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Setor agro dispara: Brasil vive boom no campo com recordes no leite, suínos e ovos e fêmeas dominando abates de bovinos pela primeira vez

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 11/09/2025 às 06:29
Brasil atinge recordes históricos na produção de leite, suínos e ovos, e fêmeas superam machos no abate de bovinos pela primeira vez.
Brasil atinge recordes históricos na produção de leite, suínos e ovos, e fêmeas superam machos no abate de bovinos pela primeira vez.
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O campo brasileiro registrou resultados históricos no 2º trimestre de 2025, com avanços expressivos na pecuária de corte, leite, suínos e ovos. Pela primeira vez, as fêmeas superaram os machos no abate de bovinos, marcando uma virada inédita no setor

O abate de bovinos no Brasil registrou forte alta no 2° trimestre de 2025, mostrando a força do agronegócio nacional. Segundo o IBGE, foram abatidas 10,46 milhões de cabeças, número 3,9% maior que o do mesmo período de 2024 e 5,5% acima do 1° trimestre de 2025.

O crescimento corresponde a 395,98 mil animais a mais que no ano anterior, com aumento em 20 das 27 unidades da federação. Maio foi o mês de maior atividade, com 3,59 milhões de cabeças, um avanço de 4,9% frente ao mesmo mês de 2024.

Pela primeira vez desde 1997, as fêmeas superaram os machos no número de animais abatidos. O abate de fêmeas subiu 16% em relação ao 2° trimestre de 2024, alcançando o maior nível da série histórica.

Segundo a gerente da pesquisa, Angela Lordão, a alta foi impulsionada pela demanda externa por animais jovens, principalmente novilhas, que representaram 33% das fêmeas abatidas.

Mesmo com queda no abate total de bovinos em Mato Grosso, estado líder no setor, o abate de fêmeas cresceu por causa do aumento de novilhas enviadas aos frigoríficos.

Produção de suínos atinge maior nível da série histórica

O abate de suínos também teve resultado positivo. Foram 15,01 milhões de cabeças no 2° trimestre de 2025, alta de 2,6% ante 2024 e de 4,1% frente ao 1° trimestre de 2025.

O volume representa 385,93 mil animais a mais que no ano anterior e foi puxado por aumentos em 12 das 26 unidades da federação pesquisadas. Este foi o maior resultado trimestral da série histórica iniciada em 1997, especialmente nos meses de maio e junho.

Angela destacou que o avanço se deve ao maior consumo interno, favorecido por cortes de preparo rápido e preços acessíveis, além de campanhas de qualidade. As exportações também colaboraram, com demanda forte das Filipinas e crescimento para Chile e Japão, compensando a queda nas compras da China.

Gripe aviária afeta desempenho dos frangos

Já o abate de frangos totalizou 1,64 bilhão de cabeças no período. Houve aumento de 1,1% em relação ao 2° trimestre de 2024, com 18,44 milhões de animais a mais, mas queda de 0,4% frente ao 1° trimestre de 2025.

O crescimento foi registrado em 19 das 26 unidades da federação pesquisadas. No entanto, o setor sofreu impacto com um caso de gripe aviária em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, em maio.

As exportações brasileiras de carne de frango caíram 12,8% na comparação anual, após restrições de mercados importadores. Alguns países limitaram apenas os produtos do Rio Grande do Sul, enquanto outros, como a China, suspenderam compras de todo o Brasil.

Captação de leite bate recorde para um segundo trimestre

A aquisição de leite cru alcançou 6,50 bilhões de litros no 2° trimestre de 2025. O volume representa alta de 9,4% sobre 2024, embora tenha recuado 1,0% frente ao 1° trimestre de 2025.

Trata-se do maior valor já registrado para um segundo trimestre desde o início da série histórica, em 1997. A região Sul respondeu por 40,7% da captação, seguida pelo Sudeste (35,9%), Centro-Oeste (10,5%), Nordeste (9,4%) e Norte (3,5%).

Segundo Angela, fatores como clima favorável, oferta de alimentos de qualidade e investimentos maiores ajudaram a impulsionar a atividade. O avanço garantiu recorde na captação do 1° semestre de 2025.

O preço médio pago ao produtor foi de R$ 2,75, com alta de 5,4% sobre 2024 e leve queda de 0,4% frente ao 1° trimestre. Dos 559,06 milhões de litros a mais captados em relação a 2024, 20 das 26 unidades da federação tiveram aumento na produção.

Couro registra alta na comparação anual

A aquisição de couro também avançou. No 2° trimestre de 2025, os curtumes pesquisados declararam ter recebido 10,75 milhões de peças, alta de 4,6% sobre 2024 e queda de 0,1% ante o trimestre anterior.

A maior parte teve origem em matadouros frigoríficos e na prestação de serviços, que somaram 92,7% do total captado no período.

Produção de ovos cresce e se aproxima de 1,3 bilhão de dúzias

A produção de ovos de galinha somou 1,24 bilhão de dúzias, alta de 6,2% sobre o mesmo período de 2024 e de 2,9% frente ao 1° trimestre de 2025.

Foram 72,39 milhões de dúzias a mais que no 2° trimestre de 2024, com aumentos em 23 das 26 unidades da federação pesquisadas.

Mais da metade das granjas, 1.141 (54,6%), produziram ovos para consumo, representando 83% do total. Outras 949 (45,4%) focaram em ovos para incubação, respondendo por 17% da produção.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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