Xi Jinping e Vladimir Putin discutiram a possibilidade de alcançar a imortalidade por meio de transplantes de órgãos.
A busca pela imortalidade ganhou um novo capítulo após uma conversa inesperada entre o presidente da China, Xi Jinping, e o líder russo, Vladimir Putin, durante a parada militar realizada em Pequim.
Segundo relatos, os dois discutiram a possibilidade de usar transplante de órgãos como caminho para prolongar a vida indefinidamente, um tema que mistura avanços científicos, especulação política e desafios éticos.
O que Xi Jinping e Vladimir Putin disseram
De acordo com tradutores presentes, Putin afirmou a Xi que os órgãos humanos poderiam ser transplantados repetidamente, “para que uma pessoa fique cada vez mais jovem” e, talvez, consiga evitar a velhice “indefinidamente”. Ele ainda acrescentou que, neste século, pode ser possível viver até 150 anos.
-
iPhone 17 será lançado em 9 de setembro: novidades do iPhone 17 Air, Pro e Pro Max
-
Melhores tablets com caneta em 2025: guia completo para estudantes
-
De brasileiro que virou o mais rico de Singapura a investidor — o que aconteceu com os 4 fundadores do Facebook ao lado de Zuckerberg?
-
Celular “barato” da Samsung, o Galaxy S25 FE, chega como opção acessível da linha S25 com bateria de 4.900 mAh, IA avançada, One UI 8 e câmera frontal de 12 MP
A declaração surpreendeu especialistas, já que, embora os transplantes de órgãos representem um dos maiores avanços da medicina moderna, a ideia de alcançar a imortalidade permanece distante da realidade científica atual.
O que já sabemos sobre transplantes de órgãos
Hoje, órgãos transplantados salvam milhões de vidas. Somente no Reino Unido, mais de 100 mil pessoas foram beneficiadas nas últimas três décadas, segundo o NHS (Serviço Nacional de Saúde britânico).
A durabilidade de cada órgão depende do tipo e das condições do paciente. Um rim de doador vivo pode funcionar de 20 a 25 anos, enquanto um coração dura em média 15 anos e os pulmões cerca de 10.
Ainda assim, cada cirurgia traz riscos, e pacientes precisam tomar medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição — o que pode gerar efeitos colaterais graves.
A ciência e a busca pela imortalidade
Apesar das limitações, pesquisas avançam em diferentes frentes. Cientistas trabalham com xenotransplantes, que consistem em utilizar órgãos de animais geneticamente modificados, como porcos, para aumentar a compatibilidade com seres humanos.
Outro caminho é o cultivo de órgãos a partir de células-tronco humanas, técnica que já permitiu recriar um timo em laboratório e implantar em ratos, com resultados promissores.
Há também experimentos com tecidos de intestino humano, que no futuro poderão servir para transplantes personalizados.
Ainda assim, especialistas alertam: tais avanços têm como objetivo principal tratar doenças graves, não criar uma rota artificial para a imortalidade.
O limite da longevidade humana
Pesquisadores divergem sobre até onde a ciência pode levar o prolongamento da vida. Neil Mabbott, do Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo, acredita que o limite máximo pode ser de 125 anos.
Ele lembra que a pessoa mais longeva já registrada foi Jeanne Calment, que viveu 122 anos, entre 1875 e 1997.
Segundo o professor, tentar ultrapassar esse limite por meio de sucessivos transplantes pode trazer mais sofrimento do que qualidade de vida:
“Viver muito mais, mas sofrer as diversas morbidades que acompanham o envelhecimento, entrando e saindo do hospital para mais um transplante de tecidos, não parece uma forma atraente de passar minha aposentadoria”, disse.
Medicina regenerativa e experimentos polêmicos
Enquanto líderes mundiais como Xi Jinping e Vladimir Putin especulam sobre a imortalidade, empreendedores do setor tecnológico já investem fortunas para frear o envelhecimento.
O bilionário Bryan Johnson, por exemplo, gasta milhões por ano em terapias para reduzir sua idade biológica. Ele chegou a usar plasma do próprio filho em experimentos pessoais, mas desistiu após não notar benefícios.
Esse tipo de iniciativa reforça a atenção global sobre técnicas como substituição de plasma e manipulação genética, mas, até agora, não há evidências sólidas de que possam realmente prolongar a vida de forma significativa.