim, testes recentes em Boca Chica, Texas, mostraram falhas técnicas ainda pendentes, segundo reportagens da Reuters e da CNN International. Por causa desses atrasos, a Nasa optou por buscar alternativas, garantindo que o objetivo de pousar astronautas até 2029 não seja comprometido.
O plano lunar da Nasa e os próximos passos
O programa Artemis, lançado em 2022, visa retomar a presença humana na Lua e construir uma base científica permanente. A Artemis 1, concluída em dezembro de 2022, testou com sucesso o foguete SLS e a cápsula Orion, sem tripulação. Já a Artemis 2, marcada para 2026, levará quatro astronautas em órbita lunar. A Artemis 3, foco do contrato com a SpaceX, deve marcar o primeiro pouso humano desde 1972.
Paralelamente, a Blue Origin trabalha no desenvolvimento de um sistema de pouso para a Artemis 5, que tem como meta criar uma infraestrutura lunar permanente e consolidar a presença americana no satélite. Com esse conjunto de missões, a Nasa espera garantir supremacia científica e tecnológica frente à China e à Rússia.
A nova corrida espacial global
A retomada da corrida lunar representa um momento histórico para a exploração espacial. A Nasa busca reafirmar sua liderança global, enquanto empresas privadas como a SpaceX e a Blue Origin disputam contratos bilionários. Essa combinação entre setor público e privado redefine os rumos da indústria aeroespacial americana.
Ao mesmo tempo, a China avança com o programa Chang’e 7, que prevê uma base no polo sul lunar até o início da próxima década. A competição por domínio tecnológico e científico no espaço reacende a rivalidade entre as duas maiores potências do planeta.
Com prazos curtos, pressão política e investimentos bilionários, a Nasa tenta provar que os Estados Unidos ainda são a força dominante além da Terra.
O que você acha que deve ser prioridade para os Estados Unidos: apostar tudo na SpaceX e acelerar o retorno à Lua ou abrir espaço para novas empresas e garantir uma conquista mais segura e sustentável?