Com o avanço das práticas sustentáveis, cresce o interesse por soluções simples e eficazes para reduzir o consumo de água potável. Uma delas é a captação de água da chuva, que pode ser implantada em qualquer tipo de imóvel com baixo custo e grandes benefícios.
A captação de água da chuva está se tornando uma prática cada vez mais comum em projetos sustentáveis.
Com foco em economia e no uso consciente dos recursos naturais, essa iniciativa tem ganhado espaço em residências, comércios e áreas rurais.
A proposta é simples: captar a água da chuva e utilizá-la em atividades que não exigem água potável.
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Esse sistema traz benefícios tanto para o meio ambiente quanto para o bolso dos moradores.
A seguir, entenda o que é a captação de água da chuva, quais são suas vantagens, os tipos mais comuns de sistemas e os cuidados necessários para garantir o bom funcionamento.
O que é captação de água da chuva
A captação de água da chuva, ou captação de água pluvial, consiste em coletar a água da chuva e armazená-la em um reservatório adequado.
Essa água pode ser usada em atividades que não exigem potabilidade, como regar jardins, lavar carros, pisos ou em descargas sanitárias.
Considerada um dos pilares da arquitetura sustentável, essa prática ajuda a reduzir a dependência da rede pública de abastecimento e contribui para minimizar os efeitos da má distribuição hídrica.
Entre os sistemas mais comuns no mercado, as cisternas são os modelos mais populares.
Vantagens da captação de água da chuva
Implantar um sistema de captação em um imóvel oferece muitos benefícios. Um dos principais é a economia na conta de água — em certos casos, o consumo pode cair até 50%, dependendo do sistema instalado e do uso.
Outro ponto positivo é a valorização do imóvel. Sistemas sustentáveis são cada vez mais procurados, o que pode elevar o valor de venda ou aluguel.
Além disso, esses sistemas podem ser instalados tanto em áreas urbanas quanto rurais, adaptando-se a casas, apartamentos, comércios e escritórios.
Há também uma grande variedade de modelos de cisternas disponíveis no mercado. Isso permite que cada projeto escolha uma opção que atenda suas necessidades de espaço e consumo.
Em regiões com escassez hídrica, como o sertão nordestino, a cisterna pode garantir abastecimento mesmo nos períodos mais secos.
Ao usar a água da chuva para atividades do dia a dia, o morador reduz sua pegada hídrica e colabora com um uso mais responsável dos recursos.
Tipos de captação de água da chuva
Há vários modelos de cisternas disponíveis no mercado, com diferentes materiais, capacidades e usos. Abaixo, conheça os cinco principais tipos:
- Cisterna de alvenaria: Feita com tijolos, cimento e cal, essa cisterna tem grande capacidade de armazenamento e exige espaço no terreno. É comum em ecovilas e áreas rurais que buscam autossuficiência.
- Cisterna de fibra de vidro: Leve e acessível, feita em plástico, mas com vedação inferior. Exige manutenções frequentes para evitar fungos, bactérias e mosquitos.
- Cisterna de plástico rotomoldado: Produzida em polietileno, é durável, leve e fácil de instalar. Pode ser ampliada com módulos extras e dispensa escavação no solo.
- Cisterna slim: Com design moderno e compacto, ideal para quem tem pouco espaço. Pode ser fixada em paredes e conectada a outras unidades se precisar de mais capacidade.
- Taque de plástico pequeno: Ideal para casas menores. Conectado às calhas, armazena até 240 litros e tem uma torneira na base para facilitar o uso.
Como montar um sistema de captação de água
Antes de adquirir o sistema, é essencial calcular suas reais necessidades de água. Isso evita desperdício de dinheiro e frustrações com sistemas subdimensionados.
Se a ideia for apenas regar plantas, a demanda será menor. Mas se o objetivo for abastecer sanitários ou máquinas de lavar, o consumo é bem maior. Por exemplo:
- Um jardim consome de 5 a 6 litros por metro quadrado por rega.
- Um vaso sanitário utiliza cerca de 40 litros por dia por pessoa.
Portanto, é fundamental fazer os cálculos com cuidado antes de instalar o sistema.
Materiais necessários
Veja os principais itens para montar um sistema de captação de água da chuva:
- Telhado e calhas: Telhado limpo com boa área de cobertura (telhas cerâmicas, metálicas ou fibrocimento). Calhas de PVC ou metálicas, com suportes e parafusos.
- Tubulação: Tubos de PVC (75 mm ou 100 mm), conexões, curvas, cola e fita veda rosca.
- Filtro: Tela para folhas (plástica ou metálica), filtro de areia ou caixa separadora da primeira água (opcional, mas recomendável).
- Cisterna ou tanque: Estrutura impermeabilizada com tampa e saída com registro. Pode ser de alvenaria ou plástico.
- Saída da água: Torneira, registro ou bomba, além de tubulação de distribuição. Pode incluir bóia ou visor de nível.
- Segurança e vedação: Tela contra insetos nas entradas e saídas e impermeabilizante nas paredes internas da cisterna.
Etapas da instalação
Confira o passo a passo para montar corretamente seu sistema de captação:
- Escolha o local: Instale o sistema em um ponto em que o telhado possa captar bem a água. A cisterna deve ficar abaixo das calhas ou será necessário usar uma bomba.
- Instale as calhas com inclinação: A inclinação ideal é de 1 cm por metro. Isso ajuda a direcionar a água eficientemente. Use telas para evitar folhas.
- Conecte os tubos coletores: Ligue os tubos de PVC às calhas e use um desvio da primeira água, que carrega mais sujeira.
- Filtragem da água: A água deve passar por um filtro com tela fina ou por um sistema de areia e brita. Isso evita a entrada de detritos na cisterna.
- Entrada na cisterna: A água deve entrar pela parte superior com um quebra-jato para evitar erosão no fundo da estrutura.
- Proteja sua água: Use telas contra mosquitos e garanta vedação completa. Isso evita contaminações e proliferação de vetores.
- Instale a saída da água: Pode ser feita com torneira na base ou bomba de baixa pressão para uso mais prático.
Dicas importantes
- Use bóia ou tubo transparente para monitorar o nível da água.
- Evite captar água de telhados com tinta tóxica ou telhas de amianto.
- Faça limpezas frequentes no telhado e nas calhas.
- Lembre-se: a água da chuva não é potável. Só use para fins específicos.
Como garantir um bom funcionamento
Manutenção é fundamental. Calhas devem estar sempre limpas, pois folhas e fezes de animais contaminam a água. Use peneiras ou filtros antes da entrada na cisterna.
A cisterna precisa ser limpa com frequência. Fungos e limo prejudicam a qualidade da água. Sua estrutura deve ser impermeável e bem vedada para evitar vazamentos.
Além disso, escolha materiais adequados e certificados para garantir maior durabilidade e segurança.
A captação de água da chuva é uma prática simples, eficiente e com impacto ambiental positivo. Seja em grandes construções ou pequenos imóveis, ela contribui para economizar água e preservar o planeta.
Diante das mudanças climáticas e crises hídricas, adotar essa medida se torna ainda mais importante. Além de sustentável, é uma escolha inteligente e econômica.
Entre os modelos disponíveis, as cisternas slim e rotomoldadas se destacam pela facilidade de instalação e expansão. São ideais para quem deseja começar de forma prática, mesmo com pouco espaço.