Cofundador da gigante Chevrolet, o piloto e engenheiro Louis Chevrolet morreu pobre e esquecido. Conheça a história irônica por trás do emblema famoso.
Chevrolet: um nome gigante, sinônimo de sucesso automotivo global. Mas por trás do brilho do emblema existe uma história trágica e irônica. É a de Louis Chevrolet, o homem que deu nome à marca. Ele foi piloto recordista, engenheiro inovador e cofundador. Mas viveu altos e baixos.
Morreu pobre e quase esquecido, como funcionário da empresa que levava seu nome. Esta é a história não contada de Louis Chevrolet.
Da Suíça às pistas americanas: O início da jornada de Louis Chevrolet
Louis-Joseph Chevrolet nasceu na Suíça em 1878, filho de um relojoeiro. Mudou-se para a França aos nove anos. Começou a trabalhar aos 11 em uma oficina de bicicletas. Lá, seu talento mecânico e paixão por velocidade floresceram. Tornou-se um ciclista de corrida de sucesso. Fascinado por motores, foi para Paris e depois emigrou para Montreal (1900).
-
O segredo das ‘estradas submersas’ do Ceará não é a maré
-
Lucro de 17.000.000%: investidores que seguraram bitcoins desde 2011 realizam maior ganho da história
-
Quanta água potável realmente temos? O dado que revela como a maior riqueza da Terra é, na verdade, escassa
-
Trump ordenou hoje o envio de dois submarinos nucleares após ex-presidente da Rússia falar em ‘apocalipse’
No ano seguinte, mudou-se para Nova York. Trabalhou para De Dion-Bouton e outras empresas. Em 1905, trabalhando para a Fiat, venceu o lendário piloto Barney Oldfield. Ganhou fama como “o francês temerário”. Sofreu graves acidentes, passando quase três anos em hospitais. Sua trajetória inicial já mostrava talento, paixão e talvez imprudência.
A criação da Chevrolet: A parceria explosiva com Billy Durant
O sucesso de Louis Chevrolet nas pistas chamou a atenção de William C. “Billy” Durant. Fundador da General Motors, Durant viu em Louis Chevrolet um nome forte para um novo projeto. Contratou-o para a equipe Buick (1907-1909), onde Louis venceu corridas e ajudou a projetar carros. Em 3 de novembro de 1911, fundaram a Chevrolet Motor Car Company em Detroit.
Durant precisava da marca para tentar retomar o controle da GM. O nome Chevrolet, com apelo europeu, era perfeito. O logo da gravata borboleta surgiu nessa época. O primeiro carro foi o Classic Six (1912-13). Projetado por Louis Chevrolet, era luxuoso, potente e caro (US$ 2.150 – US$ 2.500). Refletia a visão de Louis por performance, não o foco popular de Durant.
“Não venderei minha personalidade”: A ruptura e a venda do nome Chevrolet
As visões opostas de Louis Chevrolet e Billy Durant levaram ao conflito. Louis queria carros de alta qualidade e performance. Durant queria um carro barato para competir com o Ford Modelo T. Durant reestruturou a empresa à revelia de Louis. Choques de personalidade e a famosa “briga do charuto” (Durant criticando os cigarros baratos de Louis) simbolizaram a incompatibilidade.
Entre 1913 e 1915, Louis Chevrolet deixou a empresa. Ele vendeu suas ações e, crucialmente, os direitos de uso do seu nome para fins automotivos. Foi uma decisão financeiramente desastrosa. Ele saiu pouco antes de a marca Chevrolet ser usada por Durant para retomar a GM. Louis Chevrolet ficou de fora do império que ajudou a criar.
A vida de Louis Chevrolet após a Chevrolet
Livre de Durant, Louis Chevrolet voltou às corridas e à engenharia. Fundou a Frontenac Motor Corporation (1914-16) com seus irmãos. Focaram em carros e peças de corrida. Louis Chevrolet projetou os carros vencedores das 500 Milhas de Indianápolis em 1920 (Gaston Chevrolet pilotando) e 1921 (Tommy Milton). Criaram também os bem-sucedidos cabeçotes “Fronty-Ford” para o Modelo T, vendendo cerca de 10.000 unidades.
No entanto, a tentativa de lançar carros de passeio Frontenac falhou (recessão de 1922, escândalo financeiro). A Frontenac faliu por volta de 1923. Louis Chevrolet fundou depois a Chevrolet Brothers Manufacturing Company, mas brigou com o irmão Arthur e saiu. Tentou a aviação com a Chevrolair (motores), mas a empresa também faliu (disputa fraternal, Grande Depressão). Sua carreira pós-Chevrolet mostrou brilhantismo técnico, mas repetidos fracassos empresariais.
Declínio, esquecimento e legado póstumo: O fim de Louis Chevrolet
Os anos finais de Louis Chevrolet foram de decadência. A Grande Depressão e as falências o deixaram em dificuldades financeiras, vivendo na pobreza. Enquanto isso, a marca Chevrolet se tornava um pilar da GM. Ironicamente, por volta de 1934-36, Louis Chevrolet voltou à divisão Chevrolet da GM. Mas como um humilde mecânico ou consultor, não como cofundador. Sua saúde piorou. Sofreu uma hemorragia cerebral (~1938) e teve que se aposentar. Sofria de aterosclerose e teve uma perna amputada. Tragédias familiares agravaram seu sofrimento: irmão Gaston morreu em 1920, filho Charles em 1934.
Louis Chevrolet faleceu em 6 de junho de 1941, aos 62 anos, em Detroit, quase sem dinheiro. Foi enterrado em Indianápolis. Seu túmulo ficou negligenciado por décadas. O reconhecimento veio apenas postumamente, com induções a Halls da Fama do automobilismo (a partir de 1969) e um memorial no Museu de Indianápolis (1975). A história de Louis Chevrolet é um contraste doloroso entre o homem e a marca mundialmente famosa que leva seu nome.
Quando a cabeça não pensa o corpo padece , infelizmente
Your blog is a shining example of excellence in content creation. I’m continually impressed by the depth of your knowledge and the clarity of your writing. Thank you for all that you do.
Usually I do not read article on blogs however I would like to say that this writeup very compelled me to take a look at and do so Your writing taste has been amazed me Thanks quite nice post