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Senado aprova segundo projeto da Reforma Tributária com novas regras para ICMS, ISS e impostos seletivos que podem mudar vida de milhões de brasileiros

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 01/10/2025 às 15:09
Senado aprova projeto da Reforma Tributária com novas regras para ICMS, ISS e impostos seletivos, etapa decisiva do processo legislativo no Brasil
Senado aprova projeto da Reforma Tributária com novas regras para ICMS, ISS e impostos seletivos, etapa decisiva do processo legislativo no Brasil
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Texto aprovado define alíquota de transição baseada na arrecadação entre 2024 e 2026, cria comitê para gerir o IBS e amplia isenções em setores estratégicos, segundo O Globo

O Senado aprovou, por 51 votos a favor e 10 contrários, o segundo projeto de regulamentação da Reforma Tributária. A proposta estabelece novas regras para ICMS, ISS e impostos seletivos, com impacto direto sobre empresas, estados, municípios e milhões de brasileiros.

O texto aprovado prevê a criação do comitê que vai gerir o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a definição da alíquota de transição a partir da média de arrecadação entre 2024 e 2026 e ajustes em tributos como ITCMD, ITBI e Cosimp. Agora, a proposta retorna à Câmara dos Deputados.

Alíquota de transição e impacto nos estados

Um dos pontos mais sensíveis foi a definição da alíquota de transição do IBS.

O relator Eduardo Braga (MDB-AM) acatou emenda que fixa o cálculo com base na média de arrecadação de ICMS e ISS entre 2024 e 2026, medida defendida por secretários de Fazenda estaduais.

Segundo o Comsefaz, a decisão garante dados mais consistentes e compatíveis com a realidade recente.

O modelo de transição prevê calibragem gradual da alíquota, permitindo que estados e municípios adaptem suas contas sem rupturas abruptas.

Esse mecanismo foi apresentado como essencial para evitar desequilíbrios fiscais durante a implementação do novo sistema.

Alterações no setor de combustíveis

O projeto também modificou a forma de cobrança sobre a nafta, insumo da gasolina e do setor petroquímico. Antes, a tributação só ocorreria em 2033.

Com a nova regra, o ICMS passará a ser cobrado já na importação, fechando brechas de fraude e sonegação no setor.

A medida foi destacada pelo relator como forma de aumentar a arrecadação imediata e reforçar a segurança tributária, em um dos setores mais sensíveis da economia.

O papel do comitê do IBS

O comitê que vai gerir o IBS terá funções estratégicas: arrecadar, compensar e distribuir o tributo, além de uniformizar regras e centralizar obrigações acessórias.

A estrutura contará com 54 membros, divididos igualmente entre estados e municípios, com mandatos de quatro anos.

Para ampliar a representatividade, está previsto um mínimo de 30% de mulheres na diretoria executiva.

Durante a transição, a divisão das cadeiras municipais ficará entre a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM).

A União deverá investir até R$ 3,8 bilhões entre 2025 e 2028 na instalação do órgão.

Impostos seletivos e novas isenções

O texto consolidou a aplicação gradual do Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, previsto entre 2029 e 2033, além dos já existentes sobre cigarros e bebidas alcoólicas.

Também ampliou regimes especiais, incluindo motoristas e entregadores de aplicativos, taxistas e caminhoneiros no rol de beneficiários de isenção.

Outra mudança foi a definição de um regime específico para serviços financeiros, com alíquota inicial de 10,85% em 2027, chegando a 12,5% em 2033.

O modelo prevê ajustes conforme a redução progressiva do ISS.

Regras para ITCMD, ITBI e Cosimp

No ITCMD, ficou estabelecida a progressividade até o teto de 8%, além da manutenção de imunidades como para livros, fonogramas e previdência privada.

No ITBI, os municípios terão de divulgar critérios de cálculo do valor venal, com possibilidade de contestação por contribuintes.

Já a Cosimp, contribuição de iluminação pública, passa a incluir sistemas de monitoramento de segurança, mantendo a cobrança opcional nas contas de energia.

A aprovação do projeto no Senado é considerada um passo decisivo para a implementação da Reforma Tributária.

No entanto, o texto ainda pode sofrer mudanças ao retornar para a Câmara, onde disputas sobre arrecadação e composição do comitê devem voltar ao debate.

E você, acredita que as novas regras para ICMS, ISS e impostos seletivos vão simplificar de fato o sistema ou criar mais complexidade? Qual impacto espera sentir no seu bolso ou no seu negócio? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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