A empresa britânica KPN Logistics, com 158 anos, declara falência depois de um ataque ransomware que explorou senha fraca e derrubou seus sistemas críticos.
Em junho de 2025, a empresa britânica KPN Logistics Group, com 158 anos de existência, sofreu um ataque ransomware que acabou levando-a à falência. A invasão começou quando hackers do grupo Akira exploraram uma senha fraca deixada por um funcionário em sistema conectado à internet, obtendo acesso total à infraestrutura.
A partir daí, eles criptografaram dados essenciais, destruíram os backups e exigiram um resgate de £5 milhões para devolução das informações.
Como o ataque na KPN Logistics se desenvolveu?
Os criminosos identificaram que o sistema não estava protegido por autenticação multifator (MFA), uma camada extra de segurança que exige mais do que apenas senha para acessar contas.
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Após fornecerem a senha comprometida, conseguiram assumir o controle dos servidores essenciais e sistemáticos da empresa.
Sem os dados de rotas de transporte e operações comerciais, a KPN viu sua logística travar por completo.
Todos os caminhões da empresa foram parados, pois não havia como operar sem os sistemas afetados.
Nessa situação, a falência foi decretada judicialmente, por insolvência civil — quando dívidas superam o patrimônio da empresa. Mais de 700 funcionários perderam seus empregos.
Vulnerabilidade simples, impacto devastador
Apesar de possuir práticas de compliance de TI e seguro contra ciberataques, a companhia não conseguiu se preservar.
A falha inicial, uma senha fraca sem autenticação extra, foi suficiente para derrubar toda sua operação digital.
Nem o seguro nem as políticas existentes foram suficientes para mitigar o estrago.
Consequências imediatas
- Insolvência civil declarada: empresa não cumpriu compromissos financeiros por falta de capacidade operacional.
- Demissão em massa: cerca de 700 trabalhadores ficaram sem emprego.
- Paralisação das operações: sem backup ou recuperação, as rotas e processos logísticos ficaram completamente interrompidos.
O cenário geral no Reino Unido e comparação com o Brasil
Embora o caso da KPN seja extremo, ele expõe fragilidades que podem existir em qualquer empresa.
No Brasil, por exemplo, levantamento da ESET mostrou que 29% das empresas já sofreram ataque ransomware em 2025.
E 73% não possuem seguro contra esse tipo de risco.
O que aprender desse episódio?
Especialistas em segurança cibernética destacam medidas básicas que poderiam ter impedido ou atenuado o desastre:
- uso de senhas fortes e exclusivas, evitando combinações fáceis de adivinhar;
- implementação de autenticação multifator (MFA) em sistemas críticos;
- backups confiáveis e testados, idealmente isolados;
- manutenção de sistemas atualizados;
- restrição dos acessos aos colaboradores ao mínimo necessário.
O caso da KPN Logistics Group mostra que um ataque ransomware, mesmo sendo operacionalmente simples, pode desencadear falência de uma empresa centenária.
Ele ressalta que segurança digital não é apenas questão técnica, mas de sobrevivência para companhias com dependência de dados e logística.
Com informações do TecMundo