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SilĂ­cio e Microchips: A empresa DESCONHECIDA que ASSUSTA China e Estados Unidos, as maiores potĂȘncias mundiais

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 27/06/2024 Ă s 09:48
Microchips - Estados Unidos - China
Foto: IA

A disputa global das potĂȘncias mundiais, principalmente China e Estados Unidos, pelos microchips e a ascensĂŁo surpreendente de uma empresa desconhecida. Saiba mais!

Em um mundo onde a tecnologia domina nossas vidas, desde acender uma lĂąmpada LED atĂ© realizar pagamentos com cartĂ”es bancĂĄrios, os microchips sĂŁo elementos cruciais e indispensĂĄveis. Embora muitas pessoas desconheçam os detalhes por trĂĄs dessas pequenas peças, a fabricação e o controle desses componentes sĂŁo disputados ferozmente por potĂȘncias mundiais como os Estados Unidos e a China. No entanto, uma empresa relativamente desconhecida tem emergido como lĂ­der nesse setor, ameaçando as grandes naçÔes tecnolĂłgicas, de acordo com o vĂ­deo do canal Conhecimento Global.

Microchips: a ascensĂŁo de um novo poder

Desde a invenção das vĂĄlvulas de diodo em 1904 atĂ© o surgimento dos transistores e a criação dos microchips, a evolução tecnolĂłgica tem sido constante e impressionante. O engenheiro Jack Kilby, da Texas Instruments, deu um passo monumental em 1958 ao criar o primeiro circuito integrado, uma invenção que abriu caminho para o desenvolvimento de computadores pessoais, celulares e inĂșmeros outros dispositivos.

No entanto, o que realmente impulsionou essa revolução foi a evolução das mĂĄquinas que fabricam os microchips. A fabricação começa com um material simples e abundante, o silĂ­cio, que Ă© extraĂ­do da areia e transformado em cilindros precisos, posteriormente fatiados em discos conhecidos como wafers. A etapa crucial Ă© a litografia, onde os circuitos sĂŁo “impressos” nos discos de silĂ­cio usando luz ultravioleta.

ASML: a gigante empresa ‘invisĂ­vel’ de tecnologia que amedronta atĂ© mesmo a China e os Estados Unidos

Entre as empresas que se destacam na fabricação dessas måquinas de litografia, a ASML, sediada nos Países Baixos, é uma das mais proeminentes. Fundada em 1984 como uma joint venture entre a Philips e a Advanced Semiconductor Materials International (ASMI), a ASML começou de forma humilde em um galpão com goteiras. Em menos de um ano, a empresa lançou sua primeira måquina de litografia para produção de microchips, marcando o início de uma trajetória de sucesso.

Foto: Reprodução Engenharia Híbrida

A ASML se destaca principalmente pela tecnologia de litografia EUV (Extreme Ultraviolet), que utiliza um comprimento de onda extremamente curto para fabricar microchips menores e mais potentes. Esse avanço tecnológico é fundamental para a produção de chips de alta capacidade, usados em dispositivos complexos como os iPhones mais recentes.

Em 2016, a ASML lançou a mĂĄquina TwinScan NXR, considerada a mais valiosa do mundo, com um preço de aproximadamente 200 milhĂ”es de dĂłlares. Esta mĂĄquina Ă© tĂŁo complexa e sensĂ­vel que sua fabricação e montagem envolvem um processo logĂ­stico elaborado, que inclui transporte em 20 caminhĂ”es e trĂȘs Boeings 747.

Supremacia da ASML: quem sĂŁo China e EUA?

A supremacia da ASML na tecnologia EUV a torna uma peça-chave na disputa tecnolĂłgica entre os Estados Unidos e a China. A empresa detĂ©m um vasto portfĂłlio de patentes, o que dificulta a entrada de novos concorrentes no mercado. A China, em particular, tem investido pesadamente para desenvolver sua prĂłpria indĂșstria de microchips, mas enfrenta desafios significativos para alcançar o nĂ­vel de tecnologia da ASML.

O governo dos Países Baixos tem desempenhado um papel crucial nessa disputa, seguindo as diretrizes dos Estados Unidos para restringir a venda de måquinas EUV para a China. Em 2018, uma licença de exportação para uma empresa chinesa foi revogada após pressÔes do governo americano, ilustrando a complexidade geopolítica envolvida.

O futuro da ASML e a competição global

Com investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, a ASML mantém sua liderança no mercado global de litografia. Parcerias estratégicas com gigantes como TSMC, Samsung e Intel, responsåveis por 84% do faturamento da ASML, reforçam sua posição.

No entanto, a competição global estĂĄ longe de ser resolvida. A China continua a investir bilhĂ”es de dĂłlares na tentativa de criar uma tecnologia semelhante, enquanto os Estados Unidos implementam polĂ­ticas para proteger e incentivar a indĂșstria domĂ©stica de microchips.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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