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Shell dá início à construção de FPSO no Japão para o campo Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos. Projeto prevê início das operações em 2029.
A Shell e seus parceiros deram um passo decisivo rumo à produção no campo Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos. Na última semana, no estaleiro da Sumitomo Heavy Industries, em Yokosuka, no Japão, foi realizada a cerimônia de corte de aço do navio-plataforma (FPSO) que será usado na área. A construção da unidade ficará a cargo da Modec, com obras divididas entre a China e o próprio território japonês.
A expectativa é que o FPSO entre em operação até 2029, a cerca de 200 quilômetros ao sul do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de 2.000 metros. A plataforma terá capacidade de produzir até 120 mil barris de óleo por dia.
FPSO será peça-chave no desenvolvimento do Gato do Mato
A construção do FPSO — sigla para Floating Production Storage and Offloading, ou Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência — marca uma nova etapa no desenvolvimento do projeto Gato do Mato, um dos ativos mais promissores da Shell no Brasil.
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Com a obra já em andamento no Japão, a embarcação será vital para viabilizar a produção de gás com condensado nos blocos BM-S-54 e Sul de Gato do Mato. Esses blocos estão sob diferentes regimes de exploração: concessão e partilha de produção, firmados em 2005 e 2017, respectivamente.
Participação da Shell deve aumentar no projeto
O consórcio responsável pelo Gato do Mato é liderado pela Shell, que detém atualmente 50% de participação e atua como operadora. Também fazem parte do grupo a colombiana Ecopetrol (30%), a francesa TotalEnergies (20%) e a estatal brasileira Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), que representa o governo federal na partilha de produção.
Segundo anúncio recente, a Shell deverá elevar sua fatia para 70%, por meio de um acordo com a TotalEnergies envolvendo a troca de participações entre os campos de Gato do Mato e Lapa.
Japão reforça papel estratégico no fornecimento offshore
A escolha do Japão como ponto de partida da construção do FPSO reforça a importância do país asiático no fornecimento de tecnologia e infraestrutura para projetos offshore de grande escala. A parceria com a Modec, que também atuará na China, garante expertise e agilidade no cronograma de entrega da plataforma.
Esse tipo de embarcação é essencial em áreas ultraprofundas, como o pré-sal, pois permite a produção e o armazenamento de petróleo em alto-mar, longe de instalações fixas.
Gato do Mato se consolida como aposta estratégica no pré-sal
Com operações previstas para começar em 2029, o campo Gato do Mato se consolida como uma das grandes apostas da Shell no Brasil. O pré-sal da Bacia de Santos tem se mostrado uma das regiões mais produtivas do mundo, e o novo FPSO será crucial para ampliar a presença da empresa na região.
A decisão final de investimento (FID, na sigla em inglês) foi tomada em março, e a movimentação para iniciar a construção da plataforma demonstra o compromisso da companhia com a exploração responsável e o avanço tecnológico no setor energético.
Por que foi construída no Japão e não no Brasil? A Petrobras deveria construir no BRASIL.