Servidores da Copasa reagem à PEC que abre caminho para privatização e podem parar em greve. Entenda o que está em jogo.
Servidores da Copasa reagem à PEC da privatização
Os servidores da Copasa podem iniciar uma greve em Minas Gerais contra a privatização da companhia de saneamento. O alerta surgiu nesta semana após o avanço da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que retira da Constituição Estadual a exigência de referendo popular para autorizar a venda da empresa.
A medida tramita atualmente na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e já está em análise por uma comissão especial. Caso o projeto avance para votação em plenário, o sindicato promete intensificar a mobilização.
Sindicato condiciona greve ao andamento da PEC
O Sindágua, entidade que representa a categoria, deixou claro que a decisão de cruzar os braços depende diretamente da tramitação da PEC.
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“Nós vamos avaliar o andamento dos trabalhos aqui. E assim que tiver uma definição de uma data para plenário, possivelmente a gente deve cruzar os braços e chamar a população para vir para a rua”, afirmou o diretor do sindicato, Milton Costa.
Assim, a possível greve surge como uma resposta direta ao avanço da pauta que, segundo os servidores, ameaça direitos trabalhistas e a soberania da água em Minas.
Como a PEC muda o futuro da Copasa
A proposta em análise retira da Constituição de Minas a exigência de que a privatização da Copasa seja submetida a um referendo popular. Portanto, se a PEC for aprovada, a decisão de vender ou não a estatal ficará restrita ao poder político da ALMG, sem necessidade de consulta direta à população.
Para os servidores, essa mudança abre espaço para um processo de privatização acelerado, sem debate público amplo e sem garantia de proteção às regras previstas na legislação trabalhista.
Servidores temem impacto trabalhista e social
Além do risco à gestão da água, os servidores apontam para a possibilidade de impactos sérios nas relações de trabalho. Eles afirmam que a privatização pode reduzir direitos garantidos e precarizar contratos, já que a nova gestão privada poderia alterar acordos coletivos.
Por outro lado, o Governo estadual justifica a medida como forma de atrair investimentos e ampliar a eficiência do saneamento básico. Porém, os trabalhadores consideram que a pressa em aprovar a PEC ignora a necessidade de ouvir a população.
População pode ser convocada para protestos
Os servidores mantêm o alerta máximo enquanto o projeto ainda não chega ao plenário. O sindicato já anunciou que convocará a população para as ruas a fim de pressionar diretamente os parlamentares caso a votação seja marcada.
Nesse cenário, os trabalhadores organizam a greve junto com atos públicos, o que reforça a resistência contra a privatização da Copasa. Dessa forma, eles buscam mobilizar o apoio popular para barrar a aprovação da PEC.
O que esperar nos próximos dias
Diante do avanço da PEC, o sindicato mantém a estratégia de acompanhar cada etapa da tramitação. Assim, qualquer movimento de paralisação só deve ocorrer se a votação em plenário for marcada.
Enquanto isso, os servidores seguem denunciando que a retirada do referendo popular enfraquece a participação democrática em uma decisão que atinge diretamente milhões de mineiros.