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Multinacional Vestas foca no Brasil: empresa expandirá setor de turbinas eólicas no Ceará e pretende aumentar sua atuação no offshore

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 31/10/2023 às 22:08
Atualizado em 01/11/2023 às 09:01
energia eólica - parque eólico - Bia - Vestas - Pan-American-Energy
Turbina eólica gigante da Vestas – imagem: Vestas/Divulgação

A nova expansão da fábrica tem como objetivo ampliar a presença da Vestas em solo brasileiro e impulsionar cada vez o desenvolvimento da energia eólica

A Vestas, uma das maiores fabricantes globais de turbinas eólicas, está alçando voos mais altos ao considerar uma expansão de sua fábrica no Ceará, Brasil. Essa movimentação estratégica é uma resposta à crescente demanda por energia renovável e ao potencial do hidrogênio verde na região. A empresa já se destaca como líder no setor de energia eólica, mas está preparada para ir além.

A Vestas é reconhecida mundialmente como uma das principais fabricantes de turbinas eólicas. Seu compromisso com a inovação a consagrou como uma líder no setor de energia eólica. O Brasil, com seu vasto potencial eólico, tornou-se um mercado estratégico para a Vestas, que já tem sua fábrica localizada na Região Metropolitana de Fortaleza, no estado do Ceará.

Essa região foi escolhida devido ao seu potencial para a produção de turbinas eólicas e à crescente demanda por energia renovável. O hidrogênio verde é uma fonte de energia em ascensão na região, com a iminente produção no Complexo do Pecém. A Vestas, atenta a esse cenário promissor, está considerando expandir sua fábrica no Ceará para atender à crescente demanda por turbinas eólicas associadas a essa fonte energética promissora.

Investindo na eficiência e na capacidade de produção

A expansão da fábrica no Ceará não necessariamente envolverá a construção de uma nova unidade. A Vestas está explorando maneiras de aprimorar a eficiência e a capacidade de produção de sua instalação já existente. O vice-presidente da empresa para assuntos institucionais e governamentais na América Latina, Leonardo Euler de Morais, explicou que estão estudando a possibilidade de investimentos adicionais na fábrica. 

A decisão final ainda não foi tomada, mas a empresa acredita no potencial de crescimento da energia eólica no Ceará. A Vestas está comprometida em se adaptar às mudanças do mercado e ajustar sua capacidade de produção de acordo com as necessidades.

Ventos offshore: um futuro a ser explorado

Além da expansão no mercado onshore, a Vestas também tem planos ambiciosos para o mercado offshore, que envolve a instalação de turbinas eólicas em alto-mar. No entanto, a empresa está ciente das complexidades envolvidas nos projetos offshore, que possuem prazos de desenvolvimento mais longos devido à sua natureza intricada, incluindo questões legais e procedimentos de leilão. Portanto, a Vestas prevê que os projetos offshore serão amplamente implementados na próxima década.

A infraestrutura portuária desempenha um papel crucial no mercado de turbinas eólicas offshore. O Porto do Pecém, no Ceará, tem trabalhado ativamente para atrair investimentos de fabricantes de turbinas eólicas e fornecedores da cadeia de valor. A Vestas reconhece o esforço do Estado em promover a transição energética e apoia as políticas públicas que colocam a energia renovável no centro de suas agendas.

Desafios e oportunidades, regras de competição e produção local

Enquanto o Brasil tem um enorme potencial para produzir turbinas eólicas, existem desafios a serem superados. Atualmente, as regras e incentivos tributários favorecem a importação de turbinas eólicas em detrimento da produção local. Leonardo Euler de Morais destacou a importância de rever as regras de competição no mercado brasileiro de energia. A Vestas busca igualdade de condições para a produção local, visando uma competição justa com turbinas eólicas importadas.

Em resumo, a Vestas está comprometida em impulsionar a indústria de energia eólica no Ceará e no Brasil como um todo. Sua expansão planejada e seus planos para o mercado offshore prometem contribuir significativamente para a transição energética e para a geração de empregos na região. Além disso, a empresa está pronta para enfrentar desafios e buscar oportunidades para fortalecer ainda mais o setor de energia eólica no país.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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