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Sem proteção contra importados, Usiminas investirá R$ 1,7 bilhão até 2029 em MG

Publicado em 01/08/2025 às 19:14
Usiminas aposta R$ 1,7 bilhão para transformar sua coqueria e conter avanço do aço estrangeiro
Usiminas aposta R$ 1,7 bilhão para transformar sua coqueria e conter avanço do aço estrangeiro
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Projeto será realizado até 2029 e marca aposta da siderúrgica em eficiência energética e competitividade industrial

A Usiminas anunciou um investimento de R$ 1,7 bilhão na modernização da bateria 4 da Coqueria 2, localizada na usina de Ipatinga (MG). A obra será realizada entre 2026 e 2029, com previsão de entrada em operação da unidade reformada no final do período.

O anúncio vem em meio a um cenário desafiador para o setor siderúrgico. Apesar de uma queda de 62% no lucro líquido no segundo trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, a Usiminas conseguiu reverter o prejuízo registrado em 2024 e melhorou sua estrutura de capital. A reconstrução da coqueria é considerada estratégica para aumentar a eficiência energética, reduzir impactos ambientais e garantir autossuficiência na produção de coque insumo essencial na fabricação do aço.

Onde será feito o investimento da Usiminas?

Sem proteção contra importados, Usiminas investirá R$ 1,7 bilhão até 2029 em MG

O projeto será executado na usina da Usiminas em Ipatinga, no Vale do Aço mineiro. A bateria 4 da Coqueria 2 será parcialmente reconstruída e modernizada. Para 2026, estão previstos R$ 80 milhões, com os aportes mais robustos ocorrendo nos anos seguintes até 2029. Segundo a companhia, o plano faz parte de uma agenda de revitalização industrial de longo prazo, alinhada à sustentabilidade e produtividade.

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Qual é o impacto da modernização?

Sem proteção contra importados, Usiminas investirá R$ 1,7 bilhão até 2029 em MG
Investimento bilionário da Usiminas mira eficiência energética e autossuficiência

A coqueria é responsável pela produção de coque siderúrgico, a partir do carvão mineral, utilizado na redução do minério de ferro em altos-fornos. Uma estrutura eficiente e moderna nessa etapa reduz emissões, melhora o aproveitamento térmico e garante maior controle ambiental. A nova coqueria também será adaptada às exigências regulatórias e deve otimizar o consumo energético, segundo a direção da empresa.

No contexto atual, a Usiminas tem enfrentado dificuldades no mercado interno, especialmente pela concorrência com o aço importado. No segundo trimestre de 2025, o volume de vendas domésticas caiu 2,9% e o Ebitda ajustado da siderurgia recuou 46%. A empresa cobra agilidade nas investigações antidumping e pede medidas concretas contra práticas desleais de importação.

Como está a saúde financeira da Usiminas?

Apesar da queda nas margens, a empresa melhorou seu fluxo de caixa, encerrando o trimestre com R$ 281 milhões positivos, contra saída registrada no período anterior. A dívida líquida foi reduzida em 24%, caindo para R$ 1,05 bilhão, e a alavancagem financeira recuou para 0,50x. O presidente Marcelo Chara destacou a capacidade técnica e a solidez da empresa, mesmo diante de um cenário de pressão cambial e excesso de importações.

Na área de mineração, o grupo também registrou avanço no volume de produção e vendas, com 2,5 milhões de toneladas comercializadas no trimestre. A unidade Musa (Mineração Usiminas) respondeu por Ebitda de R$ 115 milhões, mesmo com retração em relação aos trimestres anteriores.

Você considera que esse tipo de investimento é suficiente para proteger a indústria nacional? A modernização das coquerias pode reverter o impacto da concorrência externa? Deixe sua opinião nos comentários, sua visão ajuda a aprofundar o debate sobre o futuro da siderurgia no Brasil.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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