Descubra como práticas sustentáveis com energia solar, reúso da água e educação ambiental transformam o consumo consciente e fortalecem o futuro verde da Bahia.
Nos últimos anos, o avanço das práticas sustentáveis com energia solar vem transformando a forma como a sociedade compreende a relação entre energia e meio ambiente. Nesse sentido, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) têm se destacado ao unir inovação, economia e consciência ecológica em suas ações cotidianas.
Por meio de programas contínuos, essas instituições vêm reduzindo o consumo de energia, incentivando o uso racional da água e promovendo uma cultura de responsabilidade ambiental entre servidores e parceiros. Assim, cada projeto representa não apenas uma economia real, mas também um passo importante rumo a um modelo mais equilibrado de desenvolvimento.
A adoção de sistemas de energia solar representa, portanto, mais do que uma simples mudança tecnológica. Ela simboliza uma nova forma de pensar, na qual a sustentabilidade ocupa o centro das decisões institucionais.
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Historicamente, o mundo viveu sob forte dependência de combustíveis fósseis, o que gerou impactos ambientais profundos. No entanto, a transição para fontes limpas, como a energia solar, vem ganhando força em países de clima tropical, especialmente no Brasil.
Desde a década de 2000, o país tem ampliado sua capacidade instalada em energia solar. Entretanto, foi apenas a partir de 2012, com a regulamentação da geração distribuída pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que o setor começou a se expandir de forma acelerada.
Nesse contexto, o Inema e a Sema passaram a integrar essa revolução energética, adaptando suas práticas administrativas e políticas públicas às demandas de um mundo mais sustentável.
Sustentabilidade cotidiana e cultura de economia nos órgãos públicos
No Inema, a sustentabilidade se tornou parte essencial do cotidiano. De acordo com Pedro de Oliveira, da Coordenação Administrativa (CORAD), o órgão firmou um termo de cooperação com a COELBA para instalar sistemas fotovoltaicos e substituir lâmpadas convencionais por modelos LED. Dessa forma, conseguiu-se reduzir custos e ampliar a eficiência energética.
Além disso, a campanha “Desliga Aí” estimula servidores a adotarem atitudes simples, como desligar luzes e equipamentos quando não estão em uso. Assim, o órgão demonstra que pequenas ações, quando somadas, geram grandes resultados ambientais.
Ao mesmo tempo, o uso racional da água passou a ser uma prioridade. Em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Inema implementa medidas que incluem a instalação de mictórios ecológicos, o lacre de torneiras e o reaproveitamento da água da chuva e do ar-condicionado.
Dessa maneira, o consumo hídrico vem sendo reduzido, enquanto cresce o compromisso com o futuro do planeta.
Essas ações técnicas caminham lado a lado com campanhas internas de sensibilização. Afinal, a mudança de hábitos é tão importante quanto o investimento em tecnologia.
Graças ao engajamento dos servidores, a instituição consolidou uma cultura ambiental sólida, na qual todos compreendem o valor de cuidar dos recursos naturais.
Educação ambiental e fortalecimento da consciência coletiva
Na Sema, por sua vez, a educação ambiental é tratada como um instrumento essencial de transformação. Conforme explica Stefane Mendes, da Diretoria de Educação Ambiental para Sustentabilidade (DIEAS), o consumo consciente é um dos temas centrais nas formações dos Ecoguardiões.
Por meio dessas atividades, discute-se a importância de reduzir o uso de papel, economizar energia e realizar o descarte correto dos resíduos.
Essas iniciativas integram a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), programa que busca incorporar a sustentabilidade às práticas institucionais em todo o Brasil.
Através da A3P, a Sema promove oficinas, palestras e campanhas que reforçam o papel do servidor público como agente multiplicador de boas práticas.
Durante três meses, os Ecoguardiões realizaram campanhas educativas voltadas para o consumo responsável e o descarte correto dos materiais.
Como resultado, servidores passaram a adotar comportamentos mais conscientes, comprovando que a informação aliada à prática é capaz de transformar realidades.
Assim, a Sema demonstra que a educação é o ponto de partida para qualquer política ambiental eficiente. À medida que as pessoas compreendem o impacto de suas atitudes, tornam-se mais dispostas a agir de forma responsável e cooperativa.
Energia solar e desenvolvimento econômico verde
Além dos benefícios ambientais, as práticas sustentáveis com energia solar fortalecem a economia verde. Ao investir em tecnologias limpas, as instituições reduzem gastos, aumentam a eficiência e contribuem para o crescimento sustentável.
De acordo com Lílian Maria, da Coordenação de Ações Estratégicas (COAES), o consumo consciente ajuda a equilibrar prosperidade e preservação. Conforme ela explica, esse modelo de consumo fortalece cadeias produtivas justas, estimula a inovação e incentiva a geração de empregos verdes.
O Inema, por exemplo, participa ativamente do Programa de Racionalização do Consumo de Água e Energia, criado pela Portaria SAEB nº 406/2018. Esse programa tem como objetivo reduzir desperdícios, modernizar instalações e disseminar o uso de tecnologias renováveis.
Assim, a administração pública torna-se um exemplo de gestão ambiental responsável.
Além disso, a Bahia se consolida como um dos principais polos de energia limpa do Brasil.
Graças à alta incidência solar e ao investimento contínuo em políticas ambientais, o estado atrai empresas e pesquisadores interessados em desenvolver soluções sustentáveis.
Desse modo, as ações da Sema e do Inema ganham relevância estratégica, pois conectam a pauta ambiental à estratégia de desenvolvimento econômico regional.
Um futuro guiado pela consciência ambiental
Ao observar a trajetória da sustentabilidade no Brasil, nota-se que os maiores avanços ocorrem quando a ação governamental se une à participação social.
Nesse sentido, o exemplo da Sema e do Inema demonstra como o investimento em energia solar, o uso racional da água e a educação ambiental podem caminhar juntos na construção de um novo modelo de gestão pública.
A consolidação dessas práticas vai além da economia financeira, pois representa uma visão estratégica voltada para o futuro.
Quando as instituições investem em tecnologias limpas e estimulam a conscientização coletiva, promovem mudanças que ultrapassam seus próprios limites administrativos.
Dessa forma, o movimento por práticas sustentáveis com energia solar continua crescendo e inspirando outras organizações a repensarem seus modelos de consumo.
Cada atitude, por menor que pareça, tem o poder de gerar impactos positivos duradouros.
Portanto, Sema e Inema mostram que a sustentabilidade não é apenas um objetivo distante, mas um caminho possível, feito de escolhas diárias e comprometimento constante.
Ao unir energia solar, reúso da água e educação ambiental, essas instituições constroem um legado verde que se estenderá pelas próximas gerações.