Setor cervejeiro brasileiro fecha 2024 com recordes em registros, produção e exportações, movimentando US$ 204 milhões e vendendo 332,5 milhões de litros ao exterior.
O setor cervejeiro brasileiro encerrou 2024 em alta, registrando 43.176 cervejas e 55.015 marcas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os dados estão no Anuário da Cerveja 2025 – ano referência 2024, divulgado pelo Mapa em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).
O levantamento mostra que o segmento segue em expansão, com impacto direto na economia e no comércio exterior.
-
Ponte curva de R$ 25,9 milhões será erguida com tecnologia cantitravel para atravessar rio e preservar vegetação nativa
-
Novo programa de botijão de gás gratuito chega a 3 vezes mais famílias que o modelo atual e elimina risco de desvio de uso
-
Grupo Potencial investirá R$2 bi em usina de etanol e projetá megacomplexo de biocombustíveis
-
Entregadores dizem ser ‘escravos’ do iFood e criticam modelo com entregas a R$ 3,50
Mais registros e novos negócios
São Paulo mantém a liderança no número de cervejas registradas, com 12.803 produtos, e média de 30 registros por estabelecimento.
O Espírito Santo se destacou no crescimento, saltando de 1.221 para 1.434 registros, aumento de 213 no período. A média nacional ficou em 22,2 registros por unidade.
No total, o Brasil fechou 2024 com 1.949 cervejarias registradas, 102 a mais que no ano anterior, crescimento de 5,5%.
Esse resultado representa o 9º maior avanço da série histórica.
Santa Catarina liderou proporcionalmente, com alta de 11,1% e 25 novas cervejarias.
O Sudeste concentra 45,6% dos estabelecimentos nacionais, somando 889 unidades.
Exportações em alta histórica
O desempenho nas exportações foi um dos pontos mais relevantes do ano. O Brasil vendeu ao exterior 332,5 milhões de litros de cerveja, um crescimento de 43,4% frente a 2023.
O faturamento também subiu, chegando a US$ 204 milhões, alta de 31,1%. Esse é o maior valor já registrado no período analisado.
O Paraguai se manteve como o principal destino da bebida brasileira, respondendo por 66,5% do volume exportado.
No total, a América do Sul recebeu 97,7% das exportações, confirmando a força do mercado regional para a indústria.
Importações e presença europeia
Na outra ponta, a Alemanha segue como principal fornecedora de cerveja ao Brasil, com 3.185.550 litros importados, o equivalente a 42,5% do volume total.
Entre os quinze maiores países exportadores para o Brasil, nove são europeus, evidenciando a relevância do continente para o abastecimento de rótulos estrangeiros no mercado interno.
Produção nacional e estilos preferidos
O volume de produção declarado ao Mapa chegou a 15,34 bilhões de litros em 2024. Desse total, 24,7% são de cerveja puro malte, produzidas sem o uso de adjuntos como milho ou trigo.
Entre os estilos, a Lager Leve Clara lidera com 8,95 bilhões de litros, equivalente a 58,3% da produção.
A Pilsener vem em seguida, com 4,97 bilhões de litros (32,4%). Outras Lagers somam 1,29 bilhão de litros (8,5%).
O anuário confirma que o mercado cervejeiro brasileiro cresce em diferentes frentes: aumento no número de marcas, mais estabelecimentos, diversificação de produtos e avanço nas vendas externas.
Esse desempenho fortalece a indústria, amplia a geração de empregos e reforça o Brasil como um dos principais players no cenário sul-americano de cervejas.