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Shell vai tomar o lugar da Petrobras? Lula responde quando petroleira americana vai ter acesso ao novo pré-sal, tido como a nova jazida de petróleo do Brasil e esperança econômica para os próximos anos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/09/2024 às 09:34
Lula se reúne com a Shell e gera polêmica sobre o futuro do pré-sal brasileiro. Será que a Petrobras perderá espaço na nova exploração?
Lula se reúne com a Shell e gera polêmica sobre o futuro do pré-sal brasileiro. Será que a Petrobras perderá espaço na nova exploração?

Lula defende encontro com a Shell e nega contradições em sua política ambiental. O futuro do pré-sal e o papel da Petrobras estão em jogo.

Um futuro incerto paira sobre a Petrobras e a exploração do novo pré-sal brasileiro. Será que a Shell, gigante do petróleo, está prestes a tomar o lugar da estatal na descoberta mais promissora do Brasil?

Com a expectativa crescente sobre o impacto econômico dessa nova jazida, a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem causando alvoroço.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, em uma reunião, o presidente brasileiro discutiu diretamente com a alta cúpula da Shell em Nova York, gerando dúvidas sobre o papel da Petrobras e o futuro do setor energético no país.

O encontro de Lula com os dirigentes da Shell, que ocorreu durante sua viagem para a Assembleia-Geral da ONU, não figurou na lista oficial de compromissos do presidente, mas foi revelado posteriormente.

Conforme o jornal citado, essa reunião estratégica trouxe à tona um debate essencial sobre a política energética do Brasil e as intenções da empresa internacional na exploração da margem equatorial, uma das últimas fronteiras petrolíferas não exploradas do Brasil.

O que Lula disse sobre a presença da Shell no Brasil?

Lula, durante uma entrevista coletiva em Nova York, minimizou as críticas ao encontro e negou qualquer contradição com seu discurso ambiental.

Ele relembrou a longa história da Shell no Brasil, enfatizando que a empresa está presente no país há mais de cem anos. Segundo o presidente, a companhia atua “dentro das exigências da política energética do Brasil”.

A visita de Wael Sawan, presidente global da Shell, e de Cristiano Pinto, presidente da Shell Brasil, à embaixada brasileira em Nova York levantou questões sobre a intenção da empresa de se posicionar fortemente no novo cenário petrolífero do país.

Conforme reportado pela BBC Brasil, Pinto já havia comentado publicamente o interesse da empresa na exploração da margem equatorial, que abrange áreas entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, uma região de enorme potencial ainda inexplorado.

Petrobras ou Shell: quem vai dominar o novo pré-sal?

Segundo Lula, não há espaço para uma competição direta entre a Shell e a Petrobras neste momento. Ele destacou que a Shell é parceira da Petrobras em 60% dos poços leiloados no Brasil.

Além disso, a exploração da margem equatorial, foco de interesse da Shell, depende diretamente de uma autorização governamental. “Ela [Shell] só vai para a margem equatorial quando o governo brasileiro autorizar a Petrobras a fazer pesquisa na margem equatorial”, disse Lula.

Assim como vem publicando o CPG, o Ibama ainda está analisando o pedido da Petrobras para realizar pesquisas na Bacia Foz do Amazonas, e a expectativa é que essa decisão possa abrir caminho para a exploração conjunta da área. No entanto, somente após essa aprovação, a Shell poderá seguir com suas operações na região.

O futuro dos combustíveis fósseis e a Petrobras

O presidente também ressaltou que, embora o mundo esteja em transição para fontes alternativas de energia, os combustíveis fósseis continuarão sendo essenciais até que haja uma autossuficiência global em fontes limpas.

“É preciso que, quando a gente fale isso, a gente aponte como o planeta Terra vai sobreviver sem energia fóssil”, afirmou Lula.

Ao olhar para o futuro, o presidente vislumbra uma transformação radical da Petrobras, que deve evoluir de uma empresa focada em petróleo para uma empresa de energia mais ampla.

“Quando o petróleo acabar, a Petrobras precisa estar preparada para produzir outras formas de energia que o Brasil e o mundo necessitam”, concluiu.

O que está em jogo para o Brasil?

A exploração da margem equatorial pode representar um novo salto econômico para o Brasil, posicionando o país entre os líderes mundiais no setor energético.

No entanto, as decisões que envolvem Petrobras, Shell e o governo brasileiro vão definir o ritmo dessa mudança.

As implicações políticas e ambientais dessas decisões também são enormes. O governo de Lula tem sido pressionado a encontrar um equilíbrio entre a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento econômico impulsionado pelo petróleo.

Essa questão continuará a gerar debates intensos nos próximos meses, especialmente à medida que o Brasil busca cumprir suas metas ambientais enquanto explora suas vastas reservas de petróleo.

Você acredita que o Brasil deveria priorizar a Petrobras como líder na exploração do novo pré-sal, ou a parceria com empresas internacionais como a Shell é o melhor caminho para garantir o futuro energético do país?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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