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Experiência da CEO como motorista, estratégias de inovação, participação feminina, desafios regulatórios e os investimentos em tecnologia da Uber no Brasil são destaques da atuação da empresa no país.
Silvia Penna, CEO da Uber no Brasil, revelou que dirige esporadicamente como motorista de aplicativo para conhecer de perto o serviço e testar soluções inovadoras, como o U-Elas, que permite viagens apenas entre mulheres.
A informação foi publicada originalmente pelo site EXAME, que destacou a importância da experiência prática da executiva para o aprimoramento das operações da empresa, que investe R$ 1 bilhão em tecnologia no país até 2028.
Desde 2021 à frente da Uber Brasil, Silvia Penna relata que a decisão de experimentar o trabalho de motorista ocorreu para avaliar recursos e funcionalidades de segurança.
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Conforme reportagem publicada pela EXAME, um dos destaques do aplicativo é o U-Elas, criado para proporcionar viagens mais seguras e confortáveis a passageiras e motoristas do sexo feminino.
Ao escolher transportar somente mulheres, a ferramenta tem contribuído para aumentar a confiança e reduzir barreiras de entrada para trabalhadoras brasileiras no segmento de mobilidade.
A executiva também reforça, de acordo com apuração da EXAME, que a prática de atuar como motorista faz parte da estratégia de inovação da Uber, fundamental para fortalecer a presença da marca em meio à concorrência acirrada.
Nos últimos anos, gigantes como a chinesa Meituan e a 99 anunciaram aportes de US$ 1 bilhão cada para ampliar suas operações no Brasil, mercado considerado prioritário pelo setor de mobilidade.
Centro de tecnologia e inovação da Uber
O centro de tecnologia da Uber, criado em 2019 em São Paulo, foi o primeiro da empresa na América Latina e tem desenvolvido soluções que ganharam destaque internacional, como o Uber Flash, serviço voltado ao envio de objetos e documentos, e ferramentas de segurança, como a integração ao RapidSOS, sistema que conecta usuários e motoristas às centrais policiais em situações de emergência.
Para fortalecer o desenvolvimento de novas tecnologias, a Uber anunciou em 2024 um investimento de R$ 1 bilhão até 2028.
Conforme detalhou Silvia Penna em entrevista à EXAME, a meta é criar e aprimorar soluções inovadoras no Brasil, exportando essas iniciativas para outros mercados.
Ela ressalta que a atuação local é fundamental para o crescimento global da companhia.
Participação feminina e programas de incentivo na Uber
Segundo dados apresentados na matéria da EXAME, a participação de mulheres entre motoristas tem crescido de forma expressiva desde a criação do U-Elas, em 2019, e do programa “Elas na Direção”, que oferece apoio psicológico, parcerias com organizações não governamentais e orientações para facilitar o ingresso de novas profissionais.
A CEO da Uber afirma que, embora a presença feminina quase tenha dobrado ano após ano, a empresa ainda busca atingir o patamar em que passageiras possam escolher ser atendidas exclusivamente por mulheres.
O programa Uber Moto, que começou em Aracaju em 2020, já está presente em todas as capitais brasileiras, exceto São Paulo, onde a operação foi suspensa em junho de 2025 por decisão judicial.
Segundo levantamento citado pela EXAME, 53% dos usuários desse serviço são mulheres, com média de idade de 31 anos.
Além disso, 44% das entrevistadas afirmam sentir-se mais seguras ao utilizar o serviço em comparação ao deslocamento a pé.
Desafios regulatórios para transporte por aplicativo
Silvia Penna iniciou sua trajetória na Uber em 2016, atuando em operações e assumindo a liderança da empresa em 2021, aos 33 anos.
O período incluiu momentos desafiadores, como a pandemia de Covid-19, quando a demanda caiu 80% e mais de 1 milhão de motoristas parceiros viram sua renda impactada.
Durante esse contexto, a companhia acelerou o desenvolvimento de serviços como o Uber Flash, hoje expandido para outros países.
A executiva acompanha de perto o debate sobre regulamentação do setor de transporte por aplicativos no Brasil.
De acordo com informações da EXAME, o projeto de lei em análise no Congresso Nacional busca estabelecer normas para empresas como a Uber, mas Penna defende que a flexibilidade dos motoristas parceiros — que podem escolher quando e como trabalhar — deve ser preservada como elemento central da proposta de valor da empresa.
Segundo a CEO da Uber, a companhia participa ativamente das discussões com o governo federal e os poderes Legislativo e Executivo, defendendo que as regulamentações acompanhem a evolução do setor e contemplem os interesses de todas as partes envolvidas.
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