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Seu carro anda falhando e consumindo mais do que o normal? Especialistas alertam para um defeito invisível que engana até mecânicos experientes e pode custar até R$ 1.000 para consertar

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 22/10/2025 às 08:18
Seu carro anda falhando e consumindo mais do que o normal? Especialistas alertam para um defeito invisível que engana até mecânicos experientes e pode custar até R$ 1.000 para consertar
Seu carro anda falhando e consumindo mais do que o normal? Especialistas alertam para um defeito invisível que engana até mecânicos experientes e pode custar até R$ 1.000 para consertar
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O sensor MAF, que mede o fluxo de ar no motor, pode causar falhas e aumento no consumo sem acender alertas no painel, exigindo manutenção que pode custar até R$ 1.000.

Quando o carro começa a falhar, engasgar e gastar mais combustível, a primeira reação de muitos motoristas é revisar velas, bicos injetores e o filtro de ar. Mas, em boa parte dos casos, o verdadeiro vilão está escondido bem diante do sistema de admissão: o sensor MAF (Mass Air Flow), ou sensor de fluxo de ar. Ele é o responsável por medir a quantidade exata de ar que entra no motor, permitindo que a central eletrônica calcule a proporção correta da mistura com o combustível. Quando sujo, danificado ou com leitura irregular, o MAF engana o módulo de injeção — e o carro passa a gastar mais, perder força e falhar, mesmo sem acender nenhuma luz no painel.

Especialistas afirmam que essa é uma das falhas mais difíceis de diagnosticar, porque o sensor raramente gera códigos de erro e, portanto, o scanner automotivo muitas vezes não acusa nenhum problema. Enquanto isso, o motorista continua rodando com um motor desregulado e ineficiente, acreditando que se trata de algo simples ou passageiro.

O que o sensor MAF faz e por que ele é tão importante

O sensor MAF mede a quantidade de ar que entra no motor e envia essa informação para a central eletrônica (ECU). A ECU, por sua vez, calcula quanto combustível deve ser injetado para que a mistura seja perfeita — nem rica demais (com excesso de gasolina), nem pobre (com ar em excesso).

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Quando o MAF está sujo ou com defeito, a leitura enviada é imprecisa. Isso faz com que o sistema injete combustível em excesso, resultando em falhas na marcha lenta, engasgos, perda de potência e aumento do consumo. Em alguns casos, o carro chega a apagar sozinho em baixas rotações, especialmente em semáforos ou congestionamentos.

De acordo com o engenheiro automotivo Carlos Moura, consultor técnico da Bosch, “o sensor MAF é um dos componentes mais sensíveis do sistema de injeção eletrônica. Quando ele está sujo, o carro muda completamente de comportamento, mas o motorista raramente imagina que o problema vem dali.”

Sintomas mais comuns do defeito

Entre os sinais clássicos de um MAF com falha, especialistas destacam:

  • Perda de potência ao acelerar, especialmente em subidas;
  • Engasgos e respostas lentas ao pisar no acelerador;
  • Aumento repentino no consumo de combustível;
  • Marcha lenta irregular, com pequenas oscilações no giro;
  • Dificuldade de partida a frio;
  • E, em casos mais avançados, acúmulo de carvão no catalisador.

Como o sensor é responsável por regular toda a mistura de ar e combustível, o menor desvio em sua leitura já afeta o equilíbrio da combustão. O motor passa a queimar mal o combustível, e isso causa vibração, ruído e cheiro forte de gasolina no escapamento.

Por que o sensor MAF falha

O principal motivo é a sujeira acumulada nos filamentos do sensor, que são extremamente sensíveis. Basta um pequeno depósito de poeira ou partículas de óleo do filtro de ar para comprometer a medição.

Outro fator é o uso de combustíveis adulterados, que liberam vapores contaminantes que corroem o componente eletrônico. A umidade também é inimiga do MAF — pequenas gotas de água podem gerar oxidação e alterar o sinal elétrico enviado ao módulo.

Por isso, em veículos que rodam muito em áreas empoeiradas ou com manutenção irregular do filtro de ar, o defeito tende a surgir mais cedo. E como o sensor raramente “queima” de vez, o problema se manifesta de forma lenta, confundindo até profissionais.

Como evitar e resolver o problema

A boa notícia é que o sensor MAF é fácil de limpar e, na maioria dos casos, não precisa ser substituído. Existem sprays de limpeza específicos para sensores de fluxo de ar, que removem a sujeira sem danificar o elemento sensível.

Especialistas recomendam limpar o MAF a cada 10 mil quilômetros ou sempre que o filtro de ar for trocado. É importante nunca usar produtos abrasivos ou soprar o sensor com ar comprimido, pois o filamento interno é extremamente frágil.

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Caso o componente já apresente falhas elétricas ou oxidação, o ideal é substituí-lo. Os valores variam entre R$ 200 e R$ 1.000, dependendo do modelo do veículo — bem menos do que o prejuízo causado por um diagnóstico incorreto ou pelo aumento no consumo a longo prazo.

O alerta final

Ignorar o defeito no sensor MAF é como dirigir com o motor “cego”. Sem saber a quantidade exata de ar que entra, o sistema injeta combustível às cegas, forçando os pistões, o catalisador e o sistema de escape.
Com o tempo, o consumo sobe, o desempenho cai e os danos se multiplicam.

Tratar esse problema cedo é simples e barato. Mas, se negligenciado, o pequeno sensor pode causar danos de milhares de reais — um preço alto para um defeito quase invisível.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Sugestões de pauta, correções ou mensagens podem ser enviadas para contato.deboraaraujo.news@gmail.com

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