O senador Lucas Barreto critica as novas exigências do Ibama e aponta riscos de atrasos na exploração de petróleo na Margem Equatorial, área estratégica para o desenvolvimento econômico do Amapá.
Em discurso no Plenário no dia 30 de setembro de 2025, o senador Lucas Barreto (PSD-AP) manifestou forte insatisfação com as exigências adicionais do Ibama à Petrobras. O processo envolve o licenciamento para perfuração de poços de petróleo na Margem Equatorial, considerada uma das últimas grandes fronteiras globais para a exploração da commodity.
A região abrange desde o litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte e é vista como estratégica para ampliar a produção brasileira de petróleo e gás.
Críticas às novas exigências impostas pelo Ibama
Segundo Barreto, a Petrobras já havia cumprido todas as solicitações anteriores feitas pelo órgão ambiental. Entretanto, novas demandas vêm dificultando a emissão da licença final.
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O senador citou como exemplo um episódio incomum: durante um teste de socorro à fauna, um barco acabou danificando uma rede de pesca, situação que, segundo ele, foi usada como justificativa pelo Ibama para ampliar as restrições.
Para o parlamentar, essas exigências se transformaram em barreiras que atrasam o início das perfurações e colocam em risco a confiança de investidores no setor de petróleo.
Impactos no desenvolvimento do Amapá
Barreto alertou que a demora no processo de licenciamento pode ter reflexos diretos sobre a economia do Amapá. Ele ressaltou que o estado precisa de oportunidades de trabalho e que a exploração de petróleo na costa poderia representar um salto importante em geração de empregos e arrecadação.
Em suas palavras, a falta de alternativas econômicas provoca desespero na população, que vê no setor energético uma possibilidade concreta de progresso.
O senador também criticou a ideia de transformar o Amapá em um centro ambiental voltado para a COP30. Para ele, a região não pode ser tratada como objeto de interesse europeu em discussões sobre meio ambiente.
A defesa de Barreto coloca em evidência o dilema que envolve o petróleo na Margem Equatorial: de um lado, a necessidade de preservar ecossistemas sensíveis; de outro, a pressão para aproveitar um dos últimos territórios com potencial inexplorado no mundo.