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Será o fim da Starlink? Amazon dispara nova leva de satélites Kuiper e acirra corrida espacial por domínio da internet via órbita terrestre

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 30/06/2025 às 17:19
Satélites do Projeto Kuiper da Amazon flutuando em órbita terrestre com painéis solares e fundo espacial estrelado, representando conectividade global
Satélites Kuiper da Amazon orbitam a Terra em formação estratégica como parte da expansão da constelação de internet espacial
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O lançamento ocorreu às 6h54 (horário local) com o foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), e foi conduzido sem contratempos. Após a liberação dos satélites, o controle da missão foi transferido para o centro operacional da Amazon em Redmond, Washington, onde os sistemas começaram a ser ativados.

Embora ainda distante da marca da concorrente — que já possui mais de 7.500 satélites operacionais — a Amazon mantém seu plano de longo prazo de lançar 3.263 satélites nos próximos anos, consolidando sua presença no setor de conectividade espacial.

Corrida acirrada pelo domínio da internet orbital

A missão, batizada de KA-02, é a segunda do Projeto Kuiper e representa uma virada de chave para o projeto da Amazon. O ritmo de expansão ainda é gradual, especialmente quando comparado à velocidade da Starlink, que tem lançado dezenas de satélites por mês.

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A empresa de Jeff Bezos optou por seguir com lançamentos via ULA, mesmo tendo a Blue Origin como sua própria empresa aeroespacial. O motivo seria a busca por estabilidade e confiabilidade na fase inicial da constelação.

Além de competir pelo mercado de internet via satélite, o Projeto Kuiper poderá futuramente integrar os principais serviços da Amazon, como Alexa, AWS e Prime Video, ampliando sua oferta digital com uma infraestrutura própria e global.

Infraestrutura espacial molda o futuro da comunicação

A conectividade por satélite é vista como uma solução estratégica para regiões remotas, áreas de conflito ou locais sem acesso à infraestrutura terrestre. A empresa que dominar essa tecnologia poderá controlar parte significativa do tráfego digital mundial.

Com mais de 70 lançamentos planejados, a Amazon busca reduzir a diferença atual e se posicionar como um dos principais provedores de internet orbital. Os testes em solo com usuários reais devem começar ainda este ano, segundo projeções internas.

Essa infraestrutura espacial também poderá ser utilizada por governos, indústrias e empresas de tecnologia, ampliando o escopo e os impactos econômicos do projeto.

SpaceX e Amazon: uma rivalidade bilionária entre órbitas

CategoriaSpaceXBlue Origin
FundadorElon MuskJeff Bezos
Ano de fundação20022000
Missão principalColonizar Marte e reduzir os custos das viagens espaciaisPermitir que milhões de pessoas vivam e trabalhem no espaço
Frequência de lançamentosAlta (mais de 90 lançamentos em 2023)Baixa (apenas alguns lançamentos por ano)
Voos tripuladosMissões regulares com a cápsula Crew Dragon (NASA + setor privado)Voos suborbitais de turismo com o foguete New Shepard
Capacidade orbitalSim (com os foguetes Falcon 9, Falcon Heavy e Starship)Ainda não (foguete New Glenn em desenvolvimento)
Missões lunaresPrograma Artemis da NASA: Starship será o módulo de pouso tripuladoMódulo lunar selecionado, mas ainda não lançado
Constelação de satélitesStarlink (rede de internet via satélite, com mais de 5.000 unidades)Projeto Kuiper (fase inicial de implantação)
Contratos com a NASADiversos contratos (Programa de Tripulação Comercial, Artemis, etc.)Selecionada para missões lunares de carga e o Projeto Kuiper
Foco em inovaçãoTestes rápidos, iteração ágil e cargas de lançamento pesadasDesenvolvimento gradual, com foco em segurança e reutilização
Engajamento públicoMuito ativo, com transmissões ao vivo e presença forte nas redes sociaisMenos voltada ao público, com estratégia de marketing mais discreta

A diferença nas abordagens é clara. A SpaceX, com seu modelo ágil, aposta em lançamentos frequentes e inovação acelerada. Já a Amazon, com perfil mais conservador, prioriza segurança, escalabilidade e integração com seus serviços já consolidados.

Apesar da vantagem atual da Starlink, a entrada definitiva da Amazon na disputa adiciona um novo grau de complexidade à corrida espacial comercial, colocando frente a frente duas das maiores empresas de tecnologia do planeta.

A competição deverá influenciar o desenvolvimento de infraestrutura digital, políticas de telecomunicações e acesso à internet em escala global nos próximos anos.

As informações foram obtidas a partir de comunicados oficiais da Amazon e de reportagem publicada pela UnionRayo sobre o lançamento da segunda missão do Projeto Kuiper.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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