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Empresa decreta falência após ataque ransomware: hackers exploraram senha fraca, destruíram backups, paralisaram 700 funcionários e exigiram resgate de £5 milhões da KPN Logistics

Publicado em 26/09/2025 às 21:40
A empresa britânica KPN Logistics, com 158 anos, declara falência depois de um ataque ransomware que explorou senha fraca e derrubou seus sistemas críticos.
A empresa britânica KPN Logistics, com 158 anos, declara falência depois de um ataque ransomware que explorou senha fraca e derrubou seus sistemas críticos.
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A empresa britânica KPN Logistics, com 158 anos, declara falência depois de um ataque ransomware que explorou senha fraca e derrubou seus sistemas críticos.

Em junho de 2025, a empresa britânica KPN Logistics Group, com 158 anos de existência, sofreu um ataque ransomware que acabou levando-a à falência. A invasão começou quando hackers do grupo Akira exploraram uma senha fraca deixada por um funcionário em sistema conectado à internet, obtendo acesso total à infraestrutura.

A partir daí, eles criptografaram dados essenciais, destruíram os backups e exigiram um resgate de £5 milhões para devolução das informações.

Como o ataque na KPN Logistics se desenvolveu?

Os criminosos identificaram que o sistema não estava protegido por autenticação multifator (MFA), uma camada extra de segurança que exige mais do que apenas senha para acessar contas.

Após fornecerem a senha comprometida, conseguiram assumir o controle dos servidores essenciais e sistemáticos da empresa.

Sem os dados de rotas de transporte e operações comerciais, a KPN viu sua logística travar por completo.

Todos os caminhões da empresa foram parados, pois não havia como operar sem os sistemas afetados.

Nessa situação, a falência foi decretada judicialmente, por insolvência civil — quando dívidas superam o patrimônio da empresa. Mais de 700 funcionários perderam seus empregos.

Vulnerabilidade simples, impacto devastador

Apesar de possuir práticas de compliance de TI e seguro contra ciberataques, a companhia não conseguiu se preservar.

A falha inicial, uma senha fraca sem autenticação extra, foi suficiente para derrubar toda sua operação digital.

Nem o seguro nem as políticas existentes foram suficientes para mitigar o estrago.

Consequências imediatas

  • Insolvência civil declarada: empresa não cumpriu compromissos financeiros por falta de capacidade operacional.
  • Demissão em massa: cerca de 700 trabalhadores ficaram sem emprego.
  • Paralisação das operações: sem backup ou recuperação, as rotas e processos logísticos ficaram completamente interrompidos.

O cenário geral no Reino Unido e comparação com o Brasil

Embora o caso da KPN seja extremo, ele expõe fragilidades que podem existir em qualquer empresa.

No Brasil, por exemplo, levantamento da ESET mostrou que 29% das empresas já sofreram ataque ransomware em 2025.

E 73% não possuem seguro contra esse tipo de risco.

O que aprender desse episódio?

Especialistas em segurança cibernética destacam medidas básicas que poderiam ter impedido ou atenuado o desastre:

  • uso de senhas fortes e exclusivas, evitando combinações fáceis de adivinhar;
  • implementação de autenticação multifator (MFA) em sistemas críticos;
  • backups confiáveis e testados, idealmente isolados;
  • manutenção de sistemas atualizados;
  • restrição dos acessos aos colaboradores ao mínimo necessário.

O caso da KPN Logistics Group mostra que um ataque ransomware, mesmo sendo operacionalmente simples, pode desencadear falência de uma empresa centenária.

Ele ressalta que segurança digital não é apenas questão técnica, mas de sobrevivência para companhias com dependência de dados e logística.

Com informações do TecMundo

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Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

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